Capítulo 10

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A semana passou com tranquilidade para todos, já era sábado e Draco poderia finalmente ir para casa, ele havia se empenhado a semana toda para recuperar suas funções ao menos seus oitenta porcento. Theo bate levemente na porta e adentra o quarto, Hermione se ocupava em guardar os pertences de Draco, enquanto o mesmo apenas a admirava.

– Estão prontos? – Theo pergunta indo até Draco.

– Quase lá – Hermione fala apenas levantando o dedo, mas sem deixar de prestar atenção no que guardava.

Theo espia Draco que ainda prestava atenção na castanha.

– Assim vai secar o pote irmão – Theo sussurra para Draco que o olha confuso – Hermione.

Draco olha para a mesma e dá um sorrisinho enquanto nega com a cabeça.

– Não é nada disso que está pensando, seu pervertido – Draco sussurra para Theo em um tom divertido e volta a ficar sério – só estou tentando compreender, ela me esperou por um ano, ficou todo esse tempo ao meu lado, sem saber se eu acordaria ou não.

– Ela aprendeu a te amar na necessidade – Theo explica – nos primeiros dias eu assumi a empresa, e ela não saia do seu lado, depois que ela voltou a trabalhar, praticamente morou aqui.

Draco assente com cuidado, Hermione olha na direção dele e dá um sorriso fofo, fazendo o loiro sorrir junto, logo ela termina a arrumação e Theo pega as duas bolsas da mão dela, caminhando para fora do quarto.

– Vamos – Hermione aponta para a cadeira de rodas e Draco se senta sem reclamar.

Eles então saem do hospital, Draco estava feliz por finalmente poder ir para casa, por poder retornar a sua vida, não sabia o motivo de estar vivo, mas se sentia grato e faria qualquer coisa para aproveitar o máximo.

Não demora muito para os três chegarem ao apartamento dos Malfoy's, assim que a porta se abre as pessoas ali gritam surpresa, a fim de surpreenderem Draco que faz uma expressão tão radiante que contagiou a todos. Ali estavam Harry e Ginny, Luna, Blásio e Pansy com a pequena Katellyn, Ronald e Lilá, e o charmoso Viktor Krum.

– É bom te receber de volta – Pansy fala para Draco e caminha até ele com a menina em seus braços – essa é Katellyn.

Draco estende os braços e carrega a pequena de oito meses, a menina se ocupa em mexer no rosto de Draco com suas mãos pequenas, ela ria com gosto enquanto Draco fazia gostosas cocegas. O loiro olha para o lado e encara Hermione por um segundo, desde que acordara ele fazia isso com mais frequência do que deveria.

Ele sacode a cabeça voltando sua atenção a Pansy, logo devolvendo a pequena aos braços da morena.

– Vou guardar as bolsas – Hermione anuncia e pega as duas bolsas na mão de Theo e caminha para o quarto.

Ali na sala todos se ocupam em comemorar a volta de Draco, ele se senta no sofá e inicia uma conversa amigável com todos ali ao seu redor, eles falavam de um tempo especial, da escola, relembrava o passado.

Assim que entra no quarto o telefone de Hermione toca, ela deixa as bolsas em um canto onde Draco não pudesse tropeçar e puxa o aparelho de seu bolso lateral, assim que vê o número ela revira os olhos, mas logo atende.

Essa é uma ligação da penitenciaria, se deseja aceitar, tecle um.

E novamente ela teve vontade de desligar, mas não era tão ruim quanto o homem do outro lado da linha. Assim que tecla o número um a voz de Tom surge cansada.

Soube que Draco se recuperou – fala o homem e ela suspira.

O que você quer agora? – Hermione pergunta sem paciência.

Filha, eu sei que você é uma pessoa boa, por favor, me ajude – ele fala em súplica.

Hermione estava prestes a responder, mas alguém puxa o telefone da sua mão.

Sugiro que você seja uma pessoa melhor na próxima vida – fala o loiro enquanto encara a castanha que parecia assustada – não ligue mais para a minha mulher, adeus.

A chamada é encerrada e o telefone é devolvido a sua dona, o rosto dela mostrava cansaço, parecia que sua vida era sempre muito cansativa.

– Vamos voltar para a sala – Draco pega na mão dela e a leva junto com ele.

Assim que retornam à sala Hermione muda seu humor, não podia se dar o luxo de ficar aborrecida com Tom, seus amigos estavam ali, ela só precisava aproveitar o dia.

Todos estavam ao redor da enorme mesa de vidro na sala de estar.

– Viktor, não sabia que estava na cidade – Hermione fala para o moreno que a encarava desde que a avistara passar pela porta.

– Estou a negócios – Viktor fala com seu sotaque – vamos tomar um café qualquer dia desses.

Hermione assente sem dizer nada e logo Ginny muda o ritmo da conversa, ao ver a cara de desgosto de Draco. Viktor e o loiro eram amigos, mas Viktor sempre tivera uma queda por Hermione, o que agora não podia ser suportado por Draco.

– O nosso bebê é um menino – fala a ruiva animada, deixando a todos surpresos.

– Já decidiram os nomes? – Pansy pergunta curiosa, ela era sempre a mais curiosa.

– Tiago Sirius – Harry fala fazendo todos rirem.

– Que tipo de nome é Sirius, Potter – Draco debocha fazendo o moreno semicerrar os olhos divertido.

– É o nome do meu falecido padrinho – Harry explica.

– Ah, pronto – Ronny resmunga – homenagem, perfeito.

– Ainda não está nada decidido – Ginny fala fazendo um biquinho de deboche – Harry é péssimo com nomes.

Pode ser ouvido um coro de percebe-se ali, eles estavam se divertindo mais do que imaginavam, por uma tarde inteira, Hermione e Draco ficaram em paz, sem preocupações ou notícias ruins.

– O que iremos vestir no jantar beneficente? – Luna pergunta fazendo Draco franzir o cenho.

– Terá esse ano? – pergunta o loiro encarando Theo.

– Claro que sim, você acordou, precisamos ter a nossa tradição – Theo estica a mão para Draco que a aperta.

Todos os anos eles faziam um jantar beneficente com temas diversos, a fim de recolher doações para um hospital infantil. No ano em que Draco passou em coma, Theo não queria fazer, mas Hermione disse que deveriam, mesmo assim, eles decidiram adiar a data.

– Qual será o tema? – Lilá pergunta interessada, já pensando na sua fantasia.

– Será contos de fadas – Theo fala e olha para Luna – foi ideia dela.

Todos agradecem a Luna, por algum motivo, aquilo havia se tornado o grande foco de uma discussão, eles decidiam fervorosamente o que deveriam vestir e como deveriam ir.

...

Casados | DramioneOnde as histórias ganham vida. Descobre agora