— A Laura deve parabenizar o Daniel na cama. — fiz uma voz dengosa dramático.

— Que voz é essa, lutador? — ela riu debochada e eu fiquei sério. — Anda, levanta dessa cama e vamos descer atrás do nosso rolê.

Ela me puxou da cama e eu fui fazendo corpo mole atrás dela. Nós pegamos o elevador e fomos pra recepção.

— Olá, boa noite! — ela parou na recepção com aquela simpatia toda. — Chegamos agora e eu queria muito ter ideia do que fazer a noite, hoje é aniversário desse mocinho aqui e ele não quer comemorar.

— Seu namorado? — a moça sorriu pra ela.

Ela me olhou vermelha. — Não, só ficantes.

— Ah sim, bom, eu super concordo que vocês tem sim que comemorar e pra isso eu indico a vocês, como já é noite, um luau que vai acontecer aqui na praia da frente hoje com uns jovens. Sempre é sucesso. — ela sugeriu.

— Luau não. — resmunguei pra Alicia.

— Tá bom, obrigada...

— Luana.

— Obrigada Luana, nós vamos com certeza. — ela disse sorrindo e eu bufei.

E ela continuou me puxando de volta pro quarto, até que a puxei com força pra perto de mim.

— Você é uma graça, sabia? — segurei com força a mandíbula dela.

— Eu sei. — ela piscou e se soltou de mim me puxando de novo.

Eu fiquei rindo dela que com poucos meses de RJ já estava marrentinha igual nós cariocas.

ALICIA

Depois de muito custo Patrick foi tomar banho pra se arrumar e irmos ao luau.

Até parece que eu sabendo que é aniversário dele deixaria de comemorar e passaria a noite toda nessa cama. De jeito nenhum, transar a gente transa depois ou em casa. Não falta lugar.

Enquanto ele tomava banho, eu estava procurando uma roupa confortável pra eu usar na mala, aquelas safadas só colocaram lingerie. Consegui encontrar um vestido florido bem soltinho até o pé combinando exatamente com o momento e vesti.

Passei só um corretivo, rímel, lip tint na boca e na bochecha e estava pronta. E ele não saia do banho.

— Morreu aí? — bati na porta.

— Tô trocando de roupa aqui. Você não quis estrear a cama comigo então também não vai me ver pelado. — disse lá de dentro.

Eu tentei abrir a porta e simplesmente trancada.

— Filho da mãe. — xinguei rindo.

Aproveitei a espera pra dar uma ajeitada melhor no meu cabelo, ele era ondulado, mas era sempre bom passar um babyliss pra ajudar.

— Nossa, que isso? Uma atriz? — ele disse saindo do banheiro me olhando de cima a baixo.

Dei uma voltinha.

— Tá linda demais, tá doido. — falou colocando a mala no chão.

— E você não gostou de ir pra um luau, mas tá bem a caráter, né? — zoei ele.

— Camisa e bermuda? — ele fez careta se olhando no espelho.

— Todo bege, cor de areia. Camisa e bermuda soltinho, tá bem praiano, bem ano novo. — o abracei por trás.

— Então vou tirar! — ele se afastou indo até a mochila.

— Para de graça garoto, vai tirar nada. Tá um gato, vai até rolar o ciúme. — fiz bico.

— Ah é? — veio até mim e eu assenti emburrada. — Ahhh, vamo estrear logo, vamo. — ele me puxou e me jogou na cama.

— Não! — falei alto. — E não estraga meu cabelo, hoje quero estar linda pra comemorar seu niver e bebermos muito juntos.

Me levantei da cama, dei um beijinho no nariz dele e peguei minha bolsa de palha.

— Vamos comemorar pela primeira vez na sua vida? — estiquei minha mão pra ele.

— Só porque é com você. — falou e eu assenti sorrindo.

Sinceramente!? Eu tava mais que apaixonada, era quase amando. Tava me sentindo dentro de uma história daquelas de adolescente onde o casal que acontece é o mais improvável e quando se juntam é super intenso.

Sabia que tudo era precoce demais, até a maneira como nos tratávamos, mas eu me sentia bem e alguma coisa dentro de mim me dizia pra aproveitar e muito.

Dentro do elevador com meus dedos segurei nas bochechas dele e as subi pra fazer ele sorrir e desde então ele não estava mais como um velho rabugento. Só queria curtir!

Era uma vez, AliTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon