Capítulo 16 - Sixteen

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— Onde estamos indo, Chu?

Jennie indagou assim que a escritora passou o endereço para o taxista. Tinham demorado mais que o previsto para deixar o quarto de hotel e a mais nova notou a energia ansiosa que emanava de Jisoo - tudo em seu comportamento dizia a Jennie que estavam a caminho de um lugar que trazia memórias agridoces.

— Hum? — a escritora franziu o cenho, sua mente longe da conversa.

— Onde vamos?

Oh. — seus lábios comprimiram em uma linha. — Estamos indo para a casa da minha avó. Preciso pegar alguns documentos que deixei lá e finalizar as coisas sobre a venda.

— Você está vendendo o lugar?

A sobrancelha de Jennie arqueou em surpresa. Não imaginava que a escritora era a atual dona da propriedade - pensava que seu pai tinha herdado. Mas fazia sentido quando lembrava de tudo o que a velha senhora tinha feito pela neta.

— Yeah, não é como se eu tivesse intenção de voltar para cá. Claramente não serei bem vinda.

— Você sabe que não precisa deles, não é?

— Eu sei. — Jisoo suspirou. — É por isso que tomei a decisão de vender a casa e começar a fechar todas as pontas soltas que tenho aqui. Esse é o primeiro passo.

— Estou aqui se precisar de mim para qualquer coisa, tudo bem? — Jennie apertou suavemente a mão da mais velha que repousava em seu colo e ganhou um sorriso em troca.

Não conversaram mais no caminho até a propriedade. O silêncio não era incômodo, mas Jennie não pode deixar de notar que a expressão no rosto de Jisoo foi ficando triste conforme se aproximavam do destino. Aos poucos os prédios foram dando espaço para casas e logo o táxi entrava em uma rua sem movimento e cercada de árvores dos dois lados.

Parou em frente a um pesado portão de ferro e Jisoo esticou alguns wones em sua direção antes de descer do carro. Jennie se apressou em a seguir.

A sua frente estendia-se uma grande e imponente casa e a mais nova precisou piscar algumas vezes para se acostumar com a imagem - aquilo mais parecia um pequeno palacete e Jennie, mais uma vez, se perguntou quanto dinheiro a família de Jisoo tinha. Aquele luxo todo explicava porque a morena nunca pareceu deslocada nas poucas vezes que frequentaram espaços caros em Paris.

— Chu, isso é enorme. — a mais nova comentou com a boca aberta enquanto seguia a escritora pelo caminho de pedra até a entrada da casa. — Sua avó era podre de rica. O que exatamente sua família faz?

— Muitas coisas, na verdade. — deu de ombros. — Nos últimos vinte anos eles focaram no setor de entretenimento. Lembra aquele show que eu tenho créditos em alguns episódios? Foi produzido pela empresa.

— Pensei que você não tivesse ligação com os negócios da família.

— E eu não tenho. Só o fiz porque sou amiga da criadora do drama e minha avó teve a última palavra. Não tinha nada que meu pai ou irmão pudessem fazer para me impedir de estar envolvida.

— Ah. Me admira a Seulgi não ter feito a conexão de quem você era antes.

Jisoo deu uma risadinha. — Nosso sobrenome é extremamente comum na Coreia, Jendeukie. Além do mais, meus pais preferiram fingir que eu jamais existi desde o dia que vim morar com minha avó. Para eles só o Jung-hoo e a Ji-yoon importam.

— Você tem uma irmã?

— Tenho. Ela é a segunda filha e por isso pode seguir uma carreira diferente da de Jung-hoo. Da última vez que soube dela, Ji-yoon tinha se formado médica e estava trabalhando em Busan.

So it Goes - JensooWhere stories live. Discover now