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Bárbara.

Os dias se passaram extremamente rápidos, e amanhã vai ser o dia que o Victor vai embarcar, passamos os últimos dias mais unidos do que nunca, queria aproveitar cada momento ao lado dele. 

Aconteceu várias coisas, discussões e beijos... Sim, novamente eu e o Victor, eu não sei se são os hormônios da gravidez, mas cada dia que passa parece que eu tenho mais clareza dos meus sentimentos pelo Victor.

Hoje como véspera de feriado e não teremos aula, vai rolar uma festa de despedida pro Victor, com todos nossos amigos.

A minha barriga tá enorme, e praticamente todas as minhas roupas não me servem mais, por isso combinei de ir ao shopping com a minha mãe. Desde que me mudei, acabamos nos distanciando um pouco, por isso chamei ela pra ir comigo, preciso passar mais tempo junto a ela.

Pego as chaves do meu carro, desço as escadas e vejo a Eliane.

Bárbara: Boa tarde, Eliana! Como você está, meu amor?

Eliana: Oi minha pitica, vou bem, e você? Cada dia que se passa sua barriga está maior.

Bárbara: Estou indo bem, apesar de que estou um pouco triste já que o Victor vai embora amanhã... -Dou um sorriso forçado- Sim, a barriga desse tamanho já está o maior incômodo pra dormir.

Eliana: Você ainda gosta dele, não é mesmo?

Bárbara: Estou tentando me convencer que seja apenas os hormônios da gravidez falando mais alto.

Eliana: Sim, talvez pode ser os hormônios sim! Mesmo se for, eles ficaram só um pouco mais admirados pra você perceber isso. Eu lembro de quando vocês tinham 5 anos e ele havia lhe dado uma flor, chocolate e um beijo na bochecha, você tinha ficado tão feliz, falava que ele era a sua alma gêmea, e que vocês iriam se casar...

Bárbara: Ah, eu me lembro desse dia como se fosse ontem, dois pirralhos apaixonados. - sorrio ao lembrar daquele tempo- Pra te falar a verdade, eu acho sim que ele seja minha alma gêmea, mas nem sempre almas gêmeas estão destinadas a ficarem juntas.

Eliana: Exatamente minha filha, você realmente entendeu tudo! O que for pra ser, será. Deixa o tempo fazer o trabalho dele, não apresse nada. -Ela da um beijo em minha testa-

Bárbara: Obrigado por isso, eu amo muito você... Já estou saindo, ok? Vou as compras com a minha mãe, você quer ir?

Eliana: Muito obrigado pelo convite, mas tenho que ir para casa, hoje prometi pra Gabriella que iria ficar com o Mateo.

Bárbara: Sinto saudades da Gabriella, depois diga a ela pra vir aqui em casa, trazer o Mateo pra brincar um pouco.

Eliana: Digo sim! Agora vai lá, juízo, vai com Deus! E mande um beijo pra sua mãe.

Faço um joinha com a mão enquanto eu saio de casa rapidamente pra ir buscar a minha mãe.
A Eliana é uma mulher que trabalhava na casa dos meus pais na época que eles ainda estavam juntos, ela sempre foi como uma mãe pra mim, e quando minha mãe se separou do meu pai, ficamos os primeiros meses na casa dela. E Gabriella é a filha dela, já foi muito a minha amiga, mas acabamos se afastando.

Chego na casa da minha mãe e ela já estava na porta me esperando. Logo ela entrou e fomos em direção ao shopping.

No caminho de volta após as compras, ela me fez uma pergunta peculiar.

Flaviana: Você se arrepende muito de ter engravidado?

Bárbara: Arrependimento é uma palavra muito forte que só tive no começo, quando descobri, agora já aceitei. Desde que descobri a gravidez e passei a aceitar, só tive uma crise depressiva, e acho que Deus mandou o Brian para me mostrar o real significado da vida, e que existe alguns males que vem para o bem.

Minha luz no final do túnel Where stories live. Discover now