Under the Spotlight, parte dois

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Eu disse, um neurônio.

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"Bom, nós andamos o caminho todo até aqui e você ainda se recusa a dizer quem você é e o que quer, e eu estou ocupado hoje, poderia finalmente falar comigo?" Ele disse quando finalmente chegamos à lanchonete e nos sentamos em uma mesa ao lado da janela.

"Calma aí, garanhão, não ache que eu vou deixar fácil para você." Eu estava adorando tirar ele do sério. "Lembra que quem quer saber algo que eu sei é você, então eu farei as regras do jogo."

Isso não era totalmente verdade, ela queria saber quem ele era. Ai meu Deus Paola. Você diz que não se importa com a pirralha, mas quando ela não está por perto você tenta ajudar a vida amorosa dela. Sei que a Asterin o ama, e que ela não vai melhorar até resolver esse trauma, então eu irei fundo atrás desse cara (de uma forma legal, claro) e sucumbirei ele (sem ameaças) a desembuchar suas reais intenções.

Se esse cara passar no teste e dar uma boa explicação do porque ele agiu como agiu, e mostrar que tem boa índole, ele pode passar por mim e ir até o seu objetivo final, a sua protegida e querida colega de quarto.

O que esse garoto não sabe é que, todas as vezes que eu apliquei esse teste, poucos foram dignos de passar por mim. Eu sou como um boss do jogo, aquele dragão horroroso pelo qual você tem que lutar contra para conseguir a bela princesa. Não me importo de ser a vilã ou de assustar eles. Na verdade, é melhor quando sentem medo.

"Você quer saber sobre a Aster, e eu entendo isso, mas eu também quero saber sobre você. Então proponho um pequeno jogo."

"Como assim jogo, achei que ia me ajudar."

"Não sem ganhar algo em troca. Eu quero saber se você merece o meu esforço.

"Isso não me parece adequado de se falar quando você acaba de conhecer alguém." o jeito com que ele me chamava de chata me divertia.

"Eu não sei se te verei de novo garanhão, então é melhor você escutar." agora começamos "A cada pergunta que eu faça você ganha outra pergunta que você pode fazer para mim. Sobre qualquer coisa. Até mesmo sobre minhas amizades."

"Tudo bem, eu aceito." agora você está falando a minha língua.

Uma bem light para começar.

"Por que você terminou com ela?"

"Acho que isso não te convém, isso é algo que nós dois devemos resolver. Eu não vou contar isso para uma estranha."

Sua cara se retorcia de raiva enquanto franzia o cenho; eu tinha tocado na tecla muito cedo mas não ia sair daqui sem saber a informação pela qual eu tinha vindo.

"É você quem quer algo de mim, então não se faz o revoltadinho e pode abrir a boca. Nós fizemos um trato."

Ele suspirou cansado, eu tinha quase certeza que ele queria sair correndo daí.

"Eu vou dizer, mas só porque sei que se você é amiga da Aster, você não vai sair daqui até saber."

É verdade.

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10:50, Sábado, 11 de Setembro

Paola

É claro que era isso. Eu desconfiava que era um motivo idiota, e não imaginava que o garoto na minha frente tivesse muita inteligência emocional mas isso...Saber que namoros fofos de high school sweethearts acabavam por coisas simples que comunicação poderia arrumar era o motivo pelo qual eu desejava que a terapia fosse de graça para todo mundo. Mas claro que eu não contaria isso para a Aster, o menino merece pelo menos uma chance de se explicar né? Não me olha assim, eu tenho coração mole.

Para Onde Vão os Corações ApaixonadosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora