Mantenha sua profissionalidade.

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– Boa tarde. – cruzei meus braços. – Não estou sabendo desse tal caso. – a olhei no fundo de seus olhos. – Em momento algum eu neguei a minha paternidade, qualquer pessoa chega informando coisas erradas sobre a vidas dos outros e você leva isso como verídico?

– Não, em momento algum. Por isso estou perguntando. É que... – ela iria dar continuidade mas outro repórter a interrompeu.

– Então por que escondeu a criança? – forcei o maxilar e cerrei os punhos contendo a raiva.

– Independente se o senhor Jeon escondeu ou não a criança, isso é particular dele, e cabe a ele decidir expor o filho ou não. – Jimin deu a voz bem na hora que eu iria falar, e tenho certeza que aquele repórter iria ouvir poucas e boas. – Há um motivo para Jeon preservar a imagem do filho, como pai ele tem direito, não privando a criança totalmente do mundo, mas das mídias, as que não traz na maioria beneficio algum para uma criança de quatro anos.

– E quem seria você ? – O mesmo repórter, muito afrontoso para o meu gosto, novamente perguntou.

– Seria eu seu secretário. – apontou para mim, despojando seu ar de seriedade igual quando fez a entrevista. – Park Jimin, prazer. – falou e voltou para seu lugar.

– Acho que estamos bem de perguntas por hoje. – O técnico falou, e me levantei para ir embora.

Fui caminhando em direção ao elevador ouvindo passos atrás de mim, me dando conta que Jimin estava comigo. Desacelerei meus passos e passei a fita-lo, ele ofegava mas continuava andando ao meu lado.

– Não se preocupe com esses comentários. – Ele disse para mim assim que chegamos na entrada do elevador.

– Ah, tudo bem. Consegui me acostumar com isso. Mas até colocarem meu filho no meio, se quiser falar da minha péssima jogada, da minha habilidade pra futebol ser horrível, tudo bem. Mas do Soobin, não. – O olhei mais uma vez, eu estava com muita raiva.

– Se acalma, seu filho está em casa, saudável, feliz, bem cuidado. Com certeza ele conseguirá ter uma infância normal por causa do pai que tem. – Ele parecia hesitar fazer algo.

– Obrigado. – a porta do elevador abriu e entramos. – Foi bom termos saído de lá agora, já está quase na hora do almoço com o Kai. – a porta fechou e eu apertei o botão do estacionamento.

– O que ? – olhei para ele e o vi com uma cara assustada.

– O apelido de Jong In é Kai. – falei rindo olhando para os números em ordem decrescente na porta.

– Eu sei.  – ele falou algo baixo que eu não tive certeza do que ouvi.

– Falou o que? – O olhei de novo mas a porta do elevador se abriu fazendo com que ele saísse em disparada.

Não dei muita importância, vai ver murmurou algo para si mesmo, então demos continuidade seguindo para meu carro e partindo para o restaurante que o Kai tinha escolhido. Percebo que Jimin estava um pouco tenso, então me preocupei.

– Tudo bem com você? Parece tenso. – perguntei ainda olhando para frente, onde eu dirigia.

– S-sim estou. Acho que é só fome mesmo. – riu sem graça.

– Ainda bem, achei que era só eu que estava com fome. – ri. Daqui a pouco chegamos. – Ele assentiu e o olhei de canto mais uma vez o vendo suspirar.

Deixei as chaves do meu carro na mão do manobrista do estacionamento daquele restaurante. Entrei com Jimin ao meu lado. O restaurante era bonito, dava um ar rústico mas ao mesmo tempo lembrava aquele ar italiano, já que o mesmo lugar servia comidas típicas da Itália.

Meu subestimado coração • jjk + pjm Where stories live. Discover now