Prólogo - A Fuga

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Zhong Chenle e Park Jisung eram melhores amigos quase inseparáveis por conta das famílias serem amigas entre si, acabando por ambos crescerem juntos desde bebês. Era um acontecimento raro se eles não estivessem um com o outro pelo bairro Dream, ou até mesmo pelo 127 já que o mais velho tinha uma paixão qualquer por aquele lugar. Eles eram como uma dupla imparável, se falassem de Chenle automaticamente iriam pensar em Jisung e vice-versa, era algo incontrolável pelo tempo que passavam juntos.

Mas apesar disso, não é como se eles odiassem aquilo, eles gostavam daquela dinâmica que eles tinham. Chenle era extrovertido, sempre sonhara com cenários hipotéticos, não se importava com o que as outras pessoas diziam e fazia o que queria com um pouco de impulsividade, mas nada que machucasse as outras pessoas. Já Jisung era mais introvertido, pés assentes na terra e acabava por usar essa qualidade para puxar o mais velho para a realidade, ele era mais reservado e às vezes acabava por pensar por demais no que os outros diziam e aí que entrava o Zhong dizendo ao melhor amigo para só se divertir e aproveitar a vida sem se importar com os outros. Eles se completavam sendo uma combinação extremamente perfeita e divertida, nunca que alguém passaria tédio com esses dois.

Todos os amigos gostavam de estar com os dois, porém era algo inevitável deles por vezes serem colocados de parte por alguma piada interna entre os dois mais novos. Acontecia muitas vezes deles entrarem na própria bolha e só depois perceberem que tinham ali outras pessoas, pedindo desculpas por aquilo e logo a incluíam, mas nada daquilo realmente incomodava os amigos por já saberem o quão íntimos os dois eram, principalmente Jeno, que ao se mudar de bairro ficou vizinho de ambos os garotos e, passado um tempo, amigo. Apesar da aparência talvez arrogante e musculada do Lee, podendo chegar a ser amedrontadora, o mesmo era um bebê grande. Ele se emburrava com facilidade, porém era só lhe dar alguns mimos como beijos e abraços que logo o garoto tinha seu típico eye smile no rosto, o que o fazia ficar ainda mais adorável. Jisung adorava dizer que ele era seu bebê, mesmo que o outro também o tratasse como seu próprio neném, era algo engraçado de se ver.

Agora ambos os garotos estavam na casa da família de Chenle com a família de Park desesperados assim como todos ali. O Zhong havia sumido e só deixara quatro cartas em seu quarto: uma para sua família, uma para a de Jisung, uma para Jeno e outra para o mais novo. Todas elas diziam o que o dreamzen sentia pelos mesmos, explicando que talvez nunca voltaria, ou pelo menos não tinha planos disso. O que surpreendera Park fora uma parte específica da sua carta.

"Como já disse antes, eu não irei voltar, mas não me perdoaria caso você nunca soubesse disso... Eu gosto de você, Jisung. Não aquele gostar de melhores amigos, mas muito mais que isso. Sei que os sentimentos não são iguais, por isso de certa forma foi bom eu contar para você dessa forma, numa cartinha onde eu não irei me machucar e onde você não terá de me dar um fora, acho que seria desconfortável para os dois. Enfim, espero que fique bem e se apoie em Jeno, sei que sentirá minha falta, quem não sentiria, né?”

Fora só mais algumas palavras e a carta terminou com um Jisung em choque. Como assim Zhong Chenle gostava dele também? E como assim os sentimentos não são iguais? Muito pelo contrário! O Park nem sabe realmente quando começou a gostar do mais velho, mas simplesmente se permitiu sentir aquilo e com o tempo se acostumou, já que não queria estragar a amizade entre eles por causa de seus sentimentos, mas afinal o Zhong sempre tivera esses mesmos sentimentos também! Ele realmente não conseguia acreditar naquilo.

Sua linha de raciocínio fora interrompida com a voz robótica que todas as casas tinham instaladas.

“Senhor e Senhora Zhong, o presidente está em frente à porta de entrada esperando por vocês.”

O presidente? Todos ali ficaram ainda mais chocados e de certa forma desesperados, afinal não era todos os dias que víamos o presidente ainda mais estando à porta de nossas casas! Ambos os chamados foram até à porta passado alguns segundos, se recompondo e dando passagem para o senhor que ali estava.

Zam Zum Zum Zum - ChenjiOnde histórias criam vida. Descubra agora