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Me diga como viver neste mundo
Me diga como respirar e não sentir dor
Me diga, porque eu acredito em algo
Eu acredito em nós

─── us, james bay

─── us, james bay

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Vinnie Hacker

As minhas mãos suavam e deslizavam pelo volante todas as vezes que eu fazia alguma curva, até eu finalmente estacionar em frente a casa da família de Afrodite

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As minhas mãos suavam e deslizavam pelo volante todas as vezes que eu fazia alguma curva, até eu finalmente estacionar em frente a casa da família de Afrodite.

Eu me sentia como um adolescente novamente; todas as vezes que estou com ela, eu sinto como se voltasse alguns anos. Meu estômago revira, me da aquele friozinho na barriga e eu não consigo falar.

Hoje vai ser diferente. Tem que ser.

Eu me sentia, finalmente, pronto para dizer à ela tudo o que eu sinto sobre nós. Tinha apenas duas maneiras de isso acabar: ou ela concorda em resolver isso da maneira certa, ou ela ignora tudo e vive a vida dela. Honestamente, eu não fiz um bom trabalho até agora em fingir que a segunda opção não existe.

Com um suspiro, desço do carro e conto até três mentalmente. Por que está sendo tão difícil? É só a Dite. Bem, talvez seja tão difícil porquê foi eu quem fodeu com tudo no passado, e talvez ela ainda esteja receosa com isso. Talvez merda nenhuma, ela com certeza está.

— Vincent, querido, pode entrar... — Mónica abre a porta antes que eu notasse que já havia tocado a campainha. — Hera não veio hoje?

— Eu estava trabalhando, na verdade... Vim falar com a Afrodite, ela está? — Mónica aponta para o topo da escada, indicando que ela estava no seu quarto.

Novamente, tentei mandar toda essa ansiedade e antecipação para fora de alguma maneira, mas novamente não deu certo. Ótimo.

Três toques leves na porta, e demora menos que dez minutos para Afrodite  aparecer. Ela estava com o seu típico roupão branco e uma toalha na cabeça, seu rosto estava com linhas de diferentes tons e ela não está com uma cara boa.

— Oi. — consigo falar, sem parecer um garotinho de treze anos.

— Oi. Entra. — ela me dá passagem e logo fecha a porta.

Afrodite se senta em um puff rosa em frente a penteadeira, onde muitos produtos estão espalhados por ela. Organização nunca foi a praia dela.

Obviamente ela vai sair, por isso me chamou para pegar a sua carteira, mas onde ela vai?

— Eu.. trouxe sua carteira. — ela me olha pelo espelho e dá um pequeno sorriso.

Isso só está aumentando a minha paranoia. Onde está a Afrodite falante e desajeitada que eu amo?

— Acho que eu morreria sem ela. — comentou, passando um pincel enorme pela bochecha, sumindo com a linha um pouco mais escura que a sua pele. — Por que está tão quieto?

— Eu não estou. — seu rosto ganha uma expressão tediosa.

— Você disse que queria conversar comigo, não? — concordei em um aceno com a cabeça e ela deixa de me olhar pelo espelho, ficando de frente para mim.

— Eu queria...

Como se o universo estivesse brincando comigo, o celular dela começa a tocar no momento que eu ia falar tudo. Só pode ser brincadeira.

— Desculpa, tenho que atender. — concordei, um pouco irritado. — Estou me arrumando... Não vou me atrasar, eu prometo... São só sete e dez, e eu tenho que estar lá ás oito e meia, eu diria que estou adiantada... Ok, Marie-Anne, até mais tarde.

Não a olhei, mas senti a irritação repentina em sua voz. Acho que foi uma má ideia vir aqui.

— Era a minha.. colega de gravação. Temos uma festa em uma hora, e da última vez eu acabei me atrasando bastante... — ela suspira e volta a me olhar. — Você dizia...?

— Acho que não foi uma boa ideia vir aqui, me desculpe. — ela franze o cenho quando me levanto, prestes a caminhar até a porta.

— Nem pense nisso, Hacker. Você me conhece bem ao ponto de saber que eu não conseguiria dormir de curiosidade. — ela brinca e eu solto um riso fraco. — Você está estranho, o que aconteceu?

— Eu... — olhei para o chão nervosamente e senti suas mãos delicadas segurarem as minhas, me encorajando de alguma maneira. — Eu estou apaixonado por você, de novo.

A minha confissão foi um choque para ela. Não pensei que ela teria essa reação, digo, qualquer idiota é capaz de ver que eu estou completamente de quatro para essa mulher.

Ela ainda segurava as minhas mãos, e o seu olhar estava focado na parede atrás de mim. Eu estava quase implorando para ela dizer alguma coisa, quando ela suspira.

— De novo? — ela diz e eu consigo sentir uma pontada de humor. — Eu nunca deixei de estar, bebê.

Foi a minha vez de ficar em choque. Ela, definitivamente, é a mulher da minha vida.

— Você tá falando sério? Tipo, sério mesmo? — seu sorriso aumenta junto com o meu.

— Por que eu mentiria, Vinnie? — ela passa os dedos pelos fios soltos do meu cabelo. — Eu tentei me convencer o contrário desde que eu te vi de novo, achei que o melhor para mim seria focar exclusivamente na minha carreira, sem qualquer distração. Mas eu estava terrivelmente errada. Sabe o que é melhor para mim, Vinnie?

Abanei a cabeça. Eu sei o que ela vai dizer.

— Você. Você e aquele pacotinho de fofura de um metro e vinte. Porra, eu passei cinco anos me convencendo de que ficar longe de você era estavelmente melhor para mim e para o meu pobre coração, mas não é, nunca foi bom estar longe de você, mesmo que você tenha feito um inferno na minha vida durante um ano inteiro. — fechei os olhos por alguns segundos.

— Não tem desculpa para o que eu fiz, eu sei que não, mas eu era um moleque, Dite, a merda de um moleque que não queria saber de nada além da farra. — ela acena com a cabeça. — Mas depois que eu te perdi eu paguei com a língua tudo o que eu disse sobre a frase "só da valor quando perde" e, honestamente, eu não quero sentir aquilo nunca mais!

— Se depender de mim, não vai, mas temos que fazer isso juntos! — assenti, sentindo o calor do seu corpo.

Ela faz uma pausa para respirar.

— Você é adulto, eu sou adulta, sabemos o que devemos ou não fazer, e eu juro que se você fizer alguma coisa daquele tipo comigo de novo, Vincent Cole Hacker, eu corto o seu pau e dou para os cachorros!

Gargalhei, sentindo todo o meu corpo esquentar. Ela é minha de novo.

— Então você aceita ser a Senhora Hacker? — ela me olha, um pouco assustada. — É brincadeira, pelo menos por agora.

— Você um idiota. — ela me dá um tapinha no ombro e logo traz a mão para o meu rosto, me dando um selinho curto. — Mas eu te amo.

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