Capítulo 9 - Ano de paz

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Depois de algumas horas, o trem finalmente chegou na estação de Hogsmeade, e como dessa vez ele veio pelos meios normais, ele não precisaria perder tempo na detenção com o insuportável do Lockhart.

E como não era mais um primeiro ano, ele não precisava pegar um barco e podia ir nas carruagens puxadas por testralios. Por algum motivo, ele podia ver antes do quinto ano. Talvez seja porque ele já morreu uma vez. Harry não se importou e subiu numa carruagem com Rony, Hermione e Neville.

Depois de alguns minutos, chegaram ao castelo, e se separaram na entrada do grande salão, com Rony, Hermione e Neville indo para a mesa da grifinória, e Harry andando até a mesa da Sonserina e sentando ao lado de Draco que o observava mais atento por algum motivo.

Harry cumprimentou Crable e Goyle com o toque dos punhos, e conversou com Pansy Parkinson por educação, e os outros garotos da Sonserina. Finalmente depois de terminar sua conversa social da nobreza chata, Harry se inclinou para o ouvido de Draco e começou a falar baixinho, reprimindo um sorriso quando viu sua orelha ficar vermelha. Draco tinha um cheiro refrescante de morango que era delicioso e Harry teve que se controlar para não dar uma mordida.

- Draco, sei que você pode não gostar da minha atitude com seu pai, mas mesmo que eu não me arrependa, eu ainda peço desculpas a você. Não importa qual rixa eu tenha do seu pai, eu sempre serei seu amigo independentemente das circunstâncias. Você sabe disso, não sabe? [Harry sussurrou no pé do ouvido de Draco que teve alguns arrepios ao sentir o calor em sua orelha e ao sentir o cheiro de limão que saía de Harry.]

- Eu sei Harry. Não se preocupe. Eu nunca vou rejeitar você por vontade própria. Você é o único amigo de verdade que eu tenho por aqui. [Draco sussurrou de volta no ouvido de Harry, e Draco abriu um sorrisinho quando viu seu ombro tremer por um momento, antes de sentar normal.]

Harry apenas sorriu meio relaxado, ao ignorar o sorriso do loiro, e olhar para frente a cerimônia de seleção dos novos primeiros anos. Logo, no meio do bando de pirralhos menores, Harry viu uma personagem bem conhecida da saga.

Cabelos loiros em trança, olhos azuis e puros, uma expressão sonhadora e avoada como se estivesse no mundo da lua. Luna Lovegood. Harry observou curioso a garota sentar no banquinho e quase imediatamente ser classificada na Corvinal.

Harry estava pensando em como faria para pegar amizade com ela, pois gostava do jeito feliz e despreocupado que compunha a personalidade da garota. Em seguida, uma ruiva familiar subiu ao banquinho e colocou o chapéu seletor. Gina Weasley. Sua futura esposa, se o destino acontecesse do mesmo modo.

Logo depois dos anúncios de Dumbledore, todos foram para a cama depois de comer. Harry seguiu os Sonserinos em direção as masmorras, e ouviu o monitor dizer a senha, e logo todos entraram e foram para seus quartos.

No dia seguinte, as aulas começaram, e graças aos seus estudos nos livros das mansões Potter e Black, Harry se mostrou mais avançado nas lições, ganhando muitos pontos para a Sonserina com o passar do tempo.

Uma semana depois, o que ele tinha quase esquecido, veio a ele. Dumbledore mandou o aviso do começo das aulas com ele. Harry estava um pouco empolgado por finalmente ter um professor decente o ensinando os meios de sobrevivência.

Depois de subir a escada giratória com a estátua de grifo no centro, ele finalmente bateu na porta e entrou no escritório do diretor. Uma sala com varias estantes cheias de livros, bugigangas que se mexiam sozinhas, uma mesa de madeira brilhante no centro, e ao lado em um poleiro, um belo pássaro vermelho flamejante com barriga amarela. Suas penas eram lindas e graciosas, e sua plumagem vermelha lhe dava um ar nobre. Fawkes, a fênix.

Quando Harry estava olhando para ela, a fênix olhou de volta o garoto e curiosamente saiu do poleiro e pousou no ombro de Harry que não sentiu nenhum peso, e olhou a fênix acariciar seu cabelo com o bico demonstrando carinho enquanto ele alisava suas penas macias e nobres.

- Harry, meu garoto. Vejo que Fawkes gostou de você. Ela não se aproxima de ninguém normalmente. [Dumbledore desceu da escadaria acima enquanto observava a fênix e o garoto se darem bem, e suspirou um pouco aliviado. As fênix tem instintos precisos sobre a maldade oculta no coração.]

- Sente-se Harry. Eu prometi que lhe ensinaria, e manterei minha palavra. Mas andei olhando suas notas brilhantes, e parece que apenas em DCAT, suas notas não foram muito boas. Farei uma revisão básica das matérias em que você se deu bem, e intensificarei as que você tem uma base mais fraca, e lhe ensinarei a lutar. Além da alquimia que você pode achar útil, astronomia e adivinhação. Mesmo que adivinhação sem ser um vidente de sangue não seja muito forte, os métodos de adivinhação quando dominados a maestria, podem mostrar traços do futuro. [Dumbledore começou a explicar os critérios que iria ensinar, e logo entrou no modo professor. Isso lhe deu algumas lembranças nostálgicas de quando ainda ensinava como professor.]

O tempo passou e já fazia alguns meses que estava aprendendo com o velho, e Harry tinha que admitir que aquele homem merecia o título de gênio e segunda vinda de Merlin.

Com Dumbledore, Harry finalmente começou a aprender os segredos da magia real por trás das noções básicas ensinadas na escola. Harry aprendeu sobre o lado negro do mundo mágico, e da possibilidade infinita que a magia pode oferecer.

Ao mesmo tempo, internamente Harry colocou uma guarda ao testemunhar o poder e conhecimento de Dumbledore. Ele ainda não tinha esquecido que fora criado como um porco para o abate, como tão bem dito Severus Snape comentou. Harry escondeu seus pensamentos internos bem, e apenas atuou como o bom garoto que estava fascinado pela magia, o que não era totalmente mentira.

Alguns dias depois, Wing apareceu em seu quarto carregando uma espada negra, com o punho cravejado de esmeraldas, com o design de escamas prateadas de cobra no punho. Harry agradeceu a elfa, e entregou a ela as poções que tinha preparado para vender, e depois de uma reverência a elfa foi embora.

Agora era meia noite, e Harry não queria esperar mais. Se cobrindo com a capa da invisibilidade, ele guardou a espada na bolsa, e andou pelos corredores até o banheiro do segundo andar da murta que geme que estava olhando para a lua da janela, e virou a cabeça quando sentiu alguém entrar.

- Quem está aí? [A murta gritou alto, e observou fascinada um lindo garoto de cabelos pretos e olhos verdes de óculos aparecer.]

- Eu sou Harry Potter. Eu tenho um trabalho a fazer aqui, e gostaria de pedir que guardasse segredo. Será o nosso segredinho. Tudo bem? [Harry olhou sedutor e jogou seu charme que acertou a fantasma pervertida em cheio e a fez assentir.]

Logo Harry ordenou que a porta abrisse em língua de cobra, e com um estrondo, a pia branca começou a se abrir e formar um túnel. Logo Harry pulou e com um aceno de varinha ele pousou gentilmente no chão cheio de ossos.

Ignorando os craks de ossos quebrados por onde ele andava, ele finalmente chegou na porta da câmara secreta depois de passar pela pele de cobra, e mandou abrir e entrou.

Assim como no filme, um caminho de pedra com as laterais cheias de água, e várias estátuas de serpentes nas laterais, com uma estátua da cabeça do próprio Salazar Sonserina na sua frente.

Com uma palavra, Harry ordenou que o basilisco saísse de olhos fechados, e a boca da cabeça de salazar começou a abrir e ouviu um sibilar de serpente.

Harry Potter: A Verdadeira SerpenteWhere stories live. Discover now