— Ela é bonita, tio Peter!
Sentei-me e fizemos os pedidos. Notei os olhares do Raffael para a tal moça e a interação do Peter com a menina. Mas parecia que ele era o pai da menina. Quando terminamos o almoço, o Raffael fez questão de pagar a conta.
— Mamãe, posso pedir um sorvete?
— Não vamos abusar, Mel.
— Tá bom!
Mas o Peter pegou na mão da menina saindo com ela da mesa, voltando logo depois com a mesma com um sorvete de casquinha.
— Senhor Peter, não deveria paparicar tanto essa menina.
— É só um sorvete!
— Peter está frio, ela pode ficar resfriada - disse o Raffael.
— Gente é um sorvete pequeno. Ela não vai morrer por conta desse sorvetinho.
— Senhor Johnson, o senhor esqueceu que não faz muito tempo em que ela esteve internada com início de pneumonia?
— Realmente, havia esquecido. Me desculpe, Gabrielly.
Eu fiquei ali totalmente alheia e ao mesmo tempo admirada de como o Peter é legal com criança.
Saímos do restaurante, Raffael me falando sobre o projeto do hotel do James, sua secretária, a Gabrielly, ao seu lado e o Peter na frente de mão dada com pequena Melissa que saltitava toda feliz e tagarelava o tempo inteiro com o Peter. Ele parecia que tinha cinco anos, trocando ideia com a menina.
Quando chegamos do lado de fora, Raffael apanhou a chave com o manobrista, abriu a porta para a Gabrielly e ficou aguardando o Peter que estava agachado
— Você vai mesmo na casa do tio Raffael?
— Vou e vou levar pipoca pra gente assistir um filme bem legal.
— Tio Peter
— Oi, fadinha. Vou te chamar de Tinkerbell!
— E eu vou te chamar de Peter Pan. Tio, sua namorada vai com você pra gente ver o filme? - Peter olhou pra mim sorrindo.
— A tia Jéssica é muito chata. Ela não gosta de ver filmes.
— Então por que você tá namorando com ela?
— Porque ela é bonita! - ele me olhou novamente, enquanto falava - e o tio gosta do jeito bravo dela.
— Mas se ela é brava, vai querer bater em você - ele segurou o riso.
— Mas o tio às vezes é malvado e merece uns tapas e um castigo!
— Não. Você é legal - ela olhou pra mim - moça, não bate nele não. Ele é muito legal.
Só balancei a cabeça e o Peter colocou a menina no carro e avisou ao Raffael que iria na C&JJ pra pegar um relatório com a Mary.
Eles partiram e o Peter me acompanhou a pé, já que o restaurante era muito próximo da empresa.
— Eu não acredito que você mentiu na cara de pau para uma criança.
— Não menti
— Eu sou chata? Não gosto de filmes?
— Quase disse a ela que iria adorar você me dando uns tapas, se bem que tu já me deu e foi gostoso, melhor ainda é eu corresponder aos seus carinhos - ele piscou pra mim e sorriu de lado me fazendo rir também.
— Não sabia que você gostava tanto assim de criança.
— Tem muita coisa sobre mim, que você não sabe.
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Trilogia: POR QUE NÃO? A Verdadeira Jéssica - Livro 3
RomanceJéssica é uma linda mulher empresária no auge dos seus 35 anos. Determinada e sagaz, porém insegura. Esconde segredos que destruiriam laços familiares, sempre os mantendo bem guardados em sua mente perspicaz e audaciosa. O Destino lhe traçou um cam...
XLIV- Peter um anjo? Tá brincando...
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