Trilogia: POR QUE NÃO? A Verdadeira Jéssica - Livro 3

II- Negócios são negócios.

JÉSSICA

O EDUARDO passou a fazer negócios com o Jacob com mais frequência que anteriormente, o que fazia com que ele e o filho estivessem sempre por aqui.

Era meu fim de semana com a Nina e eu saí com ela pra passear no shopping. Fomos ao cinema e depois à praça de alimentação comer algo.

— Tia Jéssica, tem dois homens olhando pra cá. Vamos chamar o segurança? Tô achando estranho o jeito deles olhando pra gente.

Olhei para mesa à distância de outras duas mesas e vi que era o tal Peter e seu amigo Raffael.

— Nina, ele tá olhando porque faz negócios com seu pai e deve está me reconhecendo.

— Então dá um tchauzinho pra ele, tia Jéssica.

— Melhor não, né?

Após comermos, Nina pediu um Milk-shake e eu fui comprar.

— Você fica aqui esperando ou quer vir comigo?

— Fico aqui, tia Jéssica, qualquer coisa eu grito.

— Tá bom.

Fui até o balcão pedir o Milk-shake e olhava sempre para a mesa pra não perder a Nina de vista. Comprei o Milk-shake pra ela e uma vitamina pra mim, pois não comi quase nada. Assim que ficaram prontas, fui pagar e peguei voltando pra mesa. Porém, quando me aproximei, o Peter estava sentado ao lado da Nina brincando com ela. O tal Raffael de pé.

— Nina! Seu Milk-shake.

— Olá, senhorita Jéssica.

— Senhor Peter - ele me estendeu a mão e eu coloquei os copos na mesa e o cumprimentei, assim como ao Raffael.

— Senta, tia Jéssica.

Me sentei, o Peter estava sentado, com as pernas abertas e o encosto da cadeira virado pra frente. Nina bebia seu Milk-shake com o canudinho e eu virei a vitamina na boca.

Quando tirei o copo da mesma, o Peter olhou pra mim, sorriu e olhou para Nina, que fez o mesmo.

— O que foi?- perguntei.

Peter então, passou o dedo sobre minha boca, limpando e levou o dedo a própria boca, chupando devagar.

— Ficou com um bigodinho, senhorita.

— Ficou engraçado, tia Jéssica.

— Eu vou indo. Tchau boneca! - Nina sorriu pra ele, o Raffael cumprimentou a Nina e a mim. Depois o Peter se aproximou, estendeu a mão pra mim. Fiquei de pé para cumprimentá-lo adequadamente. Ele segurou minha mão firme e me olhou nos olhos, puxou-me pra perto e deu um beijo no meu rosto.

— Se ficar novamente de bigodinho, pode me chamar que eu adoraria limpar pra você - sussurrou me fazendo engolir em seco.

Dias depois, tivemos uma reunião com ele e o tal Raffael. Quando terminou a mesma, eu tinha que ir almoçar e fui pegar o elevador. Quando a porta se abriu, ele estava lá e me abriu um sorriso cafajeste quando me viu, não vou mentir... achei tentador e entrei.

— Bom dia!

— Bom dia, senhorita.

Havia mais duas pessoas conosco, uma desceu no andar seguinte, a outra dois andares depois, me deixando sozinha com ele. Assim que o outro desceu e a porta fechou, ele se aproximou de mim, ficando atrás de minhas costas, tão próximo que eu sentia seu hálito no meu pescoço.

— Vai mesmo almoçar ou vai tomar outra vitamina?

— Por que?

— Se for tomar vitamina, sou obrigado a ir com você.