— Bora adormecidas, meia hora pra partirmos! — sacudi as duas.

— Meia hora? — Duda levantou arregalando os olhos.

— Sim. — respondi.

— Como assim você toda pronta e me acorda atrasada, sua louca? Ainda mais que eu demoro um século. — ela se levantou da cama apressada.

— Calem a boca vocês duas! — Jade resmungou dormindo.

— Pois não demore então, é bom pra você aprender a ser mais ágil. — a provoquei que bufou. — Jade, tá na hora!

Ela foi despertando aos poucos, é foda despertar de um cochilo da tarde, eu entendia, coitada. Deixei as duas se virando pra se arrumar e fui terminar.

Passei o básico: corretivo, rímel, lip tint na boca e na bochecha e estava pronta. Posicionei o celular em um canto da sala e tirei várias fotinhas pra postar.

— Daniel vai com a gente? — Jade perguntou passando rímel no espelho da sala.

— Daniel vai? — perguntei franzindo a sobrancelha.

— Claro que vai né Alicia, ele é tio da garota. — Eduarda me lembrou.

— Gente, eu até esqueci disso e nem comentei nada com ele que fui convidada. — ri. — Vou deixar pra encontrar com ele lá.

Fiquei no sofá esperando as duas terminarem de se arrumar, um saco, agora eu entendia Matheus.

Eduarda e Jade eram idênticas, dormiam do mesmo tanto, demoravam pra se arrumar da mesma maneira...

Pedimos um uber pro salão de festas e eu tava pronta pra encher o bucho de salgadinho. Aí, como eu amava festa de criança.

— Paga o uber uma de vocês aí, tô desempregada. — disse ao chegar no lugar.

Elas começaram a rir, inclusive o motorista. Elas duas dividiram e nós entramos. Não que elas não tivessem também, mas tinham mais grana vindo da família.

— Cadê Matheus? — o irmão de Eduarda disse abraçando ela, pelo que me lembrava de fotos que ela me mostrou, era ele.

— Não vou nem te responder, você sabe muito bem que a gente terminou. — ela disse revirando os olhos.

— Sei, gosto de te perturbar! — ele a apertou mais que fez careta. — Oi meninas.

— Oi. — disse com um sorriso no rosto.

— Onde que tá Sophia, hein? Temos presentes. — Duda disse se soltando dele.

— Tá pra lá com a Sarah e o pai dela. — ele apontou fazendo careta. Era a cara da Eduarda.

— Hum, vamo lá então pra você não ficar ansiosa sem ver ele. — Jade me provocou.

— Ihhh, tu fica com ele? — Bruno me perguntou.

— Não. — disse sentindo minhas bochechas queimarem.

— Ata, porque aquele ali é doido. — ele fez o sinal perto da orelha.

Eu ri sem graça, Duda e Jade quase gargalharam.

Eduarda puxou a gente e fomos em direção dos três, eu não tinha comprado o presente, dei só o dinheiro pra Duda que comprou pra mim, então não fazia ideia do que era.

— Oi amor, como você tá? — Sarah disse passando Sophia pro colo do Patrick e abraçando Eduarda.

— To bem, por quê? — ela estranhou.

— Ah, terminou com Matheus, deve estar tristinha. — ela fez carinho na cabeça dela.

— Vocês hein, eu tô bem. — ela se soltou também se ajeitando. Sarah riu.

— Ô se bem. — Patrick riu.

— Bota bem nisso. — Jade concordou o acompanhando.

— Já tá piranhando por aí, dona Duda? Meu Deus, você e seu irmão me dão muito trabalho. — ela bufou.

— O que é piranhano? — Sophia perguntou marcando presença.

Todos nós caímos na gargalhada, exceto o Patrick que não conseguiu esconder a cara de desespero com os olhos arregalados.

— Nada filha, nada. — ele tampou os ouvidos dela.

— Agora deixa de conversa, vem com a prof vem!? — estiquei meus braços pra ela que veio. — Feliz aniversário tá minha linda? Trouxe uma lembrancinha, espero que goste.

Ela assentiu sorridente e deu um beijo na minha bochecha.

— Agora eu quero andar. — ela pediu e eu coloquei ela no chão que foi correndo atrás de umas criancinhas. Sarah foi indo atrás.

— Daniel tá pra lá. — Patrick apontou e seguiu elas, sem olhar pra trás.

Duda foi na frente e depois de acordar eu a segui. Queria ter falado melhor com ele, devido aos acontecimentos de mais cedo, mas ele parecia melhor ou disfarçava muito bem.

Era uma vez, AliWhere stories live. Discover now