Volte para a cama

1.6K 96 2
                                    


Valentina.

Acordei e sorri ao ver que Juliana estava olhando para mim.

— Bom dia. _sussurrei.

Ela se inclinou e roçou suavemente seus lábios contra os meus.

— Bom Dia. Eu estava esperando que você tomasse um banho comigo.

— Eu adoraria tomar um banho com você.

Eu nunca tinha feito sexo no chuveiro e a idéia de fazer isso me excitava. De repente, me lembrei de algo.

— Meu Deus, Juliana, nos não pegamos nossas roupas do chão da cozinha. Clara provavelmente está lá embaixo agora, pegando-as e balançando a cabeça.

— Bem, não há nada que possamos fazer sobre isso agora. Acho que quando descermos, teremos que esconder nossas caras de vergonha. _ela disse com um sorriso.

Deus, era muito cedo para ela ser tão sexy. Tomamos banho e Juliana fez com que minha primeira vez fazendo sexo no chuveiro fosse inesquecível. Tudo o que ela fez comigo foi maravilhoso.

—Vou para o meu quarto colocar uma roupa. Te vejo lá embaixo.

Comecei a me afastar e ela agarrou meu braço e me puxou em sua direção.

— Não tão rápido. Preciso sentir esses lábios mais uma vez.

Ela me beijou profunda e apaixonadamente por alguns momentos antes de me deixar ir.

Enquanto colocava uma calça de ioga e uma regata, meus lábios ainda tremiam por seu beijo. Na verdade, todo o meu corpo tremia com pelo sexo incrível que fizemos ontem à noite e esta manhã. Desci as escadas na ponta dos pés e parei abruptamente quando vi Clara e Marco na cozinha.

— Bem, bom dia. Você se divertiu ontem à noite? _Marco sorriu enquanto segurava meu sutiã.

— Me dê isso! _eu me aproximei e peguei da mão dele.

Ele riu e me beijou na bochecha.

— Vou sentar e desfrutar do meu café. Te vejo em alguns minutos.

Olhei para Clara enquanto ela estava em frente ao fogão cozinhando ovos.

— Eu tive que limpar uma grande bagunça esta manhã quando entrei.

— Clara, sinto muito. Eu...

— Você não precisa explicar. Eu sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde. Pude perceber pela forma como a Sra. Juliana agia.

— De verdade?

Ela se virou e sorriu para mim.

— Sim, e terei todo o gosto em recolher a roupa sua e da dona Juliana a qualquer momento, principalmente se não tiver que ver aquela desgraçada nunca mais.

— Juliana e Laurel se separaram na noite da arrecadação de fundos.

— Sim. Eu sei. Marco me contou e também disse que você bateu nela.

Eu olhei para baixo.

— Não foi um dos meus melhores momentos.

Ela colocou os ovos em um prato grande e se aproximou de mim, me abraçando.

— Fez muito bem. Ela mereceu. Agora sente-se, vou trazer-lhe o seu café da manhã. _ela sorriu.

— Obrigada.

— De nada. Você é uma brisa de ar fresco nesta casa, Valentina, e gosto de ter você por perto.

Dei-lhe um beijo na bochecha e fui para a sala de jantar. Juliana já estava sentada à mesa.

— Ah. Então, vejo que você pegou a outra escada para evitar Clara.

— Talvez. ­_ela piscou.

Clara entrou na sala de jantar e colocou o café da manhã na mesa.

— Bom Dia senhora, Juliana. _Clara sorriu.

Juliana pigarreou.

— Bom dia, Clara.

Marco riu.

— Falei com a Sophie depois que você saiu do quarto.

— Como está ela?

— Ela está muito bem. Ela está gostando de seu tempo com Kelsey e Matt. Ela disse que sente nossa falta.

— Estou feliz que ela esteja se divertindo.

Juliana olhou para Marco.

— Quando vamos conhecer Isabelle? _perguntou ela.

— Não estamos mais saindo. Ela era muito exigente e isso me lembrou de Laurel. As bandeiras vermelhas começaram a acender e eu fugi.

— Ah, desculpe.

— Tudo bem. Ainda estou explorando. Testando as águas. _ele disse sorrindo.

Juliana.

A próxima semana e meia passou rápido e eu estava mais feliz do que nunca. Valentina e eu passávamos muito tempo juntas no quarto e parecia que não nos cansávamos uma da outra. Ela era incrível em todos os sentidos. O sentimento que tomava conta de mim quando eu estava com ela me deixava nervosa. Quando ela não estava por perto, eu não conseguia parar de pensar nela. Eu sentia sua falta enquanto eu estava no escritório, imaginando o que ela estava fazendo, o que estava comendo e com quem estava. Um dia, no meio da tarde, eu estava indo para uma reunião quando a vi sentada na esquina, tocando violão. Fiz Scott parar e ficar à distância e olhei para ela. Seu sorriso iluminava toda Nova York e tocava as almas das pessoas ao seu redor com sua música.

Os números finais para nossa arrecadação de fundos chegaram e tínhamos ganhado perto de um milhão de dólares. Isso foi o dobro do que ganhamos no ano passado e eu sabia que Valentina era responsável por parte disso. Ela era o tipo de garota que o mundo merecia, especialmente depois da vida que ela viveu. Eu não sabia como as coisas seriam quando Sophie voltasse para casa. Teríamos que ser mais cuidadosas do que antes. Passávamos todas as noites no meu quarto, fazendo amor e curtindo a companhia uma da outra. Senti que estávamos em uma espécie de mundo de fantasia e que, quando Sophie voltasse para casa, voltaríamos à realidade.

Tudo estava indo perfeitamente bem até uma noite, quando ela disse algo enquanto dormia.

"Eu te amo Juliana."

Quando a ouvi dizer essas palavras, fiquei perturbada. Muitos haviam dito essas três palavras para mim antes e eu não dei a mínima. Isso nunca me afetou, mas quando Valentina as disse, mesmo dormindo, as memórias inundaram minha mente e voltei aos dezessete anos. Saí da cama, me servi de uma bebida e sentei-me ao piano, pressionando suavemente uma tecla por vez.

— Ei. Está tudo bem?

Eu ouvi sua voz angelical dizer.

— Estou bem. Eu simplesmente não conseguia dormir. Eu tenho muitas coisas em minha mente.

Ela se aproximou de mim e colocou as mãos nos meus ombros. Seu toque era tão avassalador como sempre.

—Há algo que eu possa fazer?

—Não. Volte para a cama.

Ela percebeu que algo estava errado, mas eu não pude contar a ela o que havia dito e como me sentia.

—Juls, o que foi?

—Eu disse a você que tenho muitas coisas em mente. Agora faça o que eu digo e volte para a cama.

—Como que é? Você não vai falar comigo desse jeito. Quando você estiver pronta para conversar, estarei no meu quarto, dormindo na minha própria cama. _ela disse se afastando.

Suspirei.

Eu estava mudando, me tornando a mulher que já fui.

Eu estava perdendo o controle; o controle que eu havia passado tantos anos construindo.

Chegaste Para Ficar G!PWhere stories live. Discover now