Capítulo 71

834 70 43
                                    

Olá meus amores, aí vai outro capítulo!!



Maria estava com uma caneca de chá na mão. Olhava fixamente as horas no criado mudo ao lado da cama de Estevão, enquanto estava sentada toda encolhida na poltrona dele.

Eram 4:30h da manhã. Enquanto a noite passava, havia vivido estágios de desespero. Tinha ligado desesperada para Geraldo para abortarem o plano que tinham, também tinha procurado desesperadamente uma bíblia dentro daquele quarto, o que não se surpreendeu em não ter achado nenhuma, nem um crucifixo sequer. Nada com que ela pudesse se agarrar e rezar para que tudo ficasse bem de verdade, e para também pedir perdão por suas recentes ações.

Depois quando ás horas foi passando sem poder apelar para sua fé, ela buscou na sua razão o sentido de tudo aquilo estar passando. E agora no momento que se encontrava, estava mais calma, ou apenas anestesiada por ter jogado a última carta que tinha sem poder ter volta atrás.

Esperar então era o que ela fazia. Esperar e confiar que tudo sairia bem como Geraldo havia dito.

Estevão seria atacado em sua própria cela, diante de tal ameaça sensibilizariam o juiz que negava sua soltura. Depois eles iriam alegar que a liberdade dele era necessária por sua segurança, em seguida entregariam seu passaporte de boa vontade e pagariam então a fiança. E assim, Estevão aguardaria todo o restante do processo e investigações em liberdade, ali com ela e os filhos.

Ela fechou os olhos ansiando que aquele pesadelo enfim acabasse conforme era o plano dela e de Geraldo.

O celular dela tocou e quando o ouviu, ela despertou em um pulo quando notou que adormeceu sentada na poltrona em qual estava.

Ela piscou mais de uma vez para trazer sua consciência naquele quarto novamente, e depois caminhou de passos ainda incertos até a cama aonde estava seu celular.

O tinha jogado ali, quando terminou de falar em uma das 5 ligações que tinha feito aflita para Geraldo.

Quando atendeu a chamada. Ela já sabia do que se tratava quando ouviu uma mulher falando com ela. Ela então desligou a ligação assim que entendeu qual seria seu segundo passo e aonde deveria ir.

No celular marcava 6:15 da manhã, o que significava que ás horas tinham passado mais rápido com ela dormindo do que acordada. Assim tornando de seu estado que lhe tirou o chão abaixo de seus pés, por alguns segundos com que ouviu, ela se apressou para se vestir e deixar a casa.

Maria se arrumou com pressa, assim quando deixou o quarto, passou com mais pressa ainda diante da porta do quarto de Heitor. Não se atreveria a olhar nos olhos dele aquele momento, não antes de chegar no hospital que era onde Estevão aquele momento estava sem saber qual era seu real estado.

E o coração dela se partia em vários pedaços quando pensava que ao invés ir até a enfermaria do presidio que ele estava preso, tinham o levado a um hospital. Ela só rogava a Deus que ele estivesse bem.

Ela riu enquanto caminhava para fora da casa, sabendo que nada estaria bem. Não com ele em um hospital. Naquele horário da manhã encontrou o motorista de Estevão lustrando o carro, o que veio a calhar visando que ela se sentia incapaz de ir dirigir.

Assim ele se prontificou de levar ela até o hospital. E a todo momento Maria sentia seu olhar sob ela. Como que se o acusasse. O que seria uma loucura pensar aquilo, já que ninguém a não ser ela e Geraldo sabiam o que ela tinha feito. Assim apenas tinha essa impressão por saber que o motorista de Estevão era mais como seu perro fiel do que um simples motorista.

Falso Amor  - ConcluídaWhere stories live. Discover now