O Filho Da Nossa Empregada

2°temp: Capítulo: 6

Daniel narrando

Estava ainda parado sem mexer nenhum músculo, agora além de sofrer Bullyng na escola terei que aguentar humilhações de Nathan dentro de minha própria casa

- Daniel, você está bem ?, Está um pouco pálido - falou meu pai Lucas me avaliando

- estou bem pai, e que a notícia foi tão impactante que acabei ficando um pouco pálido- falei para ele sorrindo

- Nathan, pode ficar à vontade a nossa casa e a sua casa, a Rosa vai te mostrar onde você vai se instalar- falou meu pai Miguel sorrindo para o Nathan

A Rosa pega a mala do filho e segue para o andar de cima, passando por mim Nathan me encara como se quisesse me matar, resolvi não ligar para as suas olhadas. Subi para meu quarto e me joguei em minha cama

- por que essas coisas tem que acontecer comigo. Ele não poderia simplesmente me deixar em paz- falei para mim mesmo, encarando o teto

Peguei um ursinho de pelúcia que havia em minha cama e fiquei abraçado com ele, pois desde criança esse ursinho me dava a calma que eu tanto precisava. Mais tarde um pouco a porta do meu quarto e aberta e por ela vejo passar Nathan

- o que você pensa que está fazendo aqui, não está em sua casa não pode ir entrando desse jeito- falei puto de raiva

- seus pais me disseram para ficar a vontade e eu estou bem a vontade - falou ele se jogando em minha cama

- sai agora do meu quarto, não quero te ver na minha frente- falei ainda mais puto com ele

Nathan se aproxima de mim e me segura pelo colarinho da camisa, ele me joga contra a parede

- escuta aqui seu merdinha, não é por que estou em sua casa que as coisas irão mudar. Lamento mas você está muito enganado, eu vou sempre te tratar do jeito que você merece ser tratado, e se você pensar em contar alguma coisa para seus pais e isso acabar prejudicando a minha mãe, eu faço você se arrepender depois, e não vai querer ver a minha cara- falou ele com raiva

- só cai fora do meu quarto- falei ainda puto de raiva, mais me contendo para não avançar no pescoço de Nathan e o deixar todo arranhado

Ele me solta e acabo caindo no chão, Nathan sai do meu quarto e bati a porta, deitei em minha cama e deixei as lágrimas caírem como sempre caíam. Depois de alguns minutos de choro, meu pai Lucas bati em minha porta do quarto

- Daniel, e impressão minha ou você está chorando - falou ele passando sua mão em minha bochecha

- eu estou bem pai- falei tentando sorrir mas as lágrimas me impediam

- meu pequeno, sabe que pode me contar qualquer coisa, não guarde nada somente para você. Eu já fiz isso uma vez e quase acabei com uma depressão- falou ele sorrindo fraco

- pai, se eu te contar um segredo você vai falar com o pai Miguel ?- falei sentindo as lágrimas continuarem a descer

- meu pequeno, o que a gente conversar dentro desse quarto não vai sair, por mais que eu ame o seu pai- falou ele limpando as lágrimas que ainda insistiam em cair

- Pai, eu ando sofrendo Bullyng na escola por conta da orientação sexual sua e do pai Miguel- falei abaixando a cabeça

- por que nunca me contou isso Daniel, quem são essas pessoas que esta fazendo isso com você ?- perguntou ele cruzando os braços

- Pai, eu tenho tudo sob controle, mas vai chegar um tempo que não vai dar para suportar- falei ainda de cabeça baixa

- Daniel meu filho, você tem que andar sempre de cabeça erguida. Quando eu tinha a sua idade eu também sofria muita homofobia na escola, e depois de tanto assistir documentários sobre os LGBTS , eu decide que não valeria a pena discutir com essas pessoas- falou ele erguendo minha cabeça com seus dedos

- eu estou tentando pai, mas cada dia parece mais difícil- falei abaixando a cabeça novamente

- Daniel, eu sou seu pai e sempre vou estar aqui para te proteger, e com certeza vou sempre fazer com que você seja feliz. A homofobia lá fora e só mais um problema que devemos enfrentar no nosso cotidiano. Me prometa que se essas pessoas fizerem algo de mais grave com você, você vai me contar- falou ele preocupado

- nada vai me acontecer pai, pode ficar despreocupado- falei abraçando ele.