Capítilo 32

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Alerta de gatilho! Há uma parte neste capítulo que pode ser sensível para alguns públicos.

Julgamento

Aterrisso os pés em mais um teto. Maizom para ao meu lado. Hoje está impossível não lançar olhares a ele.

Este, resolveu mudar o traje habitual. Está de jeans e camiseta branca social. Não sei explicar, a combinação o deixou tão maravilhoso que meus olhos não desgrudam mais dele. Preciso me acostumar com Maizom assim.

— Se continuar a me olhar desta forma vou acabar me desequilibrando e indo ao chão. — Alerta. O sorriso gigante estampado no rosto.

Desvio os olhos na mesma hora.

— Você está lindo! Não fica mudando de estilo do nada. Me faz ficar igual uma hiena babona te fitando. — Reclamo tentando manter a carranca que não dura nem meio minuto.

Sumiu no instante em que ele se aproximou. Seu rosto parou pertinho do meu. Os dedos pousaram na minha cintura e deslizam para o bolso detrás do meu jeans.

Gosto da forma que ele me deixa sem ar quando quer. Fitar suas írises castanhas faz o meu peito aquecer e meu coração disparar.

— Já se olhou como está? — Pisca deslizando lentamente o nariz no meu.

Fecho os olhos alargando o sorriso. Esqueci que ainda estou com a roupa que fui para a escola. Calça jeans preta, com rasgos no joelho, blusa social branca e gravata, que no momento está desleixadamente frouxa. É, estamos quase iguais. Amei tanto.

Por não ser horário normal, embora tenha havido algumas aulas, é costume mudar o traje no último dia de ensino médio. Como cheguei tarde e com preguiça, não quis trocar. E também estava tão centrado em Maizom que mal notei as olhadas para mim.

Nossos lábios se unem e deslizam suavemente em um beijo calmo. Tão carregado que me arrepio. Sinto o metal redondo dentro do bouço ser pressionado contra meu corpo, pelo seu quadril, tornando o encaixe do beijo desnorteado.

Afastei-me ainda mais rápido ao avistar Oscar se aproximando. Deixo Maizom confuso. Este, acompanha a direção que olho e sorri. O Velho Senhor para onde estamos. Abaixo a cabeça. Minhas bochechas ardem deixando-me embaraçado.

— Olá Eric! Olá Maizom! — Cumprimenta.

— Oi. — Murmuro ainda de cabeça baixa.

— Olá. — Noto Maizom sorrir e sinto seus olhos em mim.

— Menino eu praticamente te motivei a ir atrás dele e você tá com vergonha de mim?

Engulo em seco. É nessas horas que dá ranço de ainda ter resquícios da timidez. Entretanto, não vou deixá-la me dominar novamente. Levanto as vistas. Olho-o.

Maizom se aproxima parando pertinho. Não sei, com esse simples gesto é como se ele afirmasse que me entende e está comigo.

— Desculpa! Não dá para controlar. — Coço a nuca.

Oscar sorri, desvia as vistas para Maizom e volta-se para mim novamente. Os olhos aparentam dizer: "estou feliz por vocês". Sorrio me sentindo mais leve.

— Deixa eu ir. Se cuidem! Apesar de lindo, isso aqui é um verdadeiro perigo. — Alerta e segue para o teto da outra casa.

O emaranhado de residências, uma ao lado da outra, tiveram de ser deixadas às pressas pelos seus antigos donos.

Apesar do aviso constante do estado para que moradias não fossem construídas nessa parte, devido a grande expansão anual do leito do rio, ninguém deu ouvidos. Resultado; inundou tudo.

Te Guiando No Subúrbioحيث تعيش القصص. اكتشف الآن