Capítulo 3

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Os recém-casados finalmente chegaram ao destino de sua viagem, nas Ilhas Maldivas. Um carro já os esperava para serem levados para a casa de praia que a mãe de Hermione havia lhe dado de presente de casamento. Assim que chegaram, Hermione ainda estava sonolenta, Draco a carregou nos braços e levou até o sofá, colocando-a deitada, a castanha tinha o sono muito pesado e mal abriu os olhos quando Draco a chamou.

...

Draco se espreguiça assim que chega ao quarto, Hermione havia acordado a uma hora e decidiu que tomaria um banho de espuma, o que Draco considerava perca de tempo. Ele se deita na cama com sono e pisca algumas vezes, até finalmente adormecer. Os gritos de Hermione ecoavam da sala, fazendo o loiro acordar por um instante e voltar a ignorá-la, caindo no sono novamente.

O loiro abre os olhos sentindo uma coceira no nariz, não sabendo ele que a castanha o cutucava com uma pena do tinteiro, ela sorri travessa quando Draco acorda com uma cara feia. Ele segura seus braços e a gira na cama, pondo seu corpo em cima do dela.

– Draco – ela grita se debatendo, enquanto ele ainda a segura – me solta seu maldito.

Ele continua a olhando com cara de deboche, ela para de se debater e o olha com olhos de gatinho manhoso.

– Você tem dois anos? – pergunta o loiro incrédulo, fazendo-a gritar de raiva, ele ri e afrouxa o aperto em seus braços, deixando espaço para a castanha empurrá-lo e sair correndo.

Ele se lembrava exatamente da época em que eram muito amigos quando eram crianças, Draco fazia inúmeras brincadeira e sempre a deixava nervosa ou irritada, mas depois do ensino médio, Hermione simplesmente parou de falar com o loiro, sem nenhuma explicação. Ele não a compreendia, não mais e nem mesmo naquele momento de brincadeira entre eles, ele não conseguia ler o rosto da castanha.

A porta se abre, fazendo Draco olhar para a mulher de pé com dúvida.

– Não me ouviu te gritar? – pergunta brava.

Ele semicerra os olhos com sua pergunta.

– Até ouvi, mas eu estava ocupado – fala com deboche – dormindo.

Ela faz uma careta de desgosto e ele ri, achando graça.

– A casa pegou fogo? Algum assaltante apareceu? Você morreu e apareceu só o espírito?

Ela semicerra os olhos, parecia furiosa, deixando o loiro mais divertido ainda.

– Draco, eu me queimei – ela mostra a mão e ele faz uma careta de dor.

– Desculpe – fala se sentindo culpado.

Ela suspira e dá de ombros, logo se encaminhando de volta para a porta.

– Hermione...

– Eu estou com fome, não sei cozinhar – ela sussurra ainda de costas e sai do quarto.

Ele observa a castanha se afastar e por um instante sente pena dela, então não demora a se levantar e ir até a cozinha, preparar algo para que pudessem jantar. Hermione se senta na sala, enquanto assiste um dorama, parecia muito entretida.

Draco se ocupa na cozinha, mas assim que surge uma folga do fogão, ele pega uma compressa de gelo e leva até ela, que o olha com dúvida e logo pega.

– Se dúvida de uma compressa de gelo, vai ter medo de ser envenenada – fala e ela dá língua com desgosto.

Criança, ele pensa e ri.

Ele se senta um instante, em menção de questioná-la, mas por fim apenas se levanta e volta a cozinha. Se havia algo que ele não sabia, não tinha certeza se isso importaria agora, ele não a amava, não precisava amá-la, ela seria apenas mais uma das mulheres com quem esteve.

...

No dia seguinte, Hermione se levanta apenas de pijama e caminha direto para a porta de vidro que dava acesso a sacada, assim que ela abre a cortina um vulto passa na sua frente, fazendo-a congelar. O rapaz a encara seriamente, por um minuto eles ficaram ali parados, apenas encarando um ao outro. Por fim ele apenas coloca um roupão sobre os ombros dela e o amarra, fazendo-a acompanhar cada gesto com um olhar duvidoso, afinal, quando ele havia se levantado? E por que estava lhe cobrindo? Foi quando um flash veio do lado de fora que Hermione pôde perceber dois fotógrafos no outro lado da rua.

– Obrigada – ela agradece em dúvida, Draco havia sido muito rápido, de onde havia saído toda aquela pressa e como ele saberia que ela estaria só de pijama – é...

Draco pigarreia tirando o olhar da castanha e caminha de volta para a cozinha, ela se senta no sofá da sala, ainda meio atordoada, por fim apenas pega seu celular e percebe muitas mensagens de Gina.

Celular da Hermione

Chat da Ruiva Maldosa

Ruiva Maldosa: amiga, é urgente.

Ruiva Maldosa: Hermione tem fotógrafos procurando por você e pelo Malfoy.

Ruiva Maldosa: eu sei que é lua de mel, mas pode me responder?

Ruiva Maldosa: olha as últimas notícia agora, URGENTE.

Ruiva Maldosa: SOS.

Hermione observa as mensagens com dúvida, por fim apenas procura por seu nome na internet, as notícias aparecem deixando a castanha incrédula, ela direciona seu olhar para Draco que estava ocupado fazendo panqueca, agora ela não poderia deixá-lo, nem agora e nem nunca.

Ela caminha até ele na cozinha e se senta no banco em silencio, Draco a olha de soslaio e continua calado, logo termina de cozinhar as panquecas, colocando sobre a bancada.

– Que cara é essa? – Draco pergunta confuso – parece que viu um fantasma.

Ela empurra o celular sobre a bancada para que ele pudesse olhar. Os olhos de Draco vão do celular para o rosto de Hermione, a cara dele não expressava nada, ela não conseguia identificar, mas o loiro estava se remoendo em ódio.

– Draco... – ela chama em dúvida – eu...

Ele ri pelo nariz e nega.

– Não precisa pedir desculpas – dá de ombros – eu já sabia.

– Como? – Hermione franze o cenho.

– Harry me ligou, antes de você acordar – ele tira um pedaço de panqueca e come, logo bebendo seu café preto – já falei com minha equipe de relações públicas, mas não deveria sentir muito por mim, eu que sinto por você.

Ela morde o lábio envergonhada, estava tão acostumada que aquilo nem mais a afetava.

Ser uma Riddle é completamente pior do que ser uma Malfoy. Hermione pensara e assente para Draco, que entrega a ela um copo com café, recebendo um sorriso breve, antes dele sumir de suas vistas.

...

Casados | DramioneWhere stories live. Discover now