Ouço sua voz pelos corredores. Ele me conta sobre vidas passadas.
Olhos fitam-me pela pequena escotilha na porta. Então somem.
Sinto a brisa do mar em meu rosto. O movimento do barco.
Ele está sentado ao meu lado. Arthur me faz companhia.
Mas ele diz que não é Arthur. Diz que está cansado dessa brincadeira.
Mas é Arthur. São seus olhos. Sua voz. Seu rosto.
O céu volta a ser branco e o navio passa a ser uma sala acolchoada.
Arthur não está mais aqui. Mas sei que está vivo.
Seu cabelo comprido voa solto contra o vento.
Quero abraçá-lo. Não posso.
A única que abraço é a mim mesma.
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Jack - Português
HorrorVocê já sentiu um arrepio na espinha? Aquela sensação de desconforto, saber que você não pertence? As janelas batem, mas não há vento. Sussurros perturbam seu sono, mas não há ninguém. A noite está escura e o céu está vermelho como sangue. Cuidado...