•capítulo 32•

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|LIZ MULLER|

Meus pais. Preciso contar pros meus pais sobre a gravidez. Com que cara eu vou aparecer pra contar isso pra eles? Pois é, eu não faço a mínima ideia.

Sinceramente, eu sinto que to muito fodida. O que é verdade, se formos analisar os acontecimentos atuais em minha vida.

Acho que minha mãe desconfia de algo. Ela me conhece mais doque ela mesma, e ultimamente, anda me fazendo muitas perguntas um tanto... estranhas. Tais como "Tem certeza que tá tudo bem?", "Não precisa me contar nada mesmo?", "Saiba que eu estou aqui pra oque você precisar filha, ok?".

Ela tem tá duvidando de alguma coisa, e isso me dá medo. Se ela descobrir antes da hora que eu to grávida, minha mãe vai comer meu rabo, assim como fez com meu irmão.

Fora isso, as coisas estão ótimas. Amanda é linda e super calminha, raramente acorda de madrugada ou dá escândalos do nada. Nós já estamos dormindo na casa da Sophia e do Gabriel de novo, passamos mais dois dias na casa dos meus pais e voltamos pra cá.

Henry está sendo perfeito, como sempre. Todo dia de manhã e antes de dormir ele deita na minha barriga, fica fazendo carinho, dando beijinhos e conversando com o bebê, por mais que ele ainda não escute nada. É um momento fofo, que vai ficar marcado na minha mente pra sempre.

Além disso, ele traz café na cama pra mim todos os dias. Faz massagem no meu pé e nas minhas costas, e até fica cantando pra eu dormir. Sempre achei isso clichê demais, mas agora, parece ser perfeito. São pequenos atos que mudam meu dia pra melhor.

Como agora, por exemplo. Estou sentada na beira da cama, Henry está atrás de mim penteando meu cabelo com a maior delicadeza do mundo, com medo de que puxasse demais.

-Amor, acho que já tá bom. Obrigada, vou secar ele agora. - falei me levantando, mas Henry segurou minha mão me fazendo voltar pra cama.

-Posso secar pra você? - perguntou meio sem jeito, dei um sorriso bobo o olhando.

-Oque tá acontecendo? Você tá todo fofo e carinhoso... É sexo, certeza. Você quer transar, é isso! - ele gargalhou.

-Por mais que seja uma boa ideia, não é isso. - arqueei as sobrancelhas - É sério! Pra que eu iria ser assim só pra ganhar sexo, sendo que a gente faz isso praticamente todo dia? Não faz nem sentido, morena.

-Ok, então por que tá sendo assim? - perguntei cruzando os braços.

-Porque eu te amo demais - me puxou e me deu um selinho - e quero demonstrar isso. - começou a dar vários beijos no meu rosto.

Quando parou, olhou nos meus olhos e sorriu acariciando minha bochecha com o polegar.

-Você é perfeita! Eu te amo muito garota.

-Eu também te amo, demais. - Henry aproximou seu rosto do meu e raspou nossos narizes um no outro, seus lábios encontraram os meus em um beijo calmo e rápido. lhe dou um selinho e volto a olhá-lo nos olhos - A gente precisa marcar o primeiro ultrassom.

-É precisamos contar pros nossos pais. - falou e soltou um suspiro.

-A parte mais difícil... - ele assentiu - Quer contar pros seus primeiro?

-Pode ser, acho que eles vão levar isso melhor do que os seus, né? - concordei, ficamos um tempo em silêncio, apenas pensando em como vai ser essa conversa - Você tem certeza mesmo?

-Certeza sobre oque?

-Sobre ter mesmo esse bebê. Não vai querer abortar?

-Por mais que eu seja a favor do aborto, eu sei que me sentiria extremamente mal por abortar, sabe? - ele deu um sorriso pequeno assentindo.

-Mas você tá feliz? Feliz mesmo com a gravidez, feliz mesmo sabendo que vai ser mãe com dezoito anos?

-Por incrível que pareça, sim. Eu sempre quis ser mãe, só não imaginava que isso aconteceria tão cedo. - solto um leve riso - Mas o que mais me deixa confortável, é saber que você tá do meu lado. Você me faz acreditar que isso realmente pode dar certo, que nós podemos ter uma criança agora.

-Fico feliz em saber isso, linda.

-Eu nunca perguntei se você tá bem com isso. Tipo, você faz tudo por mim. Vive me reconfortando, mas nunca fala nada sobre o que se passa na sua cabeça.

-Honestamente, eu fiquei com medo, fiquei assustado, mas agora eu entendo que não há motivos pra me sentir assim. O único sentimento ruim que eu sinto atualmente é angústia por ainda não contar pra nossa família. Mas sei que tudo é perfeito com você, e que vai dar tudo certo. Nós vamos montar nossa família, vamos casar e aí vamos nós mudar pra uma casa incrível. Depois vamos ter mais pivetinhos correndo pela casa e advinha? Vamos felizes pra sempre, como bum clichê. - sorri, sinto meus olhos se encherem de lágrimas ao ouvir essas palavras, mas em minha defesa, eu ando muito sensível - Oh meu Deus, por que tá chorando?

-Eu não sei, a gravidez tá me deixando assim. - ele me abraça forte e acaricia meu cabelo - E com você falando assim, eu fico toda boba.

-Tudo o que eu falei agora é verdade, pode ter certeza que eu nunca vou deixar você escapar de mim. - ele parou de falar, como se estivesse pensando em algo - Isso soou meio tóxico?

-Um pouco, talvez. - gargalhamos - A gente pode dormir agora? Eu to muito cansada.

-Claro, amanhã a gente almoça na casa dos meus pais e contamos pra eles, pode ser?

-Uhum, tudo bem.

Deitei em seu peitoral, acariciando-o. Henry beijou o topo da minha cabeça e sussurrou um "Boa noite, linda, eu te amo", mas eu já estava quase dormindo e não tive forças pra responder.

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amaro?

GENTE PQP BATEMOS 23K DE ACESSOS

eu to tão feliz, muito obrigada por fazerem isso se tornar realidade, eu amo cada um de vocês do fundo do meu coração

capítulo rapidinho bem no estilo "cadelizei"

espero que tenham gostado, volto com mais logo logo

bjs de luz

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