Capítulo 22- A vida continua

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-Você pediu isso há três dias.

-Não quero voltar pra casa, meu pai vai me encher o saco sobre o concurso público.

Eu peguei a jaqueta de couro que San largou no sofá e entreguei pra ele.

-Pelo menos você tem um pai que se preocupa, anda, vai resolver as coisas como um adulto, para de fugir.

- Olha quem fala!- ele disse aos tropeços enquanto eu o empurrava.  Olhei para ele com raiva, mas no fundo eu sabia que San tinha razão.

-Bom, pelo menos eu tenho a minha própria casa- disse e o empurrei mais um pouco.

- Você é ruim demais comigo- San disse enquanto saia da casa.

- Eu deixei você comer minha comida toda.

- Hyung, por favor!

Inspirei fundo e massageei as temporas. San era um bom amigo, e honestamente eu gostava da companhia dele, só não queria que vissem a minha decadência no humor.

-Tá bom, vou deixar você ficar.

- Você nem vai notar minha presença.- ele sorriu e piscou para mim.

-Não faz isso.

-O que?

-Piscar para mim. Além disso, eu nem vou estar em casa- respondi.

San voltou para dentro de casa e se posicionou atrás de mim.

-Esse é a melhor parte- ele sorriu enquanto fechava a porta da casa na minha cara.

Ele estava me fazendo bem agora depois da morte da minha mãe e que meu pai entrou em coma. Eu tendo a afastar as pessoas quando elas se importam comigo, sinto que vou machucá-las em algum ponto, e me esquivo para evitar o sofrimento alheio.

Eu sei, não é a melhor das atitudes porque no final elas ficam magoadas de qualquer jeito, mas na minha cabeça isso funciona, e ultimamente eu tenho sido egoísta pela minha própria sobrevivência, pelo menos a mental.

****

Acordei de manhã com a luz entrando pela janela do quarto no campus, a ala dos professores cheirava a café, enquanto a dos alunos cheirava a vodka, eu me pergunto o porque será.

-Bom dia professor Namjoon- algumas garotas cumprimentaram no corredor.

Eu me restringi a um leve asseno de cabeça e segui em frente, estava sonolento demais, eu precisava de um café, mas um que não fosse o aguado daqui

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Eu me restringi a um leve asseno de cabeça e segui em frente, estava sonolento demais, eu precisava de um café, mas um que não fosse o aguado daqui.

O dia estava esolarado e bonito, o que me fru um ânimo maior para as aulas que eu teria naqueles dia.

- Eu quero um cold brew por favor.- pedi no caixa e entreguei meu cartão para o rapaz que me atendia.

Após ele me entregar a bebida, dei meio gole e saí da loja, tinha que voltar para a universidade.

Parei ao lado do sinal que ainda estava verde para os carros e esperei a minha vez de atravessar.

Meu deus é ela.

Havia uma moça andando com dois cafés na mão, ela estava de costas para mim, andando em saltas altos. Quando o sinal ficou vermelho para os carros e ela virou o rosto para o lado confirmando que poderia atravessar, eu pude ver seu perfil, era mesmo ela.

Mia.

Talvez ela trabalhasse aqui por perto.

Meu coração chegou a disparar, dei dois passos para trás, ela não parecia ter me visto, mas eu me senti inteuso naquele momento, e se ela estivesse com raiva? Eu sumi por doi meses.
O sinal estava quase se fechando e eu ainda estava paralisado na calçada, ela caminhou rapidamente se misturando na multidão.

Eu realmente não teria direito nenhum de aparecer do nada na vida dela.

Sinto sua falta...

Meu celular vibrou com a chegada de uma mensagem.

"Venha me visitar hoje, sinto saudades"

Beatriz enviou. O pequeno momento de felicidade que eu tive foi embora em segundos ao pensar que eu tinha que voltar para aquele conto de bruxas que tinha se tornado a minha vida.

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