Trilogia: POR QUE NÃO? A Verdadeira Jéssica - Livro 3

X- Sou solteira

JÉSSICA

QUE ELE era lindo e parecia gostoso eu já havia notado. Mas tive certeza absoluta que até hoje, foi a melhor noite de sexo que já tive na vida. Que homem gostoso!

Não ficamos só na primeira rodada... o Pedro me deu uma boa canseira. Acho que essa era a questão dos caras com quem eu saía, por mais que eles transassem comigo por horas, não me sentia saciada. Mas com o Pedro não foi assim, ele me deixou cansada e satisfeita.

— Parece que você estava na carência, senhorita! - ele me disse debochado, deitado de bruços, completamente nú ao meu lado. Que corpo escultural.

— Você agora vai ficar se achando o cara.

— Se tem uma coisa em que eu me garanto é na cama e como profissional - ele virou-se, ficando de barriga pra cima e colocando os braços cruzados embaixo da cabeça, cruzando também as pernas - agora acho que sua dívida só aumentou, Jéssica.

Pedro fechou os olhos e balançava os pés, completamente relaxado.

— Como assim? Essas rodadas de sexo não eram pra pagar?

Eu estava sentada, com um lençol cobrindo minha parte inferior do corpo, deixando somente meus seios amostra. Pedro abriu os olhos, virou a cabeça pra mim e tirou os braços de debaixo de sua cabeça. Girou o corpo, ficando novamente de bruços, mas desta vez com o corpo apoiado nos cotovelos. Ergueu o corpo um pouco mais, apoiando o corpo como se fosse fazer uma flexão e aproximou o rosto do meu.

— Resolvi parcelar...achei que estava ficando cada vez maior. Fora que você acabou ditando muita coisa. E eu avisei que seria como eu queria e por quanto tempo eu quisesse.

— Que horas você tem que devolver o carro? - tentei mudar o foco.

Ele deu um sorriso sem mostrar os dentes, apoiou novamente o cotovelo na cama e levou o outro braço até mim, passou a mão por meu pescoço e me puxou. Colou a boca na minha e quando terminou de me beijar, sorriu.

— O carro vai comigo pra casa.

— Acha que vou pagar o aluguel desse carro por quanto tempo?

— Pelo tempo que eu quiser.

— Mas que merda de contrato foi esse que você fez, que você devolve quando quiser?

Ele deitou novamente e puxou o travesseiro, colocando o mesmo embaixo de sua cabeça, deitando de bruços e abraçando o travesseiro.

— O aluguel do carro será pago pra mim, já que eu sou o dono do carro.

— Aquele carro é seu?

— Ao menos é o que diz nos documentos dele. E acho que é assim que funciona, quando você vai até uma concessionária e compra um carro, não é?

Ele virou a cabeça para o outro lado, tirou uma das mãos de debaixo do travesseiro, bateu na cama e disse...

— Agora, eu preciso de ao menos dez minutinhos, então melhor a madame deitar e descansar, pois quando eu acordar, vou querer mais uma parcela.

— Você é muito safado!

Ele virou o rosto pra mim, eu deitei na cama e cobri o que estava fora dos lençóis. Olhei pra ele, que me encarava e sorriu.

— Você se faz de santa, mas aqui... nesse quarto e nessa cama, você é a puta que eu queria. Então... fofinha, não vamos discutir, quem é o safado ou não - ele piscou e virou o rosto para o outro lado.

Era cerca de cinco da manhã quando acordo e não vejo o Pedro na cama. Olho em volta e fico confusa, será que foi embora ou resolveu me roubar? Afinal, foi uma loucura trazer ele pra minha casa. Sentei na cama e Pedro sai do meu banheiro se secando.