13. - Breathless.

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17 de outubro, domingo.

Acordei com o meu peito doendo, o que me fez sentar-se por um momento na cama, enquanto respirava fundo, minha respiração está pesada até mesmo para os meus ouvidos. Puxei o edredom para fora do meu corpo, tateando o outro lado da cama; vazio e frio. Justin se fora. Aonde ele está? Comprimi a boca seca e suspirei ao sentir o chão frio contra os meus pés descalços.

Andei até a porta e saí, ouvindo tudo silencioso, e escuro. Que horas será que são? Continuei andando e logo desci a escada, logo fitando a sala de estar, toda a galera que obtinha aqui já se fora, então a festa acabou. Procurei pelo Justin, o mesmo não está no sofá, ou no banheiro, portanto... Vou até o quarto de hóspede, empurrando devagar a porta, e observo Dora e ele sobre a cama; Justin a mantém sobre o peito, enquanto a abraça e ambos parecem dormir profundamente. Fito isso por um breve momento. Eles são amigos. Mas o que ambos obtêm em comum? Justin não tem amigos suficiente para que eu pergunte.

Fecho a porta, e refaço o meu caminho, parando no segundo andar por um momento, olhando aquela porta que ele mantém trancada. Caminho até lá, testando a porta, e ela continua fechada. Por que? O que tem aí dentro? A pergunta só não me consome mais do que o próprio Justin.

Voltei a dormir, e acordei no outro dia com o mesmo desconforto comprimindo o meu peito. Tomei um banho e roubei um roupão de Justin, à medida que fui fazer o meu café, de modo que ainda não devolveram o meu quarto e consequentemente minhas roupas.

Gastei alguns minutos no Tik Tok antes de conferir a hora, temos que estar lá às nove da manhã. Por ventura, Justin apareceu alguns minutos depois de cara feia.

— Bom dia, está tudo bem?

— Bom dia. — Ele bocejou, se alongando. — Está.

Então por que a Dora continua dormindo aqui? Queria perguntar, mas provavelmente ele não vai me responder.

— Temos que sair daqui há uma hora. Faz o favor de pegar minhas roupas, tomar café e se vestir depressa, sim? — Pisquei docilmente, e o mesmo fez uma careta, voltando por onde tinha vindo.

Me olhei em frente ao espelho rapidamente, prendendo os meus fios em um rabo-de-cavalo apertado. Respirei profundamente, me sentindo cansada. Mas calma, o dia só começou e promete durar.

Assim que desci, Dora estava sentada a mesa, beliscando minha omelete muito bem preparada.

— Bom dia — desejei, sorrindo.

— Aonde vão? — Indagou secamente, sem me encarar.

— Em uma ONG de animais do qual sou voluntária.

— Você e o Justin? — Me tardei a consentir. Ela riu alto. — Fala sério! O que você quer com ele?

Pisquei docilmente, sorrindo.

— Desculpe, não notei que tinha uma placa na testa dizendo que você é dona dele. — Repliquei, calmamente, olhando sua feição entediada. — Eu não te devo quaisquer explicações Dora.

Deixei claro, enquanto andava em direção ao meu quarto. Preciso da minha bolsa, por um segundo, tentei ignorar a bagunça que o quarto estava; minhas roupas reviradas de uma forma do qual eu não deixei, e a julgar pelo TOC do Justin, ele também não. Ela andou mexendo nas minhas roupas, não é? Balancei a cabeça em negação.

Cinco minutos mais tarde, estava de volta, Justin também vinha.

— Vamos?

— Eu posso ir junto? — Ela olhou para o Justin, e Justin olhou para mim. É claro que ela não pode ir, tenho planos, e ela ficar no meio não é uma opção, porém é claro...

O Livro da ConquistaWhere stories live. Discover now