6. ponto de partida

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Como já era costume, Park não se importou em entrar e espalhar sua presença pelo ambiente. A casa do seu amigo era tão sua quanto seu apartamento em Itaewon, obviamente com muito mais espaço, muito mais rústica e erudita.

Taehyung era um signatário de coisas antigas, sua moradia refletia seus gostos muito bem como se estivesse preso entre a revolução francesa e o caos da modernidade; no meio da era renascentista, o ultraje da delicadeza visível em seu espaço. A sala de entrada acomodava vasos e um lavabo feito de mármore tradicional, tudo em cores brancas e douradas ornamentando o interior da casa. 

Felizmente, Jimin estava habituado a moradia do amigo desde que ele a construiu, não foi surpresa nenhuma ver seu casaco ser jogado no sofá da sala junto ao seu corpo, se aconchegando a temperatura do ambiente graças ao aquecedor. Estalou a língua do céu da boca e dobrou uma perna em cima da outra enquanto Taehyung se acomodava no outro sofá.

— Me diga, o que te fez exigir minha presença aqui hoje? — Jimin soltou a pergunta observando a face séria do amigo. 

— Irei começar uma nova investigação, acredito que vou precisar da sua ajuda. — Disse e ajeitou o robe vermelho sobre o corpo. 

— Eu ouvi bem? — Jimin sorriu em duvida, esticou o corpo para frente e apoiou aos mãos nos joelhos. — Você e investigação na mesma frase, devo me preocupar? — Pareceu incrédulo — Desembucha, que tipo de investigação?

Taehyung olhou para cima ao que fugiu do olhar de Park. 

— Politica, precisamos de informações sobre a casa máxima.

— Você enlouqueceu? Seokjin sabe sobre isso? 

— Não é como se ele fosse me impedir, sou dono dos meus negócios. — Levantou-se um pouco chateado com a menção do irmão mais velho. Seokjin era alguém ocupado, policial civil e não deveria dar a mínima para o que acontece ou deixa de acontecer com o caçula dos Kim. Acontece que, desde o falecimento do pai, Seokjin aflorou seu sentimento de proteção quanto a Taehyung, que, na primeira oportunidade, seguiu os temidos passos do pai. Aquilo tirava o mais velho da casinha, descontrolava seu humor e o fazia ligar incontáveis vezes para Taehyung durante a madrugada se certificando de sua saúde e segurança. 

Para Taehyung, chegava a ser insuportável e sufocante. 

— Tae, para quem é essa investigação e o por quê de fazê-la? — Foi atrás do amigo que se dirigiu para cozinha. 

Pegou uma garrafa de agua da geladeira e colocou sobre a bancada afim de bebe-la. 

— Não posso te passar informações se não prometer me ajudar com isso. — Deixou um Jimin frustrado. 

— As vezes me pergunto se você me considera como amigo ou só mais um capataz do seu império. — Chateado, arrastou a cadeira da pequena bancada no meio da cozinha e se sentou. 

Arquivo Confidencial - TaekookWhere stories live. Discover now