Capítulo 04

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Me encaro no espelho vendo que o vestido caiu perfeitamente e sorrio, minha maquiagem está leve, toda em tons nudes com iluminador, apenas o batom vinho se destaca.

— Você está perfeita

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— Você está perfeita. — Escuto a voz, de Nathan e me viro o encarando.

— Obrigada. — Sussurro me sentindo nervosa, coloco os brincos e o salto preto o vendo me observar pelo espelho.

— Tudo bem? —Pergunta tocando minha cintura e colocando a cabeça em meu ombro, ainda me olhando pelo espelho, graças ao salto eu fico um pouco mais alta, mas ainda sim ele é mais alto. Solto um suspiro e assinto o vendo sorrir. Um beijo é depositado no meu pescoço e ele se afasta, me entregando minha bolsa.

Caminho até o andar de baixo e entro na limosine com ele ao meu lado.

— Voltaremos cedo.

Olho para janela do carro pensando em como minha vida mudou bruscamente, em menos de um ano tive minha filha tirada de mim assim como aqueles que que chamava de família, fui traida da pior forma possível. Entrei num tipo de acordo com um cara podre de rico e agora estou perto de conseguir minha filha de volta.

— Quando a Jasmin...?

— Meu advogado já entrou no caso. — Murmura deixando um mecha do meu cabelo atrás do ombro. — Amanhã teremos uma audiência, a primeira. Na quarta a segunda e acredito que nesse mesmo dia estaremos com ela.

Não consigo conter o sorriso ao imaginar minha filha comigo novamente, em um ato impulsivo o abraço.

— Obrigada. — Sussurro contra seu pescoço, sentindo seu cheiro malditamente bom. — Por tudo.

Um beijo carinhoso é depositado em meu cabelo me fazendo suspirar. Nathan me abraça apertado, como se a qualquer momento eu fosse fugir. O que é estranho já que o cara é um gigante.

— Senhor. — Escuto a voz do motorista que abre uma pequena janelinha que dá acesso para nós. — Perdoe-me interromper mas chegamos.

Reprimi um gemido de sofrimento ao olhar para fora e ver uma entrada luxuosa com inúmeros fotógrafos. Sério isso?

— Presciso ficar apenas uma hora, prometo que vamos para casa cedo. — Assinto levemente e o vejo sair do carro. Nathan abre a porta para mim e eu pego sua mão, saindo do carro. Quase fico cega com os inúmeros flashs que se viram para nós. Respiro fundo o sentindo apertar minha cintura enquanto caminhamos até a entrada juntos.

Se a entrada já era extremamente luxuosa o local é mais ainda. É um espaço grande em tons claros, um longo bar se estende em uma das paredes com diversos tipos de bebida,  várias mesas estão espalhadas pelo local com pessoas bem vestidas sentadas conversando, garçons circulam para cá e para lá e apenas alguns fotógrafos não tão irritantes como os de fora. Mas Nathan não parou aqui, ele seguiu por um corredor  tão luxuoso quanto todo local e parados em um, um pouco menor, estava mais para uma sala de estar, em média 10 homens de terno e alguns estavam acompanhados de mulheres que me olharam de cima a baixo como se eu fosse um bicho. Gente estranha.

— Wilkerson. — Um velho comprimenta sorrindo. O homem ao meu lado da apenas um aceno com a cabeça ao senhor e me acompanha até um pequeno bar pedindo algo para ele e uoara mim.

— Ele não é dono da CCB? — Pergunto assustada, CCB é uma empresa extremamente famosa de automóveis.

— É. — Pergunta indicando que eu me sente em um dos bancos altos, ele fica a minha frente e o garçom me entrega o drink.

— Por que não tem álcool?

— Porque você não sabe beber. — O encaro indignada e ele ergue as sobrancelhas. — Da última vez que bebeu, entrou no carro de um estranho sem nem se importar.

