12. OS GÊMEOS

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Um mês se passou, entraram no mês de maio e Felipe seguia se revezando entre o trabalho e os cuidados com Manuela. Cada dia que passava era uma vitória, mas Manuela estava cada vez mais desanimada e deprimida, seus movimentos eram limitados, coisas simples como ir ao banheiro deveriam ser evitadas. O crescimento dos bebês e a movimentação das duas crianças tornavam a situação ainda mais delicada, pois os sangramentos voltaram a ocorrer.

Felipe estava exausto, mas não aceitava que outras pessoas passassem a noite em seu lugar, ele tinha medo que algo acontecesse e ele não estivesse lá. Na tentativa de distrair Manuela, ele levava o notebook e pedia ajuda com os assuntos do trabalho, levava livros e filmes para verem juntos, mas a situação já mexia com seu psicológico e ela sofria na maioria das vezes sem deixar que ele soubesse.

Por outro lado, Danielly e Rafael gozavam de uma gravidez tranquila, e começaram a preparar o enxoval da pequena Íris.

- Gente, nós estávamos pensando e achamos melhor voltar pra casa da minha mãe por um tempo... – Rafael disse sem jeito.

- Fizemos algo errado? – Jhenny perguntou preocupada.

- Não, amiga, claro que não! - Dani interferiu. - Mas o Felipe e Manu estão passando por um momento delicado, e não queremos ficar apressando as obras da casa, as coisas estão um pouco atrasadas e nós vamos começar a preparar as coisinhas da bebê.

- Sim, lá temos o nosso quarto e também o quartinho que era do Bernardo, e a Dani quer montar o quartinho da Íris. – Rafael acrescentou.

- Ah é, se tivéssemos um quarto a mais...

- Não é isso, amiga, acho que vocês precisam ter o espaço de vocês de volta também.

- Não por isso, mas vocês que sabem!

- Deixa amor, eles querem montar o quarto pra ficar de enfeite! – Cristiano riu.

Jhenny sorriu e Rafael deu uma gargalhada concordando.

- Eu avisei pra ela que era bobagem, que poderíamos esperar até a casa ficar pronta, mas sabem como a Dani é teimosa.

- Ah gente, mas é tão gostoso isso, você me entende, não é amiga? – Dani suspirou.

- Entendo, eu também quis montar o do Di...

- Eu não estava aqui pra viver essa parte, mas imagino que seja legal realmente. - Cristiano lamentou. - Mas estava aqui pensando, e a Manu, será que eles conseguiram preparar algo?

- É mesmo, nem me toquei! – Jhenny se preocupou ao lembrar.

- Nós podíamos conversar com o Felipe e ver se precisam de ajuda, daí já compramos pra eles também! – Dani sugeriu.

- Boa! Vamos passar pra visitar a Manu e vemos com eles.

- Acho melhor falar direto com o Felipe primeiro, amor. – Cristiano disse.

- Também acho, a Manu deve estar chateada por não poder sair, não poder ver as coisas, melhor ver com ele. – Dani lembrou.

- Verdade! Então ligamos pra ele?

Todos concordaram e Cristiano ligou para Felipe, o tom de voz dele era desanimado, ele ainda estava em casa, tentando descansar um pouco antes de voltar para o hospital.

- Ah, é verdade, Manuela comentou mesmo esses dias, não temos muita coisa ainda... Ela está tão triste, Cris, tão desanimada, estou preocupado. Tenho tanto medo que algo aconteça com ela ou com meus filhos.

- Vai ficar tudo bem, tenho certeza!

- Faltam três meses que mais parecem uma eternidade...

- Eu sei, mas eu fiquei em coma por 8 meses, eu perdi toda a gravidez da Jhen, vocês ao menos estão podendo viver isso. Sejamos gratos pelo que temos e não pelo que poderíamos ter!

O destino dita as regras IV - Amor eternoWhere stories live. Discover now