Casados | Dramione

Capítulo 1

A mulher abre a cortina dos seus aposentos e olha para a bela manhã que surgia do lado de fora do vidro transparente, o dia estava belíssimo, menos para ela é claro, a castanha parecia infeliz, hoje se casaria com o homem mais odioso do mundo, o queridinho da América, herdeiro de um império.

Quanta besteira, ela pensou, não queria se casar com ele, e sem dúvidas ele também não queria se casar com ela, mas sua empresa estava em crise, e seu pai acreditava que ele era a salvação para o negócio, mas em troca, ela teria que se casar com ele e lhe dar um filho, que era a pior parte daquele plano malfeito.

– Meu bem – chama uma mulher de cabelos castanhos, parada na porta.

A castanha olha para a mais velha e dá um sorriso breve, a mulher se aproxima com cuidado e a encara.

– Vai se atrasar para o seu grande dia – fala.

Dia que não desejo, pensara. Por fim ela apenas assente e trata de ir colocar seu vestido de casamento, simples e não tanto chamativo.

– Seu pai está muito orgulhoso de você ter decidido ajudar.

Como se eu tivesse escolha, suspira.

– Só queria que houvesse outra opção – fala a mesma sonhadora, desejara nunca ter nascido naquela família, poderia fugir o quanto quisesse, mas ser uma Riddle, era ser centro das atenções.

Marisa olha para a filha com um sorriso fraco, ela também não concordava com a opção de Hermione precisar casar-se apenas para manter a empresa, mas se orgulhava pela filha ter se tornado uma mulher tão forte e decidida.

– Pense nisso como a relação que tive com seu pai, totalmente...

– Odiosa e repugnante? – a castanha debocha, fazendo a mãe rir de repente.

Todos acreditavam que o casamento de Marisa com Tom, havia sido por amor, mas na verdade eles se odiavam mais do que tudo, o que tornou tudo difícil depois do nascimento de Hermione, e logo depois, o divórcio.

– Pense bem, ser um Malfoy não deve ser tão ruim quanto ser um Riddle – Marisa fala e caminha até a porta.

Para o inferno os Malfoy's, Hermione sussurra revirando os olhos. Sua mãe não havia prestado atenção, a matriarca estava admirando a beleza que Hermione tinha com aquele vestido.

– Não esqueça de sorrir – Marisa fala indicando o rosto – é um casamento, não um velório.

A mulher sai do quarto, deixando Hermione com uma cara azeda. Ela estava odiando tudo aquilo mais do que demonstrava, nunca em sua vida se imaginava fazendo algo que pudesse lhe custar a sua liberdade. Hermione caminha lentamente até a penteadeira e se senta com tristeza. O casamento seria apenas para amigos íntimos e da família, indicando que por pior que fosse, ela precisava manter uma pose que não queria.

Nos últimos meses que antecederam o casamento, ela tinha encontros regulares com seu noivo, para que fossem fotografados juntos e para que quando se casassem, não parecesse tão forçado quanto realmente era.

...

A equipe de maquiadores e o cabeleireiro logo chegou para ajudar Hermione com os detalhes mínimos, minutos depois, suas madrinhas também chegaram, animadíssimas, trazendo um belo presente de casamento.

Hermione abre o presente e olha para a ruiva que ria sem parar, enquanto gravava tudo. A castanha sorri falsa e guarda seu presente. Logo Ginny desliga a câmera e elas se sentam no sofá a frente de Hermione.

– Suas lingeries são péssimas – Pansy resmunga – fizemos sua mala.

A morena pisca, deixando Hermione com um olhar de terror, com certeza aquelas três haviam aprontado, elas sempre aprontavam.

– Eu vou matar vocês – Hermione resmunga.

– Mione, todas as mulheres da América querem casar-se com o Draco – Luna fala – você deve ser uma aberração.

– Sabe o que é... – Hermione fala um tanto pensativa – é que eu não sou Americana, sou britânica querida.

Luna faz menção de jogar uma almofada em Hermione, mas é interrompida pelo cabelereiro.

– Se estragar minha obra de arte, te deixo careca – fala o mesmo com rapidez, fazendo Luna baixar a almofada, incrédula.

Hermione ri com gosto junto a Ginny, que tinha um senso de humor hilário, Pansy apenas sacodiu a cabeça em negação. O estilista surge no quarto, arrastando as três para outro cômodo, para que pudessem colocar suas roupas de madrinha. Por um instante Hermione agradeceu, suas amigas podiam ser terríveis quando queriam.

...

A música escolhida por Hermione inicia e ela caminha pelo tapete vermelho estendido sobre o gramado da mansão dos Malfoy, ela sorri para os convidados, enquanto seu pai a conduz até o altar, lá estava o loiro, com um sorriso no rosto, falso, é claro, pensara Hermione, mas ela continuou seu caminho com muito custo.

A cerimônia foi curta, considerando que Hermione parecia área durante toda ela, estava concentrada nas flores postas no arco em que ela e Draco se encontravam em baixo. Na hora das alianças, Draco foi rápido e ágil, ela como forma de protesto foi colocando aos poucos, enquanto olhava para o loiro com um sorriso falso, a impaciência de Draco podia ser vista nos olhos dele, ela estava adorando aquilo.

– Eu vos declaro, marido e mulher – fala o padre – pode beijar a noiva.

Agora Draco se vingaria dela, ele a puxa apertando-a contra seu corpo, e a beija com gosto. Isso não estava no contrato, e muito menos nos planos, mas Draco não se importava, se Hermione iria provocá-lo, ele também iria.

Ele a encara sorrindo e logo eles se encaminham para o salão de festa. Hermione pisa no pé de Draco e sai andando até suas amigas que já a esperavam para trocar de roupa.

...

– Como foi? Ele beija bem? – Ginny pergunta eufórica.

Hermione a olha com um bico de deboche.

– Eu vou chamar o Potter aqui, já, já – fala a castanha, fazendo Ginny fazer um bico de tristeza.

Mione ri daquilo.

– Estou sentindo que ele vai me enlouquecer, e não é de uma boa maneira – Hermione resmunga após alguns minutos.

– É hora do troco, não acha? – Pansy fala olhando para as meninas com um olhar de cumplice.

Elas pensavam na mesma coisa, incitaram Hermione para provocar Draco, talvez assim ela pudesse se apaixonar por ele, mas isso não iria ser tão fácil, afinal, Hermione não estava disposta a ceder e Draco muito menos.

– Veremos – Hermione ri falsa e volta a festa, se ela tinha que fingir, então aproveitaria tudo que aquele maldito casamento poderia dar a ela.

...