Reviro os olhos e ele ri, levo um pouco da bebida aos lábios e dou de ombros, não é tão ruim.

— Preciso conversar com eles, quanto mais rápido melhor. — Fala. — Pode ficar sozinha por um tempo?

— Sim. — Sussurro e o encaro irritada ao receber um selinho.

— Estamos em público, lembra? — Sorriu de lado se afastando.

Brinco com os anéis em meu dedo me sentindo nervosa ao ver duas mulheres se aproximarem, uma mais velha e outra parecendo ter minha idade.

— Olá. — A senhora cumprimenta.

— Olá. — Sorri gentilmente.

— Belo vestido, devo dizer.

— Ah, obrigada. O seu também é magnífico. — Ela me encarava com um olhar gentil mas parecia querer me fulminar.

— Então... — A mais nova começa. — Vi que chegou com o Nahan. São... parentes ou algo do tipo?

— Ah... — Suspiro sem saber o que dizer.

— Ela é noiva dele. — Escuto uma voz feminina e me viro para trás, vendo uma garota de uns 16 anos vestido rosa claro, All star preto e delineado de gatinho.

— Noiva?

— Sim. — Ela Sorriu se aproximando de mim e pressionando sua bochecha contra a minha fazendo o som de beijo. — Oi, Emma.

— Oi. — Murmuro confusa.

— Então senhoras, eu quero falar com minha cunhada, em particular, se incomodariam de nos dar licença. — Ela sorriu com falsa gentileza assim como as outras duas e revirou os olhos assim que elas saíram. — Eca. — Murmura se sentando ao meu lado.

— Então, como sabe meu nome?

— Ah, sim. Eu sou Nina Wilkerson, irmã do Natha, ele me chamou para te fazer companhia.

— Obrigada. — Sorri.

— Elas são um porre né. — Murmura gesticulando com a cabeça para as mulheres. — A mais velha é Kira Thompson, mulher do dono da BBC e a mais nova é filha deles Sally Thompson.  Elas tem a ilusão de que um dia Sally ficaria fom meu irmão, mal sabem que ele é louco por você.

— Bom, não não se ele te contou mas não é exatamente por amor. — Ela me analisou em silêncio e Sorriu.

— Certo, você ainda não percebeu. Vou deixar você fazer isso sozinha. — Fala dando de ombros. — Meu irmão me pediu para te destrair enquanto ele está ocupado. Vem vamos dançar.

Nina me puxou de volta para aquela primeira parte do salão e em que muitas pessoas estavam sorrindo e dançando. Dançamos por um bom tempo, ela é uma companhia ótima e evitava ao máximo que pessoas chegassem perto de mim para me fazer perguntas.

— Oi querida. — Nathan murmura chegando perto de nós, reviro os olhos com o apelido e me viro para ele.

— Oi. — Falo. — Sua irmã é incrível. — Nathan sorri e beija a testa da irmã que resmunga limpando.

— Sua sorte é que ela é muito legal. —  Fala. — E que eu estava arrumada, vou para uma festa. — Ela faz uma careta olhando em volta. — Uma festa de verdade. Hey, Emma. Vou aparecer na mansão um dia desse pra torrarmos o dinheiro do Nathan, a mamãe está louca pra te conhecer também. — Fala me abraçando, abraço de volta e ela sorri. — Thauzinho.

A garota saiu andando para festa da festa.

— Acabou? — Pergunto me sentando em um dos bancos altos do bar.

— Sim. — Fala tocando meu rosto, faço uma careta.

— Não precisa ficar tão perto. — Murmuro o fazendo rir. Nathan chega mais perto ainda e sussurra.

— Estamos em público, lembra?

Solto um suspiro e assinto, o sinto tocar meu rosto e fecho os olhos quando nossos lábios se encontram. Céus, eu tinha esquecido o quão bem esse homem beija. Abraço seu pescoço me sentindo ofegante e me afasto para respirar o vendo sorrir de lado.

— Estamos em público. — Murmuro.

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