Castelo de Vidro

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Zona Leste de Corsário

A parte periférica de Corsário era a localização de um dos diversos abrigos secretos da antiga MutaGenic. Marcos e o homem de identidade não revelada, conhecido como Turing, haviam rastreado esse, mas por causa da última investida de Anthony, que havia resultado em mortes de jovens neo-corrompidos, não puderam verificar a situação em que o lugar se encontraria. Carol Trap, a agente da ANIC (agência nacional de inteligência e contra-inteligência), que ficou responsável pelo treinamento dos gêmeos desde que foram libertos, havia sido designada recentemente para investigar o local.

Naquele momento, Carol atuava ao lado de Neverfallen, o franco-atirador que havia composto com ela e outros, o grupo intitulado de Frente Unida. Ele também estava responsável pelo treinamento de outros neo-corrompidos resgatados das garras de Anthony. Depois de tudo que passaram, o grupo de jovens assistidos, estava cheio de medo e insegurança, como os Belikov quando foram adotados. Os dois membros da antiga frente resolveram que naquela missão de reconhecimento eles poderiam participar, como forma de mostrar que jovens como eles poderiam fazer coisas incríveis com os poderes que não pediram para ter, mas faziam parte deles agora. Assim como acontecia com os outros..

Pietro Cardoso, Clarice Garcés, Guilherme Menezes e Luana Campos estavam vestidos com collants de treinamento, e se sentiam os Power Rangers, pois cada um ostentava uma cor para combinar com seu elemento. As cores eram: Menezes, laranja; Campos, branco; Cardoso, marrom e Garcés, azul.

Quando adentraram no endereço indicado por Marcos, a dupla mais experiente ficou bastante atenta, mesmo não tendo reparado nenhuma segurança no local.

— Tem algo errado... Marcos disse que os negócios de Anthony sempre têm, pelo menos, uns seis guardas... — Ponderou a agente encarando seu parceiro.

Neverfallen usava um visual adequado para um atirador e combatente: um collant de biocarboneto, um material novo no mercado, que proporcionava resistência e elasticidade para o traje. Acima dele, algumas placas de kevlar, em seu peito, ombros, antebraços e coxas. Tudo pintado na cor preta, com um infinito no meio do peitoral. Em sua máscara, havia um infinito onde deveriam ser os olhos e lentes especiais nos dois globos, com asas de anjo nas laterais, acima das orelhas. Carol usava placas de kevlar entre seu uniforme e seu longo sobretudo; a praticidade de um traje era o que mais importava para a agente.

O atirador começou a andar do ponto em que haviam se escondido, seus instintos o diziam para apenas entrar no local. Se fosse atingido, não iria morrer, mas se não fosse, iria responder a dúvida do grupo.

Ao se aproximar do portão da frente, o soldado estava se preparando para chutar a porta, quando notou que ela não estava trancada. Num simples movimento, levou a mão à maçaneta e abriu a porta.

— Venham aqui! — O homem chamou sua equipe. Assim que o grupo chegou, puderam perceber corpos de alguns seguranças ao chão. — Sem sinais de luta, não tem marcas de bala nas paredes ou nos corpos... — o atirador comentou, após olhar ao redor por alguns instantes. A agente Trap desembainhou sua arma do coldre, se direcionando para dentro do imóvel. Mais um guarda caído na escada.

— Ele está respirando! — Ela comentou surpresa, acionando em seu comunicador o número da emergência. —Venham aqui! — A líder chamou subindo umas escadas.

Pouco antes da mulher abrir qualquer porta do segundo andar, seu grupo já se encontrava pouco atrás dela. Nem mesmo os ouvidos treinados dos dois mais velhos, eram capazes de escutar qualquer coisa que fosse da sala à frente deles. Carol levou a mão à maçaneta circular apreensiva, e ao abrir, pôde ver os corpos de cinco jovens mortos espalhados pelo perímetro do quarto.

WSU's Frente JovemWhere stories live. Discover now