– Bom dia, senhor Jeon. Senhora Kang me disse que estaria aqui. Me perdoe pelo atrasado, teve um acidente no caminho pra cá, então me atrasei. –  Primeira coisa que eu falei, nem olhando para o maior.

– Ah, tudo bem. Não reparei o horário. Estava treinando. – Jungkook falou e eu senti meu rosto queimar. – É... me desculpe por ontem.

– Não, eu que peço desculpas. O senhor foi muito gentil da sua parte não me demitir. Prometo agir nos meus limites. – olhei em seu rosto, fui sincero.

– Você não está entendendo. – Jungkook sorriu e eu arqueei minha sobrancelha – Não foi eu que estava conversando com você. Mas deixemos isso de lado.

– Quê? Não foi o senhor? – Pendi minha cabeça para o lado, ainda o olhando.

– Não. – riu mas uma vez, e percebi o quão seu sorriso é lindo. Para Jimin, ele é seu chefe agora. – Você sabe onde é o escritório não é? – neguei com minha cabeça. – Ah, é verdade. Mostrei apenas meu closet. Vem comigo.

O maior ia andando, não quis mas foi impossível não reparar seus músculos tensionando quando mexiam. Para me distrair, passei a olhar a casa, já que poderia haver casos que eu teria de andar por aqui sozinho. Jungkook subiu as escadas e andou no corredor, até a última porta a abrindo.

– Meu deus passou um furacão aqui? – Falou e eu conseguir conter um riso antes que o mesmo me olhasse. – Eu arrumei isso tudo ontem. – choramingou, e a fama que ele era muito organizado, tirei as dúvidas agora.

– Não foi o senhor que fez isso? – Perguntei apenas para descontrair.

– Eu jamais faria uma coisa dessas. Vamos começar a arrumar, não sabia que estava bagunçado desse jeito. – Se agachou pegando as coisas que estavam no chão.  

– Não, senhor Jeon. – gritei no impulso, mas percebendo no que fiz, me arrependi ao ver sua cara de “não entendi” – Desculpa. – ri sem graça. – Deixa que eu arrumo, como forma de me desculpar.

– Você já se desculpou, não precisa. – Voltou a catar as coisas. Teimoso de mais, meu pai. Então fui até ele e o puxei para cima cuidadosamente, e claro.

– Por favor, volte a treinar, eu dou conta. – falei e seus olhos direcionados a mim. – Vai. –ri, contendo meu nervosismo.

– Tudo bem, então. Pode ligar o som de quiser. – assenti. – O controle está em cima da minha mesa, ou use via Bluetooth.

– Tudo certo. – falei sorrindo. – Obrigado.

Assim que o maior tratou de sair, e me deu autorização para mexer em seu som, tratei de por uma música qualquer em uma das minhas várias playlists, começando a arrumar aquela “pequena” bagunça, que consistia em algumas gavetas abertas, papéis espalhados, bom que estavam grampeados em sequência, algumas pastas jogadas no chão, um ou três envelopes, isso está artificialmente bagunçado. Não parece que isso foi feito na pressa ou na ansiedade de achar algo, está mais para algo proposital. Mas quem sou eu para dizer algo, né? Comecei a arrumar tudo em lugares que eu achei que deveriam estar. Tinha uma pequena estante, no mínimo dez livros ali estavam junto à algumas pastas grandes. Peguei um livro que chamou me atenção, não reparei em seu nome, mas em sua capa. Tinha uma mulher com um vestido vermelho voando e um homem atrás dela segurando-a pela cintura com uma mão e a outra tampando seus olhos enquanto a mãos dela segurava os braços deles. Bem tentador.

Meu subestimado coração • jjk + pjm Where stories live. Discover now