controlador.

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Seungcheol estava em seu escritório, cansado da mesmice de seus dias chatos.

– Ham... Sr. S.Coups? – Jeonghan bateu na porta.

Seungcheol se levantou, estranhando a vinda repentina do Yoon em seu covil do mal- digo, escritório.

– O que quer? – abriu a porta.

– Permissão para sair, senhor. – deu um passo para trás.

– Onde? Por quê? E com quem? – perguntou desconfiado.

– Jisso. Porquê ele me chamou para tomar sorvete.

Seungcheol estreitou os olhos.

– Certo, certo. Mas me avise quando estiver saindo.

– Certo, obrigado.

Se arrumou rapidamente. Vestiu uma camisa branca de mangas curtas, uma calça de tom claro e um tênis preto. Arrumou seus sedosos fios brancos, se perfumou e saiu de seu quarto.

Não precisou ir até o escritório, pois escutou o barulho da televisão na sala.

– Bom, eu estou saindo....

Seungcheol olhou em seu relógio de pulso, vendo que eram 3:30, em seguida fitou o rosto de Jeonghan.

– Volte até às 05:00. Sem atraso.

" Só isso?  Eu vou rever alguém que não vejo há muito tempo e tenho apenas uma hora e meia 'pra isso? Eu planejei toda uma tarde de passeio, Seungcheol!!!"

– Certo, senhor, estarei aqui no horário. – foi tudo o que disse, embora estivesse gritando internamente em frustração.

– Espere. Aqui. – estendeu algumas notas da direção de Jeonghan. – Pegue logo, meu braço vai cansar.

– Obrigado, senhor. – pegou o dinheiro.

Saiu indignado, agora um pouco menos que antes, e foi caminhando até a sorveteria que marcou com Jisso.

Só para chegar no local eram 30 minutos à pé.

– Jeonghan! Aqui! – o americano gritou para o amigo.

– Joshua! – correu até ele. – Quanto tempo....

– Olha ele. Roupa de marca e todo perfumado. Arrumou um velho rico, Jeonghan? Nem 'pra arrumar um 'pra mim também...

– Que velho rico o que, Ji. – riu. – Não falaremos agora sobre minhas fontes de renda. Vamos tomar sorvete.

Pediram seus sorvetes, Jeonghan de chocolate e Jisso de kiwi.

– E então, como anda a casa nova? Não vai mesmo me dizer onde fica?

– Eu já disse, Josh, é muito longe. Mas me diga, como está por lá? Digo, como estão as coisas sem mim?

– Chatas. Ninguém mais me ajuda a roubar as mangas do quintal da Sra. Min.

– Você não parou de roubar as mangas da pobre Sra. Min? Jisso! Ela é uma boa senhora, lhe daria as mangas de bom grado.

– Não quis arriscar. – deu de ombros e comeu mais um pouco de seu sorvete.

Jeonghan olhou para o lado e viu um homem todo de preto, óculos escuros e uma carranca. Estava à algumas mesas de distância, comendo um sorvete de casquinha e observando Jeonghan.

Yoon apenas voltou a olhar para o amigo, teria de fazer bom uso desse tempo.

Depois que acabaram os sorvetes, Jeonghan olhou para o celular e arregalou os olhos.

– Ai não!

– Que foi?!

– 04:45, Jisso!

– E...?

– Eu 'tô quase atrasado. Eu já vou indo, nos falamos depois por telefone.

– Por que a pressa, Hannie? – perguntou Jisso brincalhão.

– Eu, definitivamente, não posso me atrasar!

– Irá morrer ou algo assim?

– Não, mas é quase isso. Toma, paga o sorvete. – entregou o dinheiro. – Tchau, foi muito bom te rever! – gritou enquanto corria.

– Digo o mesmo!! – gritou de volta e riu. – Esse menino está aprontando alguma coisa...... – e Jisso iria descobrir o que Jeonghan está aprontando, mas não hoje.

Jeonghan correu. O mais rápido que pôde. 15 minutos era muito pouco, visto que a casa ficava no fim do mundo. Teria pego um táxi, se houvesse ao menos um disponível naquele momento.

{Seungcheol}

– Wonwoo! – Seungcheol o chamou assim que Jeonghan saiu.

– Em que posso ser útil?

– Siga o Jeonghan. Mas seja discreto. Não confio nele.

– Sim senhor. – se curvou e saiu.

{....}

Jeonghan abriu a porta em um estrondo. Suado, vermelho, ofegante e todo descabelado.

Seungcheol olhou no relógio e eram 04:58. Choi queria rir da situação do pobre Jeonghan, mas achou melhor não. Apenas o olhou "assustado".

O garoto olhou no celular e viu que não tinha chegado atrasado, então o guardou no bolso e praticamente se arrastou até seu quarto.

Wonwoo apareceu na sala minutos depois.

– Como foi?

– Nada anormal, senhor. Ele apenas tomou sorvete com um menino.

– Hum.... Foi discreto?

– Claro, ele nem me notou lá.

🌃 🌃 🌃

Era de madrugada, especifimente 03:59, Jeonghan acordou morrendo de fome. Bom, era de madrugada, ninguém estava na cozinha, certo? Então saiu silenciosamente de seus aposentos, como um espião em uma missão importantíssima, e foi até a cozinha.
Abriu a gadeira a procura de algo que pudesse saciar sua fome. Correu os olhos pelas coisas que haviam lá e parou em um vidro de leite, muito provavelmente de gado, e em uma latinha com presunto e queijo. Foi até um grande armário de madeira que havia na cozinha e procurou por pão, assim que achou, pegou uma faca e começou a preparar seu lanche.
Assim que tudo já estava feito, pegou um copo, consideravelmente grande, e pôs o leite. Realmente era de gado.
Quando já estava na metade do lanche, uma sombra surgiu atrás de si. No momento, Jeonghan só queria que fosse um anjo indo lhe buscar, pois sua missão na terra havia chegado ao fim. 

– Assaltando a geladeira? – uma voz um pouco rouca foi ouvida, e então Jeonghan se virou lentamente, ficando de frente ao ser e levantando os braços em rendição.

Mas não era um anjo, muito pelo contrário, era Choi Seungcheol.

– E-eu... Eu... – o que dizer? Havia sido pego no flagra. – Ham..... I-isso conta como quebrar alguma regra? – abaixou os braços.

– Eu não me lembro de ter falado nada sobre roubar comida de madrugada.... Bem, acho que não.

Jeonghan suspirou aliviado. É de se admirar que Jeonghan nunca tenha tido um infarto.

Até agora...

– Bom, continue fazendo seja lá o que veio fazer aqui. Eu já 'tô me mandando.

Yoon bebeu o leite de uma só vez e enfiou o resto do sanduíche inteiro em sua boca. Enquanto mastigava lavou e secou o copo, então pode correr para seu hábitat natural.

Seungcheol apenas riu do desespero do menino e foi preparar um lanche para si. Eram dois mortos de fome em plena madrugada.

O gangster e seu anjoWhere stories live. Discover now