u're just an exchange currency

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                                       _ Versão Hope _

         Ele me beijava como se fosse capaz de me levar ao céu e ao inferno em uma só viagem.
   
     Era quente, tentador, excitante... Mas também era leve, apaixonado e, bom, eu me sentia no céu.

     Eu já estava atrasada, na verdade, já tinha perdido o primeiro horário, e Bucky me faria perder mais um.

     Antes de conseguir, o celular apita. Um lembrete, de ligar para Stan hoje.

     Volto a jogar o celular na cama, e termino de me arrumar, ainda precisava tomar um café...



    - Até mais Claire!

    - Tchau querida!

    Sai da loja, com o café na mão. Lá ia eu me atrasar de novo.

    Depois de repetir mentalmente todas as falas para o trabalho que eu tinha que apresentar hoje - me distraindo com frequência, pensando em Bucky - concluí que finalmente tinha um assunto para a tese do Sr. Montgomery. Algo bom o suficiente pra quem faltou a aula dele.

    Ao sair do metrô, me senti um tanto desconfortável com um sujeito que desceu no mesmo ponto. Geralmente, naquele horário, eu descia com poucas pessoas, e sempre em direções opostas.

   Mas ali estava ele. Um homem alto, bruto, com botas parecidas com a de James. Ele usava uma blusa preta, com touca.

   Me encarou por alguns segundos, eu tremi, e ele se virou.

     Há apenas uma quadra da faculdade, me virei, e vi que o homem não estava mais por perto. Fiquei aliviada, embora minha mente soubesse que aquilo era paranóia.

     Eu desci mais tarde que o normal, pessoas diferentes no metrô, pessoas normais... Só isso Hope.

      De qualquer maneira, a gola-alta já estava incomodando, o estresse pelo sujeito misterioso me fez soar um pouco.
 

     Argg... Bucky me paga.
Pensei, rindo.


      As aulas foram arrastadas, sem nada muito interessante.

   De um intervalo a outro, eu pensava em sair, e ver Stan. Mas a minha versão de aluna super responsável não aceitava.

  Foi aí que eu verifiquei a bolsa, em busca do celular, pra ligar pra Stan.

Não estava lá...

      Não é possível que eu esqueci! Arrg.

   

    Mais duas aulas e eu estarei "livre". Ainda tinha o trabalho, mas pelo menos não tinha monitoria, eu chegaria em casa por volta das 16, 17...

    Ao entrar na biblioteca, Louise me cumprimentou.

      - Boa tarde Hope! - sorriu, ela era sempre muito gentil comigo.

  Sorri
      - Boa tarde Lou. O que tem pra hoje?

      - Até que está tranquilo por aqui. Acho que você pode ficar no atendimento hoje, tem alguns livros pra chegar e - me entregou a prancheta - e... oh sim! Esse doador, se manteve em anonimato, então vai vir pelo nome da editora ok?

Acenei
  Eu peguei a prancheta, me sentei na recepção e comecei a organizar algumas listas no computador.

  Ficar na recepção foi ótimo, quieto e com ar condicionado. Geralmente eu andava entre as prateleiras e andares da biblioteca.

Não somos vilõesWhere stories live. Discover now