37 | narrative.

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POV's Blair

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POV's Blair

Eu me sentia exausta. Fisicamente e mentalmente. Mesmo com tudo que estava acontecendo em minha vida, eu ainda tinha que cumprir com minhas obrigações de adulto. Cobri horários de outros funcionários na cafeteria, fiz as compras do mês e aproveitei para cuidar um pouco de mim, mesmo que naquele momento, parecesse a última coisa que eu teria de me preocupar. Mas a verdade é uma só. Se eu não tivesse um minuto pra respirar, eu era capaz de arrancar meus próprios cabelos de tanto nervosismo e ansiedade.

No momento, eu estou dentro do carro emprestado da mamãe, que eu pedi com muita relutância à ela para que eu pudesse ir ao mercado. Mesmo de nariz torcido, ela permitiu. Se nossa relação de antes era complicada, hoje parecia que não nos conhecíamos. A forma que eu me afastei da minha família e dos meus amigos numa busca de processar tudo que estava acontecendo era gritante. Ainda assim, ninguém tinha percebido que alguma coisa estava errada. Era melhor assim. Com a mente que carrego no momento, eu não suportaria alguém nas minhas costas me cobrando satisfação, não mesmo.

Eu falo com Chloe todos os dias. Pergunto se ela sente alguma dor, se precisa de alguma coisa e estou sempre oferecendo minha companhia, mas ela sempre bate na tecla que está bem. Obviamente fico preocupada. Eu não tinha ideia se ela já havia contado pra nossa mãe toda essa loucura. Confesso que isso me dá medo. Não imagino uma boa reação vindo dela, já que sempre foi muito rígida com nossa criação.

Paro o carro em frente ao meu prédio e saio do mesmo carregando algumas sacolas. Eu tinha conseguido fazer todas as compras e estava feliz. Céus, eu estou realmente velha. Lembro-me de soltar fogos quando tinha dinheiro o suficiente para comprar um combo de vodka de diversos sabores e agora estou aqui, quase pulando de alegria por ter o que comer no mês.

Caminho até a entrada do edifício com um pouco de dificuldade devido ao peso que carrego. Mas, antes que eu chegasse até a porta, sons de estalos da língua no céu da boca em desaprovação ecoaram em meus ouvidos. Eu franzo as sobrancelhas, olhando por cima do ombro quem estava se aproximando e logo arregalando os olhos.

- Uma princesa devia ter um mordomo ao seu dispor. - A voz de Dallas preenche meu coração. Eu sorrio.

Cameron se aproxima de mim, beijando meu rosto e pegando algumas das sacolas que eu carregava em um dos braços nas mãos. Tento negar sua ajuda, mas a expressão que ele me lança é o suficiente para levantar carta branca. Até porque, eu não recusaria nenhuma ajuda por capricho. Aquele peso estava mesmo doendo meus ossos.

Direciono meus passos até o elevador, cumprimentando o porteiro como sempre e logo espero o garoto alto se colocar ao meu lado. Aperto o número do meu andar de forma desajeitada e assim que as portas metálicas se fecham, eu solto um suspiro de alívio.

- Muito obrigada. - O olho.

- Por que foi ao mercado sozinha? Poderia ter me telefonado para te ajudar. - Soa como um sermão. Eu rio fraco e nego com a cabeça.

𝐁𝐈𝐑𝐓𝐇𝐃𝐀𝐘 𝐒𝐄𝐗, vinnie hacker. 𝙝𝙞𝙖𝙩𝙪𝙨¡Onde as histórias ganham vida. Descobre agora