•capítulo 31•

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|LIZ MULLER|

-Amiga, não fica assim. Você sabe que Gabriel é um cabeça dura que só fala merda quando tá estressado. - Sophia disse tentando me confortar - Eu vou tentar falar com ele, tudo bem? Enquanto isso toma um banho, relaxa a mente um pouco.

-Pode pedir pro Henry vir aqui? Por favor? - peço, ela assentiu com um sorriso pequeno e saiu do quarto. Vou até o banheiro e, sem fechar a porta, entro no box ligando a água quente.

Começo a esfregar o cabelo com shampoo, mas tomo um pequeno susto quando sinto Henry me abraçar por trás. Tirou minhas mãos do meu cabelo, e começou a ensaboa-lo.

-Conseguiu falar com ele? - perguntei baixo.

-Não, mas seu pai chegou e tá lá em baixo com a Amanda. - respondeu calmo - Vai ficar tudo bem, linda. Ele só tá estressado, tenho certeza que ele vai ser um titio babão.

-Igual você com a Amandinha, né? - brinquei.

-Sim, igual. - diz rindo, sorrio mas logo volto a chorar baixinho - Ei, princesa, não fica assim. Vem cá.

Ele me virou de frente e me puxou pra um abraço apertado. Deitei o rosto em seu peito, e ele apoiou o queixo na minha cabeça, fazendo um carinho nas minhas costas.

-Se eu escutei isso do meu irmão, imagina oque eu vou escutar das outras pessoas. - sussurrei.

-Já conversamos sobre isso morena, você é quem decide se vai ter esse bebê ou não. Eu posso ser o pai, mas não sou que vou carregar a criança por nove meses, não sou eu que vou sofrer preconceito dos outros... Bom, não tanto quanto você sofreria. - ele soltou um suspiro e voltou a falar - A questão é: pense muito bem antes de tomar uma decisão, e lembra que você é livre pra fazer oque quiser com o seu corpo.  Não se sinta pressionada achando que vai ser uma pessoa horrível por não conseguir lidar com xingamentos e provocações vindos de pessoas que não devemos satisfações. Você é uma mulher foda demais! Eu to aqui pra te defender a qualquer momento, de qualquer pessoa, apesar de saber que tu consegue fazer isso sozinha. - o aperto mais ainda, meu choro agora não é mais tão baixo, e honestamente, eu nem ligo mais - Eu te amo, pra sempre.

-Eu também te amo. - ergo meu olhar até ele, que sorri e tira uma mecha de cabelo do meu rosto - Você é perfeito, sério!

-Ah, por favor... Não precisa nem discutir pra ter a certeza de que você é a perfeita da relação. Tipo, olha o tamanho dessa raba! - ele me deu um tapa na bunda me fazendo rir, dou um beliscão não muito forte no seu braço - Mas sério agora, você é incrível, eu nem sei como eu te conquistei.

-Você é rico, precisa de mais motivos? - brinquei e pude ouvir sua gargalhada.

-Aham tá, pode dizer vai, você se apaixonou porque eu te faço ir até a lua e voltar só te beijando, e eu não disse onde...

-Henry! - o repreendi com os olhos arregalados, ele riu mais uma vez antes de juntar nossos lábios num beijo rápido e calmo - Você tá muito ousado pro meu gosto, desde quando se tornou assim?

-Desde que eu descobri que você também não é nada mal no quesito "sexo oral".

-Ok, chega! Vamos tomar banho, e se você falar mais putaria, eu te taco a bíblia na cara e te faço dormir no sofá! - falei em tom de ameaça, ele riu mais uma vez e levantou os braços em rendição.

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Depois de tomarmos banho, eu e Henry descemos as escadas e comemos lasanha. Fomos pra sala onde encontrei meu pai, deitado no sofá com Amandinha de bruços em cima dele, os dois pareciam estar no décimo sono. Sorri vendo aquela cena.

Amizade ColoridaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora