Sem Scripts

Vendada

Juliana sorriu maliciosamente.

—Essa foi eu te preparando para o que vem a seguir esta noite. _e piscou para ela.

***

Depois de ser praticamente arrastada para fora do restaurante, Juliana voltou a tomar as rédeas da situação quando chegaram ao quarto do hotel.

Antes de abrir a porta, Juliana colocou-se atrás da esposa e tirou da bolsa uma delicada máscara de pano para cobrir os olhos de Valentina.

—Espere um pouco... _disse Valentina um pouco confusa ao sentir algo cobrir seus olhos.

—Relaxa. _Juliana sussurrou em seu ouvido antes de beijá-la na bochecha, retirando as chaves e abrindo a porta.

Valentina ficou lá, sem saber o que fazer.

Juliana deixou suas coisas e voltou para buscar Valentina.

—Siga minha voz.

Valentina fez isso devagar. Juliana pediu que ela ficasse quieta novamente e ajudou-a a tirar os saltos para não tropeçar, virou-a de lado e conduziu Valentina até uma cadeira e deixou-a sentada.

—Não se mova.

Para ser sincera, isso animou muito Valentina, mas ela não gostou da idéia de não ter as rédeas na noite de aniversário.

—Juls, o que você está planejando...

—Confie em mim e fique quieta.

Juliana a beijou perto da orelha.

—Vou fazer algumas coisas e quero que você me diga em algum momento se não se sentir confortável com a situação, ok?

Valentina acenou com a cabeça. Ela podia ouvir os passos de sua esposa, então uma melodia muito sedutora começou a tocar à sua direita.

'Ah, isso vai ser bom' Foi o que Valentina pensou.

E começou.

Juliana sentou-se no colo da esposa. Valentina instintivamente agarrou sua cintura enquanto Juliana se inclinava para beijá-la.

Retirando-se com um sorriso, ela começou a se mover lentamente fazendo Valentina apertar sua cintura.

—Não, não. _ Juliana disse segurando suas mãos.
—Você só vai fazer o que eu mandar.

Valentina fez uma careta de frustração, mas decidiu continuar com o que sua esposa pedia.

Juliana ergueu as mãos de Valentina e colocou-as no seu decote.

—Você pode começar por aqui.

Valentina se inclinou para colocar os lábios no decote, mas...

—Ei, ei, ei, apenas as mãos. _disse Juliana e ela fez beicinho.

Ela passou as mãos pelo vestido macio, sorrindo ao tocar em um tecido delicado.

—O que você está tocando? _Juliana perguntou a ela.

—Seu sutiã de renda.

—O que mais você está sentindo?

Valentina mexeu os dedos.

—É novo.

Ela não se lembrava de ter visto a mulher com aquele modelo que sentia com as mãos, tinha nas costas uma cruz com delicadas ondas.

—Comprei especialmente para esta noite.

—Quero te ver.

—No momento não. _Juliana levantou-se e tirou o vestido.

Ela ficou na frente de Valentina e pediu para ela mover as mãos e continuar descrevendo o que ela estava vestindo.

—Hmmm mais renda. _ela rodeou o corpo de Juliana com as mãos e sentiu a parte traseira.
—Muito pouco para cobrir. _abaixando as mãos para tocar sua bunda exposta.

—Bom... _Juliana deu alguns passos para trás antes que Valentina os tirasse e foi para a cama.

—Juls vem aqui.

—Não meu amor, você vai vir onde eu estou.

Valentina ergueu a cabeça para ouvir de onde vinha a voz de sua esposa e foi em sua direção. Ela estava ansiosa para tê-la em suas mãos novamente.

—Isso Val, você está chegando.

—Quando eu te pegar você não vai escapar de mim. _disse Valentina.

—Estou contando com isso.

Juliana sabia que sua esposa se frustrava com muita facilidade, mas ela também sabia que ela estava adorando brincar com seus sentidos. Então, enquanto Valentina a alcança, ela arrumou algumas coisas ao lado dela e colocou outras em seu corpo.

Ela também sabia o quão importante era para Valentina ter o controle na cama tanto quanto ela, então ela pensou em dar a ela a opção de fazer exatamente isso, mas sob certas ordens dela.

—O que cheira tão bem? _Valentina perguntou chegando na beirada da cama.

—Por que você não vem aqui e descobre você mesma.

'Não diga mais nada', pensou Valentina ao subir na cama tateando para saber onde Juliana estava.

Quando ela sentiu uma daquelas pernas compridas esticada e a outra também, Valentina subiu em cima dela, ficando com as pernas em volta dela.

—Você não vai escapar desta cama.

—Eu não penso em fazer isso.

Valentina calculou onde estaria a cabeça da esposa e começou a deslizar as mãos pelo longo pescoço, começando a sentir uma substância levemente cremosa no decote.

—Ó meu Deus.

—Você pode usar sua boca Val, mas não pode mais usar suas mãos.

E Valentina despencou, foi o quão perto ela sentiu o cheiro suave do perfume de sua esposa e algo um pouco mais doce. Ela aproximou os lábios para sentir a textura e, em seguida, passou a língua sobre os lábios.

—Você tem um gosto delicioso.

Definitivamente isso de não poder ver, te faz sentir tudo um pouco mais intenso e ela continuou lambendo o chocolate líquido do decote de sua esposa.

—Desce.

E Valentina foi descendo até sentir com sua língua algo mais do que chocolate, algo sólido para ser exato.

—Morda isso.

E ela mordeu uma esfera de menta que explodiu em sua boca com aquele chocolate.

—Ai meu Deus. _disse Valentina ao sentir a mistura de sabores.

Ela continuou descendo ansiosa para provar o que estava mais abaixo com aqueles sabores em sua boca.

—Não tão rápido Carvajal.

Continua...