Incomplete cases.

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— Você deveria ter ficado um pouco mais na festa. Muitas pessoas só estavam lá para ver você.

— Fiquei o suficiente pra todos me verem, você
sabe que eu não gosto de me sentir exposto.

— Tudo bem. Você teve um dia longo, vá descansar. Durma e descanse até meio-dia, você já tem coisas para fazer às uma da tarde.

O telefone de Suna foi desligado após a voz de seu assistente der o último recado. O moreno estava sentado à frente de uma enorme janela que mostrava a vista dos prédios de Xangai, sentado em uma cadeira. Soltou um longo e pesado suspiro, abrindo e fechando repetidas vezes a caixinha do anel que ele havia comprado.
Pegou seu celular do apoio e abriu diretamente nas mensagens com Luka, vendo que a foto do anel de diamante sequer havia chegado à ela.

”Por que não? Você vai trazer seu novo namorado aqui? Você deve gostar muito dele.”

“Sim, eu gosto, então não faça isso novamente.”

As questões de quem seria a pessoa que estava saindo era o que dominava sua mente desde que ele saiu do apartamento, por mais que isso o incomode, Suna sabia que tudo aquilo foi por pura implicância.

O rapaz novamente pegou seu telefone vasculhando entre os vários contatos ali até chegar uma ligação de Kozume Kenma, vulgo K.




— Pra quem você está ligando? — questionei Kozume enquanto o mesmo abotoava sua camiseta enquanto estava com o telefone, aparentemente ligando para alguém.

— Trabalho.

Assenti, virando minha atenção para as revistas com os trabalhos de Kenma que estava jogado no banco de trás, folheando a página e notando as inúmeras fotografias que de princípio deveriam ter um significado, mas era complexo demais para que eu pudesse entender as diversas complexidades que ele registrava em seus trabalhos, era até razoável olhar todas aquelas fotografias até que eu ouço Kenma.

— Ei, Suna. Quando iremos nos encontrar?

Foi de imediato, eu senti meu coração quase sair pela boca, meus olhos de arragalaram, eu virei meu olhar para Kenma subitamente que estava brincando com o feixo da sua camiseta enquanto eu rezava por qualquer Deus ou qualquer outra força espírita que não fosse quem eu tô pensando, por mais que eu soubesse que era. Não conseguia ouvir o que os dois conversavam no telefone, mas era notório que Suna estava o respondendo com grosseria enquanto Kenma mantia a calma respondendo-o conversando sobre quando ele voltasse de Xangai ou como o tal trabalho funcionava, foi nesse momento em que eu realmente queria que Suna não voltasse e a causa era óbvia.

Kozume desligou o telefone e me imediato virou sua atenção para mim enquanto eu o olhava, tentando ao máximo não demonstrar o nervosismo que eu sentia engolindo seco.

— O que foi? — o moreno me questionou colocando o celular no bolso e voltando a arrumar a abotoar sua camiseta.

— Suna Rintarou? — foi a primeira coisa que eu consegui falar, ainda o olhando fixamente mordendo os lábios.

— É. Por quê?

— Vocês se odeiam. Desde quando vocês trabalham juntos?

— Desde que eu comecei a fotografar os modelos que ele gerenciava.

— E isso há quanto tempo?

— Menos de uma semana, talvez.

Puta merda.

— E conseguem ficar no mesmo local sem brigar?

— Não é tão difícil. Eu sei que quanto menos ele me ver, melhor ele fica, então o trabalho não demora mais de cinco horas...

𝐃𝐎𝐔𝐁𝐋𝐄 𝐊𝐈𝐋𝐋, 𝖲𝗎𝗇𝖺 𝖱𝗂𝗇𝗍𝖺𝗋𝗈𝗎.Where stories live. Discover now