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Victor

Levanto com meu celular tocando, droga havia me esquecido do almoço que a minha mãe tinha preparado. Pego o telefone e atendo.

"- Oi, mãe! Tudo bem?"
"- Cadê você, Victor Augusto? Olha a hora que já é!"
"- Calma, mãe. Já, já estou aí. Tava no banho"
"- Ah sim, não enrola não que já esta todo mundo aqui. Inclusive a Bárbara, ela me contou que ontem vocês tiveram uma conversa bastante conturbada, mas não entrou em detalhes. Filho, admite seus erros, você sabe que a Bárbara é uma menina de ouro."
"- Eu até admitiria se eu tivesse feito alguma coisa!"
"- Filho, não se faça de besta, por favor!"
"- Mãe, tchau! Preciso terminar de me arrumar"

Droga, que caralhos que essas mulheres não acreditam em mim? Eu realmente se tivesse feito algo, teria coragem o suficiente de admitir.

A Bárbara desperta em mim, coisas que ninguém nunca despertou. Ela diz que o tempo mudou, que tudo mudou, bom, por um lado ela pode até está certa. Mas algo que não mudou, e eu tenho certeza, é o amor que temos um pelo outro.

Começo a me arrumar rapidamente, já que estava extremamente atrasado, e provavelmente a minha mãe iria me matar. Lembro que a Thaiga iria de carona comigo para o almoço, ela vai me matar!

Desço as escadas, vejo que a Thaiga não está em casa, pego meu telefone e ligo pra ela.

"-Ei, aonde você tá?"
"- Ué, estou aqui no almoço."
"- Como que tu foi?"
"- A Bárbara passou aí e me pegou, ou tu tá achando que eu iria ficar esperando a bela adormecida até agora"
"- Podia ter me acordado. Mas enfim, estou chegando!"

Parece que ela é a Bárbara está se dando bem, isso é bom, né...
Pego as chaves do meu carro e passo em uma adega, só com bebidas pra eu ter coragem de enfrentar esse dia. Compro dois combos de vodka (Absolut e Ciroc) as minhas preferidas, e as melhores de todas.

••

O almoço foi até tranquilo, recebi um puxão de orelha da minha mãe, mas isso eu já esperava. Não fiquei a sós com a Bárbara em nenhum momento, até porque ela não deu nenhuma oportunidade pra isso, sei que ela está me evitando.

Agora são 05h40 de um domingo ou melhor segunda, e estamos em uma resenha, e o álcool claramente tomou conta do meu corpo.
No momento estou sentado em um sofá, observando de longe a Bárbara. Ela sempre foi extremamente linda, e agora está mais, ela se tornou uma mulher madura e confiante, e isso deixa a mais atraente ainda. Eu desejava ela, sentia vontade de ter ela em meus braços novamente, queria sentir os seus beijos com aquele sabor doce, que só ela tem. Essa mulher mexe comigo de tantas formas que eu não sei descrever.

Vejo ela se afastando, provavelmente em busca de ar livre, ela sempre faz isso. Me levanto, e vou atrás dela disfarçadamente.
Vejo ela sentada em um banco tentando se recuperar da dança que ela tinha acabado de fazer lá dentro.

Victor: Pelo visto você não mudou seu jeito. -Dou uma risada sem graça tentando me aproximar-

Bárbara: Não entendi o que você quis dizer.

Olha, se fazendo de desentendida.

Victor: Seu jeito de sempre sair no meio da festa pra vir tomar um ar, mesmo a festa sendo no ar livre.

Bárbara: E todas as vezes você sempre vem atrás de mim, já reparou?

Dou uma risada sem graça.

Victor: Nunca reparei, sempre pensei que fosse acaso.

Bárbara: Acaso? Bela desculpa, tá melhorando um pouco. -Ela da uma risada-

Minha luz no final do túnel Where stories live. Discover now