—Pobre garota, ela estava pálida como papel. _Aida comentou com uma risadinha.

Aparentemente, ela não parecia tão legal quanto ela pensava.

—Vocês estão muito bonitas. _Alba apontou para o par recém-chegado.
—Você não pode culpá-la.

—Nós estamos, você quer dizer. _completou Juliana.

—Também acho. _Aida voltou-se para olhar a esposa.
—Só espero que eles não nos expulsem por ser as mais sexy do lugar.

—Meu Deus. _Alba acenou com a cabeça.

—Chega, vocês estão deslumbrantes como sempre.

Todos elas riram.

Aida disse:

—Bem, pedimos um vinho e vamos brindar a este momento!

A garçonete trouxe seus cartões enquanto servia o vinho. O show de Flamenco começou poucos minutos depois e foi acompanhado por um jantar de três pratos. Era maravilhoso a comida típica espanhola.

Enquanto as meninas curtiam a música depois da primeira parte do show e do prato principal. Elas conversaram uma com a outra.

—Juli, porque só agora vocês estão em lua de mel?

—Bem, nós tivemos muito trabalho, você sabe.

—Vocês merecem esses dias de folga. _Alba bebeu um pouco de vinho.
—Já faz quase um maldito ano agora.

—Sim, sim. Bem, nós tivemos nossas pequenas escapadelas, mas queríamos esperar até que tivéssemos mais tempo para realmente aproveitar nossa viagem.

—Bem, então isso torna tudo razoável.

Juliana assentiu com a cabeça e falou mais baixinho.

—Nosso aniversário cai quando estivermos em Paris e eu tenho tudo planejado, espero que ela goste.

—Ah menina, acredito que só de estar com você é o suficiente para ela. _ela riu baixinho.
—Ela é louca por você.

—E eu por ela.

—Aparentemente, somos casais muito cafonas e não queremos admitir isso.

—Um brinde a isso. _disse Juliana e Alba ergueu a taça para brindar com ela.

Do outro lado da mesa, outra conversa um tanto diferente estava ocorrendo.

—Estou muito curiosa para saber como é para vocês trabalharem juntas.

—Bem, talvez para muitos casais isso não funcione, mas para nós, sim. Eu adoro passar meu tempo com ela.

—Eu sei o que você está dizendo, Alba e eu não trabalhamos juntas e quando eu viajo, sinto terrivelmente a falta dela. _disse Aida com grande sentimento.
—É por isso que adoro que quando ela tem espaço na agenda, ela me acompanhe e ela faz isso porque quer. Isso torna tudo mais especial.

—Sim, Juls e eu trabalhamos bem assim. E acho que a série nos uniu ainda mais.

—E quando precisar de espaço você dá a ela sem problema, eu imagino.

—Claro, é saudável querer tempo para você. Aprendemos a falar que... _Valentina sorriu lembrando-se do começo de tudo.
—Não fomos sempre assim com a comunicação, ainda trabalhamos nisso.

Valentina provou algumas das batatas grelhadas em seu prato e revirou os olhos.

—Isto é tão bom.

—Eu sei. Foi uma boa escolha da Alba.

A música mudou novamente, indicando que o segundo ato de dança iria começar.

—Eu vou rolar para fora daqui. _Juliana disse para que todas ouvissem.

—Queridas, como vamos sair daqui com essas escadas? _Aida disse causando risos.

A dançarina principal saiu e elas começaram a se mover e bater palmas no ritmo. E assim uma linda dança foi desenvolvida acompanhada pelas vozes dos músicos.

—Senhoras e senhores, chegou a hora de convidá-los para dançar conosco. _A voz do anfitrião disse. Vários dos clientes se animaram e outros não se moveram.
—Vamos. Pelo menos um corajoso de cada mesa tem que vir.

Quatro mulheres e dois homens se levantaram lentamente de seus lugares diferentes para ir até a mesa.

Aida sendo a mais atirada do grupo, levantou-se da mesa.

—Quem vem comigo?

A mesa ficou em silêncio.

—Juliana, eu sei que você gosta de dançar. _Juliana não se mexeu.
—Porra, quando você vai poder fazer isso de novo?

Juliana pensou um pouco e deu um beijo na esposa antes de se levantar. Sua amiga estava certa.

—Isso. _disse Valentina.

—Vão. _Alba bateu palmas.

A dançarina mostrou-lhes passo a passo, lhes entregou algumas castanhas e aos poucos o grupo dos corajosos começaram a seguir os passos básicos da mini coreografia. Os companheiros aplaudiram e aplaudiram.

De repente, todos deixaram de acompanhar o coro com a mudança de ritmo dos músicos e cada um passou a dançar livremente incorporando o que havia aprendido.

Aida e Juliana estavam se divertindo muito. Elas moviam seus corpos sentindo a música. Suas pisadas e movimentos de mãos e quadris deixaram suas esposas enlouquecidas.

—Essa é a futura mãe dos meus filhos. _disse Alba baixo, perdida na admiração por sua esposa.

Valentina conseguiu ouvir, mas decidiu não dizer nada. Ela apenas olhava para Juliana enquanto ela dava uma volta e parava para falar "Olé" para depois continuar sorrindo e dançando com entusiasmo. E então ela sussurrou baixinho.

—E ela a dos meus.

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