Ao sair daquele cômodo, eu e meu assessor damos uns passos, parei ao ouvir uma pequena risada contida.

– Não entendi o motivo da risada, Yoongi. – Falei com meu assessor. Pense em uma cara seria, pois foi essa mesma que eu fiz.

– Me desculpe, mas qual ser humano fala "meu caro" hoje em dia? – perguntou e simulou aspas com as mãos.

– Eu falo, por quê? – Falei voltando a andar.

– Nada, senhor Jeon. – ria mais um pouco e revirei os olhos. – Você ainda tem que resolver aquele probleminha.

– Já disse que não vou arranjar outra secretaria. – ditei raivoso.

– Jungkook, eu não dou conta de cuidar da sua profissão e da sua vida ao mesmo tempo, não, meu filho. – O menor parou de andar.

– Não posso fazer nada. Dê seu jeito. – Falei voltando a andar.

– É só você trocar a agência. Vê outro Ministério. Se você se limitar a agir assim, eu vou ter que me demitir. É muita pressão. – ele disse voltando a andar e eu parei no caminho.

– Você não faria isso. – O desafiei.

– Ah, faria sim. – me desafiou sorrindo maliciosamente.

– Pra que dia? – ditei tediado e ele comemorou.

– Eu vou naquela agência que Hobi me disse que tinha arranjado o secretário dele, disse que lá tem alguns competentes. Vou fazer o anúncio anonimamente. Só alguns que eu ver o currículo. Aí trago hoje à tarde pra você. – Ele disse voltando a andar mais uma vez, entrou no elevador e apertando o botão para o estacionamento.

– Tá bom. Mas por favor. Vê se encontre uma secretaria que tenha tempo disponível o suficiente. – Falei entrando no elevador, ficando ao lado do mais velho.

– A pessoa vai ser sua secretaria, não sua escrava. Não invente arte. – cruzou os braços.

– Tanto faz. – cruzei meus braços também.

Após descermos vinte e cinco andares pelo elevador, chegamos no estacionamento, onde estava meu carro e o carro de Yoongi. O mais velho como veio de casa, não pode vir no mesmo carro que eu, então ele veio no dele. Saímos daquela enorme garagem, seguindo para nossos destinos, eu para minha casa e ele para a agência nova de secretários.

Segui caminho para a minha casa, um caminho um pouco extenso, mas nem tanto, enfim, cheguei em casa, deixando meu carro na minha garagem, entrando pela porta da mesma que dava na sala, encontrando meu filho sentado no chão enquanto brincava com alguns brinquedos favoritos dele.

– Bebê, papai chegou. – O chamei mas o pequeno nem se moveu. – Soobinie.

– Appa. – O pequeno se virou rápido ao ouvir o apelido tão conhecido. – Oia, binquedo do Soobinie. – apontou para o boneco do homem de ferro que lhe dei.

– O que aconteceu meu amor? – me sentei no chão, ao seu lado com as pernas cruzadas igual como ele estava.

– Caiu. – falou um pouco acanhado. – Ajuda, papai. – disse se levantando do chão vindo me abraçar.

– Ajudo sim, Soobinie. – peguei o boneco do chão, ainda abraçando o pequeno, coloquei o braço do boneco no lugar. – Aqui, consertado.

– Bigado, papai. – olhou para o boneco em minhas mãos, rapidamente o pegou e deixando um beijo em minha bochecha. – Papai?

– Oi, filho. – perguntei, estava de joelhos já que eu iria levantar mas fui interrompido pelo menor.

– Fome, eu. – apontou para sua própria barriguinha redonda.

– Vem, vamos comer. – carreguei ele no colo rindo de sua cara dengosa.

O levei para a cozinha, o deixando sentado na cadeirinha dele na mesa de jantar, em cima do balcão tinha uma pequena vasilha, contida em cima um papel escrito " Almoço do Binnie.", estava morno então deviam ter feito a poucos minutos. Peguei aquela vasilha, destampei, peguei uma colher na gaveta do balcão, do Rei Leão, desenho favorito do Soobin,  e me aproximei do pequeno para o alimentar.

– Abre a boquinha, neném. – direcionei a colher com um pouco de comida para sua boca.

– Papai, Soobinie sabe sozinho. – O menor disse com uma cara um pouco fechada.

– Tem certeza? Não vai se sujar todo? – perguntei receoso.

– Tenho. – disse convicto.

– Certo, vou confiar, ein? – Falei dando a colher em sua mão.

– Pode. – disse pegando a colher e enfiando na vasilha, colocando direitinho os alimentos contidos ali dentro sobre a colher. Claro que deixava algumas coisas caírem, mas o caminho da vasilha para sua boca era reto, estou chocado.

– Meu filho, você é incrível. Já sabe comer sozinho meu nenêm? – perguntei afagando seus longos cabelos escuros iguais aos meus.

– Sei. – disse após terminar de mastigar.

– E ainda termina de comer pra falar? Não é possível. – deixei um monte de beijinhos em suas bochechas, já sujas pelo o caldinho do feijão que comia afoito.

– Appa. – ele disse emburrado. – Pufavo. Binnie quer comer. – fez biquinho.

– Pode comer a vontade, papai vai ficar só olhando. – sentei na cadeira na sua frente e fiquei o observando comer.

Até seu jeito de comer lembra o da minha falecida esposa, quem olha esse menino não tem como não dizer que é filho dela, até quando quer ser bravo ele não consegue porque é muito fofo. E quando faz o biquinho quando está frustrado, não tem alguém que resista.

Mas tudo que é bom dura pouco, acabei de receber uma mensagem de Yoongi. " Amanhã as sete horas da manhã, no meu escritório. Consegui três pessoas para a vaga.". Eu mereço.

Meu subestimado coração • jjk + pjm Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang