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NO QUARTO DE KAZ, Anya havia deixado suas roupas novas em sua cama, enquanto descansava em sua banheira. Pegou a toalha e esfregou o corpo, querendo se livrar do sangue e da sujeira do dia. Ela ouviu conversas na outra sala, mas não prestou atenção. A mesma afundou seu corpo na água, deixando-se perder em seus pensamentos. Ela soltou um suspiro de ar quando seu rosto rompeu a superfície da água, trazendo as mãos para limpar as gotas de seus olhos. Anya apoiou a cabeça na lateral da banheira, fechando os olhos.
─ Grace, eu tenho uma pista.
Anya abre os olhos e vira a cabeça em direção ao som da voz de Kaz.
─ O que é?
─ Um homem que atende pelo nome de o Condutor. ─ Kaz se encosta na porta do banheiro, observando-a.
─ Nome estúpido. Passe a toalha, Kazzy. ─ Kaz balança a cabeça ao ouvir o nome, mas faz o que ela pede. Anya sai da banheira, enrolando a toalha em volta do corpo, sem se importar com Kaz olhando para ela. Ela se sente confortável por estar nua na frente dele, também se deleitando com a forma como suas bochechas tingem de um rosa claro.
─ Que bom que você gostou da vista. ─ Anya diz enquanto sai pela porta.
─ Quem não gostaria ─ Kaz retruca enquanto se vira para ela. Anya mais uma vez e deixa cair a toalha, deslizando em suas roupas íntimas e, em seguida, suas roupas. Kaz conhece sua rotina bem o suficiente agora, então ele vai até a pia e pega a escova dela, jogando nela. ─ Aí está. ─ Obrigada. ─ Anya pega a escova e passa pelos cabelos castanhos ondulados. Quando o emaranhado acaba, ela pega a toalha e passa sobre o cabelo, secando-o um pouco. ─ Vamos pegar Jesper?
─ Sim, agora vamos.
Anya e Kaz pegam seus casacos e saem da sala. Vasculhando o clube, sem conseguir localizar Jesper, eles saem para as ruas, sabendo que podem encontrá-lo no espelho mais próximo. Com certeza, lá estava ele, olhando para absolutamente nada.
─ Jesper! Novo emprego. ─ Quando Anya e Kaz alcançam Jesper, Anya nota seu rosto atordoado. ─ Venha comigo.
─ Eu trouxe doces. ─ Anya provoca Jesper. Caminhando pelas ruas de Ketterdam, Anya tinha que olhar para trás a cada poucos minutos, certificando-se de que Jesper não se distraísse muito.
─ Eu quero dizer isso. Precisamos de um homem de demonstração. ─ Jesper conta a eles.
─ Você ainda está nisso?
─ Claro que ele está. Ele só quer um marido. ─ Anya diz.
─ Sim, mas isso não vem ao caso. Acabei de tocar no assunto esta noite. ─ Jesper, você pede um especialista em explosivos para cada trabalho. ─ Porque não quero ser aquele para quem você aponta e diz: "Exploda algo para nós". Isso não é um talento de Jesper. Atiro coisas com estilo. E pareço bem. Apenas jogue com meus pontos fortes, chefe.
