— Eu pedi... mas você não me ouviu. Diga que você não me quer...
— Não. Você não manda na minha boca...
— Me mande parar.
— Quero sua língua... você disse que era a primeira parte de você que eu deveria provar.
Peter me deu um sorriso predador, safado e lindo. Passou o braço por minha cintura e fez um jogo com nossos corpos de maneira que me colocou sentada sobre ele. Atacou minha boca ainda me segurando pela cintura.
— Chupa minha língua, Afrodite! - ele colocou a língua próxima de meus lábios, passou ela devagar por eles e me apertou mais. — Chupa!
Segurei seu rosto com minhas mãos e suguei a língua dele pra minha boca. A coisa ficou quente demais, que só caímos na real, quando ouvi batidas na porta. Era o Eduardo. Eu estava com a mão abrindo a bermuda do Peter e ele estava com meu seio em sua boca. Os dois ofegantes, trocamos olhares e olhamos na mesma direção.
— Já vai, Edu...
Saí de cima do Peter me recompondo e ele foi para o banheiro. Abri a porta e o Eduardo entrou.
— Me disseram que você chegou acompanhada.
— Sim. O senhor Peter, me convidou para um passeio e depois veio conversando comigo.
— Ele já foi?
— Não. Ele pediu para usar o banheiro - nisso o Peter sai do banheiro como se nada tivesse acontecido — Ficamos conversando tão distraídos que nem percebemos o tempo passar. Eu tenho até que arrumar as malas - foi a primeira mentira que veio à mente.
— Bom dia, Eduardo!
— Bom dia, Peter!
— Bom, acho melhor você conversar com a senhorita, já é hora de almoço, vocês devem almoçar, depois ela arruma as malas. Na verdade, o hotel conta com pessoas que fazem isso para os nossos hóspedes.
— Exatamente, Jéssica. Vamos almoçar, depois se for necessário, pedimos auxílio a algum funcionário.
— Bem, foi uma manhã interessante, mas eu já vou.
— Você já almoçou, Peter?- perguntou o Eduardo.
— Ahnnn, não!
— Então almoce conosco!
— Acho que já importunei demais a senhorita Jéssica.
— Tudo bem por você, Jéssica? - perguntou o Eduardo.
— Sem problemas - o que eu diria? Não poderia deixar o Eduardo com nenhuma desconfiança.
Percebi durante o nosso almoço que o Peter, assim como eu, disfarçava muito bem o tipo de pessoa que no fundo ele era. Na frente do Eduardo, ele era um gentleman.
Após o almoço, e de despedidas e desejo de boa viagem, o Peter foi embora. E eu subi para terminar de ajeitar, na verdade, começar a ajeitar minhas malas.
Durante nosso voo, Eduardo começa a conversar comigo sobre várias coisas, dentre elas, sobre o Carlos. Ele ainda tem ciúmes do mesmo com a Dri.
— Às vezes acho que aquele moleque gosta da Adriana e usa a proximidade e o amor que minha filha tem por ele, para estar sempre perto.
— Eduardo isso é bobagem, o Carlos parece mesmo que gosta da Nina como se fosse filha dele. Mas não creio que goste da Dri. Ele não é do tipo que se enrola com mulher comprometida. E a Adriana te ama.
— Não se trata de qualquer mulher, Jéssica. É a Adriana, o grande amor da vida dele. O fato dele tratar minha filha como filha dele... é como se ele quisesse roubar ela de mim, começando pela Nina. A Adriana vendo o quanto ele é amoroso, gentil e cuidadoso com nossa filha, faz com que ela o admire sempre mais.
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Trilogia: POR QUE NÃO? A Verdadeira Jéssica - Livro 3
RomanceJéssica é uma linda mulher empresária no auge dos seus 35 anos. Determinada e sagaz, porém insegura. Esconde segredos que destruiriam laços familiares, sempre os mantendo bem guardados em sua mente perspicaz e audaciosa. O Destino lhe traçou um cam...
V- O que eu tenho na cabeça?
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