LV- Do sacrifício para a glória

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Era uma vez uma linda donzela, cujos olhos cintilavam como estrelas a brilharem na mansidão da noite. Não havia nada que ela não tenha enfrentando com coragem e bravura. Seus dias pacatos em uma pequena choupana mudaram para sempre ao se deparar em um mundo de aventuras, fantasias, beleza, conflitos, amor e glória resplandecente. Ela era entre todas especial pois seu poder se espalhou desde o seu sangue até a boca de todos os seres viventes daquele grandioso mundo, reinos ouviram falar da grande bruxa branca, de pele como a neve e cabelos como fogo, poderosa e guerreira, destemida e gentil.
O que poucos sabiam é queno preço de ter tido todos estes privilégios lhe custou a vida de amigos queridos, dores e sentimentos que ninguém jamais saberia.

Todos aguçaram os ouvidos para ouvirem o que o rei de Eprain iria dizer, Caspian estava de pé, todos do conselho político real o observavam mais atentamente possível

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Todos aguçaram os ouvidos para ouvirem o que o rei de Eprain iria dizer, Caspian estava de pé, todos do conselho político real o observavam mais atentamente possível. O silêncio foi cortado pela voz mansa e humilde de seu rei.
— Rogo para que a justiça possa ser feita, mas não com derramamento de mais sangue ou massacre pela guerra, que nada tem para nos justificar.
— Vossa alteza sugiro que não interfira no julgamento em conselho...
— Eu sugiro a todos vocês deste clero que pela ordem e pela honra de meu nome e de meu pai e de minha coroa, sessem de derramar sangue.
— Vossa alteza julga-nos assassinos?
— Não! Mas digo-vos que nem tudo quanto acham ser justo de fato é.
— Majestade, seu primo Laian está sendo julgado pelos crimes de incitação contra nosso reino e desejo de ursurpar a coroa que lhe pertence de berço...
— Nada tenho senão minha vida e a de meu povo. Se eles não o julgam então não o julgarei pois não sou melhor nem pior do que ele, mas ambos somos todos iguais. Se por ventura uma ovelha se desgarrar de seu pasto e se perder não irei buscá-la de volta e resgatá-la?
— Rei Laian será enforcado em praça pública pela ordem do conselho pelos crimes que cometeu...
— Não! Pelos céus não façam isso! — O choro e suplica de Sol fizeram que todos voltassem seus olhos para ela. Seu pai a abraçava enquanto ela olhava profundamente para seu amado Laian.
— Não podem! Eu anulo este decreto, não podem intervir em minha palavra, eu sou o rei, portanto sou eu quem decide o que será feito e digo-vos que meu primo não sofrerá mau algum.
— Irá interferir e contradizer as leis do reino vossa alteza?
— O que pensam que acontecerá caso está lei se cumpra? Digam-me? Este homem pode ter sido severo, mas quem neste mundo é perfeito? Ele assim como eu passou por coisas difíceis desde cedo, meu tio foi um homem amargo e criou meu primo na amargura de seu reino, mas para todos os casos Laian tem direito a Eprain assim como eu a Ósseas se assim nosso povo e nossos reinos se unirem. Seremos uma grande potência, teremos paz e prosperidade, Ósseas tem seus tesouros apesar do frio, minas de pedras preciosas que podem circular a economia de nossos reinos e seremos prósperos e unidos. Podemos mudar o rumo da história amarga que afetou-nos por anos. Podemos ter paz, sermos felizes sem a necessidade de mais sangue derramado em guerras.
— Sabemos disso alteza, mas...
— Rogo-lhes pela vida de minha família, não tenho pai, nem minha mãe, mas tenho amigos e meu primo que é como um irmão para mim, vocês são testemunhas de que nem sempre Laian foi nosso inimigo. Talvez fomos falhos em não ver sua dor, sua solidão, seu desespero em comandar um reino tão grande com tão pouco preparo e sem uma família para orientá-lo. Peço que sejam compreensíveis e revejam melhor suas idéias. Como rei de Eprain e herdeiro da coroa real de Eprain eu digo-vos que está lei não será mais usada em meu reino, e que meu primo terá seu trono novamente junto com sua coroa com honra e com a glória que lhe pertence e espero está sendo claro quando digo que caso vós não me atendeis então serei obrigado a desfazer este conselho político de uma vez por todas.
— Mas isso não pode ser feito! — Caspian observou o homem de aspecto magro e alto, porém sério e impiedoso. Seus olhos cegos de poder pareciam querer vingança contra tais palavras.
— A partir de hoje não obedeceremos leis alguma que venha de livros e conselhos clérigos, nada que venha da boca de sábios cegos e de impiedosos. Meu julgamento é justo e não pegarei mais em espada para lutar contra qualquer nação. Quem desejar fazer-nos mal será impedido pela paz e pelo amor que espalharemos. Nunca mais haverá choro e pranto por nossas crianças e mulheres, fadas e elfos, animais falantes e toda forma de vida e magia nestes reinos pela perda dos seus. Guerra e justiça não caminham juntas e minhas são as leis a partir de agora e isto é decretado oficialmente para todos. Peço-lhes que caso não desejem cumprir o que foi pedido então se retirem do reino e façam guerra em outro lugar. Mas peço-lhes que ponderem melhor sobre o assunto e se desejarem permanecer aqui façam como lhes pedi.  — Todos observavam boquiabertos o rei decretar não só o livramento de seu primo, mas também a paz e a justiça em ambos os reinos. Todos o aplaudiram e poucos foram os que se retiraram para saírem de Eprain. Mas Caspian nada temia.

 Mas Caspian nada temia

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***

Um dia de luz e de alegria tomaram conta dos reinos vizinhos, todos os demais reinos ouviram falar do grande decreto e também das festividades por conta dos casamentos do rei Caspian de Eprain com sua rainha Lilive e do rei Laian de Ósseas com sua rainha Sol. Foram seis dias de festas, com muita magia e encanto, bailes e comida farta, animais cantavan, pessoas dançavam, elfos e fadas lado a lado em grandiosas danças de deixar todos encantados. As árvores mágicas sopravam ventos de alegria, as flores exalavam o doce perfume do amor pelo ar, o canto dos animais ouvia-se de longe, carruagens e mais carruagens de outros reinos convidados faziam fila para participar. Todos queriam ver os reis mais poderosos daquele mundo vivendo em armonia e amor. Todos queriam ver e participar do banquete colossal e todos queriam sentir a magia tomar conta de seus corações quando Sol e Lilive dançaram juntas a dança das guardiãs do reino, uma fada e uma bruxa lado a lado rodeadas de grinfos cintilantes e de felicidade. Foram noites e dias de muitas alegrias.

 Foram noites e dias de muitas alegrias

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Eprain-Uma Floresta Encantada {Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora