Chegaste Para Ficar G!P

Sinto sua falta

Valentina.

Mateo e eu saímos do hospital por volta das onze horas. Estávamos ambos exaustos e eu ansiava por ir para a cama e dormir. Eu tinha visto mais cedo que tinha uma mensagem de voz da Juliana, mas não ouvi. Com a chegada de Mateo, e com Santy deitado na cama do hospital, simplesmente não tive tempo. Ou talvez fosse porque eu não suportava ouvir a voz dela.

Lavei o rosto, escovei os dentes e, quando saí do banheiro, Meteo já estava dormindo. Apertei o play e imediatamente meu coração doeu quando ouvi sua voz. Ela queria conversar, mas eu não podia lidar com ela agora. Meu foco principal só poderia ser meu irmão. Ela estava preocupada e embora merecesse ser punido pelas coisas que ela me disse, eu não conseguia encontrar no meu coração forças para deixá-la se preocupar.

Valentina
Estou bem.

Em questão de segundos, sua resposta veio.

Juliana
Graças a Deus. Posso te ligar?

Valentina
Não. Não consigo falar... Mateo está dormindo na cama ao meu lado e não quero acordá-lo. Como Sophie está?

Juliana
Ela está bem. Ela sente sua falta, mas eu expliquei porque você teve que ir embora e ela entendeu. Eu a levei para jantar e então ela me fez assistir Frozen com ela.

Eu sorri.

Valentina
É seu filme favorito. Estou feliz que você o assistiu com ela. Tenho que ir. Estou exausta.

Juliana
Diga-me onde você está e eu estarei aí o mais rápido possível. Você não deveria ter que fazer isso sozinha.

Valentina
Não estou sozinha. Mateo está comigo e Andrea estará aqui em alguns dias. Se cuida, Juliana.

Juliana
Boa noite, Valentina. Eu sinto sua falta.

Uma lágrima caiu dos meus olhos quando li sua última mensagem. Eu também sentia falta dela e precisava dela mais do que nunca agora. Eu precisava dos braços dela em volta de mim, me confortando e me dizendo que tudo ficaria bem, porque era isso que eu tinha feito toda a minha vida por todos os outros e agora, eu só queria que alguém estivesse lá para mim.

Juliana

Scott parou no meio-fio da pequena joalheria em Newark. Os sinos acima da porta tocaram quando eu abri e entrei. Joias, bolsas, lenços e outros acessórios cobriam as paredes ao redor do pequeno espaço.

—Eu posso ajudar? _a morena atrás do balcão perguntou.

Eu estava nervosa.

—Kristen, trabalha aqui?

—Sim, ela está lá atrás. Deixe-me ir chamá-la.

Me virei, olhando a coleção de colares e brincos.

—Oi em que posso ajudar?

Ela parou no meio da frase quando me virei e olhei para ela.

—Oi Kristen.

—Juliana?

Eu dei a ele um sorriso.

—Oh, meu Deus. Já se passaram o quê, treze anos? Como vai?

—Estou bem, e você?

—Estou bem... Estou muito bem. Obrigada.

—O que você está fazendo aqui?