Casados | Dramione

Capítulo 5

Os dias se passaram rapidamente, e já era hora de voltar para casa, Hermione tivera um bom descanso, diferente de Draco que quase não saia de casa e por muitas vezes permaneceu trancado em seu escritório, o clima entre os dois casados não era dos melhores, eles realmente pareciam dois estranhos, como se nunca houvessem se conhecido na vida, poderia até dizer que ambos haviam ficado frios.

Draco abre a porta do apartamento dele e tudo estava completamente modificado, os pertences de Hermione complementavam o ambiente que tinha moveis de cor clara e paredes verde esmeralda, a janela dava uma grande luz ao lugar. Hermione suspira pesado, aquela definitivamente não era a vida que planejava para ela. A castanha caminha até um dos cômodos e desaparece das vistas de Draco, já era noite, ela só queria descansar e ele não ligava.

Hermione fecha a porta atrás de si e algumas lagrimas rolam pelo seu rosto, não fazia ideia do que faria a seguir, seu pai havia a deserdado, ela não tinha emprego e estava casada com um homem que não amava. A batida na porta a assusta, fazendo-a limpar as lagrimas com rapidez.

– Granger – Draco chama do outro lado da porta, que permanecia fechada – tenho um cargo para você, se quiser é seu.

Ela abre a porta e encontra o loiro do outro lado com um olhar de dúvida.

– Qual é o cargo? – ela pergunta o encarando, fazendo-o prestar atenção no rosto dela.

– Gerente da administração, o gerente antigo está saindo, vai se mudar para o Alaska – ele fala com um tom de brincadeira, fazendo Hermione dar um risinho debochado.

– Tudo bem – fala a castanha e volta para dentro do quarto, dessa vez sem fechar a porta.

Eles dois ainda dividiam o mesmo quarto e mesma cama, não que isso importasse, afinal, eles viviam em seus próprios mundinhos, sem realmente se importar quem estava ao seu lado.

– Acho que devemos fazer um chá de casa nova – Draco fala se sentando na cama, fazendo Hermione franzir o cenho.

– E você tem amigos que não sejam seus sócios? – Hermione brinca fazendo Draco jogar um travesseiro nela, que o agarra com risos – podemos fazer, posso chamar os meus amigos, tenho vários.

Ele dá língua e sai andando deixando a castanha sozinha, livre para se descansar.

...

Na manhã seguinte assim que Hermione acorda, ela sente o peso do braço de Draco sobre seu corpo, fazendo-a olhar para baixo, onde o loiro se aconchegava nela, por um instante ela permanece ali, as vezes gostava de acordar ao lado dele, Draco quando estava dormindo era silencioso e ela podia pensar o que quisesse, ele não saberia mesmo, pelo menos assim achara ela, não sabendo que o loiro sempre acordava primeiro.

Hermione passa a mão pelos cabelos loiros de Draco e logo para em sua nuca, fazendo um carinho com as pontas do seu dedo, Draco se aconchega nela.

– Você tem mãos leves – Draco fala sonolento, fazendo a castanha morder os lábios com vergonha – não para, por favor.

Ela volta a fazer carinho nele e ali eles ficam apenas em silencio, pareciam um casal de verdade, ela poderia amá-lo? Ele poderia amá-la? Eles realmente podiam fazer aquilo? O que havia começado como um negócio, naquele momento parecia estar caminhando para algum lugar.

– Quando você quer fazer o chá de casa nova? – Draco pergunta em um sussurro – gostaria de morar em outro apartamento?

– Eu gosto daqui você tem um bom gosto – ela sussurra de volta e parece pensar um instante.

– Voltamos para a empresa amanhã, podemos passar o dia organizando isso.

Hermione murmura positivamente fazendo Draco assentir. Os dois continuam ali deitados, até adormecerem novamente.

...

Batidas frenéticas são dadas contra a porta do apartamento de Draco, fazendo-os acordarem assustados, eles se olham confusos, enquanto as batidas continuam sendo dadas, Draco corre até a sala com Hermione no seu encalço. Assim que abre a porta, ele dá de cara com um Tom Riddle que parecia furioso, o homem entra na casa sem permissão, logo olhando de um para o outro.

– Você vem para casa comigo – ele aponta para Hermione, que o olhava assustada, nunca vira seu pai daquele jeito, estava bêbado com o cabelo e as roupas desarrumadas.

– Ela não vai a lugar algum com você – Draco brada, recebendo a atenção de Tom.

Hermione estava encostada na bancada e Draco ainda segurando a porta, enquanto Tom estava no meio do caminho entre os dois.

– Ela é minha filha – Tom grita, sem se importar se havia alguém ouvindo – você não precisa dela.

– Preciso dela mais do que você já precisou de alguém realmente na vida Tom – Draco fala firme e aponta para o lado de fora – saia da nossa casa e nunca mais volte, por favor.

Tom olha para Hermione que tinha um olhar assustado.

– Vai escolher um homem que não conhece ao seu pai? – Tom pergunta.

– Não pai, estou escolhendo um homem que me protege ao invés do meu pai – Hermione sussurra com tristeza, enquanto as lagrimas brotam em seus olhos – vá embora, por favor.

Tom assente com raiva e caminha até a porta, encarando Draco na saída.

– Vai se arrepender disso – ele fala para Draco – todos vocês vão.

Tom se retira e Draco bate à porta com força, soltando todo ar que nem sabia que havia prendido, estava furioso e frustrado. O loiro olha para Hermione que parecia atordoada, ela já não tinha nem mais controle sobre suas lagrimas, elas caiam livremente, enquanto soluçava, Draco caminha até ela com muito cuidado e a abraça, fazendo o corpo dela finalmente desabar sobre seus braços, vê-la tão quebrada daquele jeito doía até mesmo nele.

Ele não fala nada, apenas deixa que ela chore, enquanto ele alisa seus cabelos, Tom Riddle era realmente um homem horrível, agora Hermione sentia realmente que nada mais importava, ela só queria arrancar aquela dor, de todos aqueles anos sofrendo por causa de seu pai, por ela ter permitido que ele a usasse para conseguir tudo que queria.

Draco a carrega nos braços e a leva de volta a cama, colocando o corpo frágil da mulher deitado, com muito cuidado. Ele alisa seu rosto, e limpa suas lagrimas.

Eu estou aqui por você Hermione, Draco pensa, mas não se atreve a dizer, ele apenas continua ali fazendo carinho nela até que ela adormeça.

...