Capítulo 41

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Suspirei pesadamente enquanto desligava o computador. Enfim esse dia havia chegado ao fim. Levanto da cadeira pegando meu terno e minha pasta saindo do meu escritório depois.

─ O senhor já está indo? Pietra pergunta levantando-se rapidamente da sua cadeira. Provavelmente estranhando o horário já que ainda eram quatro e vinte da tarde.

─ Sim. Respondo.

Ela ajuntou as mãos próximo ao corpo enquanto involuntariamente retorcia uma na outra. Seus olhos escuros apreensivos.

─ Algo que queira compartilhar senhorita Fresber? Indago.

─ Na verdade sim. Eu tenho um exame na segunda-feira e não consigo vir na parte da manhã será quê? Disse ela hesitante.

─ Sim Pietra pode vir na parte da tarde. Só não esquece o comprovante para o pessoal do Rh arquivar.

─ Sim senhor. Obrigada e desculpa avisar em cima da hora são tantos detalhes que acabei esquecendo. Ela diz sem graça.

─ Isso é importante não gosto de ser o último a saber de algo que vai interferir na minha agenda.

Já é um ponto a menos para ela. Eu realmente estava cogitando a ideia de efetivá-la não como minha secretária é claro essa vaga pertencia a Leslie mas em outro departamento. Porém agora essa ideia não me parece tão boa. Leslie nunca fez isso sempre quando ela tinha consulta ela me avisava com antecedência justamente para me programar.

─ Era só isso? Pergunto olhando o Rolex no meu pulso.

─ Sim senhor e desculpa mais uma vez. Pietra murmura com a cabeça baixa.

─ Ótimo. Depois dessa eventual parada sigo para os elevadores.

Em menos de cinco minutos já estava entrando na minha Mercedes arrancando com ela em direção a Chealsea.

Dei um leve soco no volante enquanto resmungava do engarrafamento à minha frente na aveinda principal. Eu já sai mais cedo para evitá-la mas não teve jeito. Grandes metrópoles e seus efeitos diários que contribuem para um estresse diário. Como se não bastasse o trânsito infernal que já mudou meu humor ainda tinha um engraçadinho buzinando. Abri o vidro do carro acenando com a mão pedindo que ele passasse. Só então o imbecil se deu conta que a culpa do trânsito não era minha e para de buzinar se recolhendo a sua insignificância.

" Que cara idiota sempre tem um pra tentar ajudar a estragar nosso dia."

Cheguei no apartamento da Liz já passava das cinco horas. Estacionei em frente ao prédio saindo do carro, travando as portas. Subo as escadas até a portaria.

─ Boa tarde senhor August. Cumprimento o porteiro.

O senhor August é um senhor bem alto astral que sempre está com um sorriso estampado no rosto envelhecido.

─ Boa noite senhor Marangoni. Ele murmura com um sorriso largo.

Entrei no elevador já afrouxando minha gravata. Cinco andares depois desço do elevador seguindo pelo corredor pegando minhas chaves no bolso da calça. Assim que abri a porta da sala encontro a Liz sentada no sofá tocando seu violão. Coloco minha pasta e as chaves em cima da poltrona encostando no umbral da porta da cozinha depois. Liz terminava a última estrofe da música Isn't she lovely um dos grandes sucessos de Steven Wonder. Quando ela percebe a minha presença ela sorri sem errar nenhum acorde terminando a canção. Eu amo sua voz ela é tão doce e intensa ao mesmo tempo. Nunca vi um anjo cantando mas pra mim sua voz se assimilava a deles de tão perfeita. Vou até ela assim que ela termina a melodia. Não queria interrompê-la.

Um Ceo para chamar de meu {Obra concluída}Where stories live. Discover now