Ziam Supernatural (AU! Ziam Mayne || Oneshots)

Possessed (Demon || Demon!Zayn)

Segunda oneshot do projeto, espero não decepcioná-los. Leiam as notas finais.
Parceria: larrystuffs
Capa: larryank
Votem, comentem. xx

Sinopse: Os mais calmos sempre revelam os piores, e Zayn só precisava de um empurrãozinho.

Demon! Zayn

Xx

Eu acelerava meus passos tentando correr o mais rápido possível enquanto olhava para o chão tentando não cair. Olhei rapidamente para trás tentando ver se aquilo ainda me seguia, desistindo em seguida e virando na próxima rua que para meu completo desespero também estava vazia. Continuei correndo, sem impedir que algumas lágrimas caíssem enquanto eu tentava desesperadamente fugir daquela coisa. Tudo indicava que por mais que eu corresse, nunca conseguiria escapar. Eu já podia sentir minhas pernas totalmente bambas, quase não respondendo aos meus comandos. Eu não poderia desistir ali. Não agora.

Entrei em outra rua tropeçando em tronco caído e perdendo totalmente o equilíbrio, caindo no chão e olhando para trás me deparando com o vazio. Suspirei, e levantei em seguida. Meu coração ainda batia acelerado parecendo que iria pular para fora a qualquer momento, e minha respiração continuava descontrolada enquanto suava frio, provavelmente motivado pelo medo.

Ouvi um barulho de latas e apertei minha camisa com força, deixando o nervoso me tomar e ao invés de correr, me esconder atrás de uma árvore. Encolhendo-me ali e esperando que não fosse notado. Fechei os olhos, mordendo os lábios com força e respirando fundo antes de abri-los novamente.

Aquilo estava ali. Me cercando.

Uma fumaça negra, mais espessa do que qualquer fumaça de poluição poderia se tornar. Não tinha uma forma exata que pudesse descrevê-la, mas parecia se mover como se fosse uma pessoa, como se soubesse exatamente o que queria. Eu respirei fundo me encostando mais ainda contra a árvore. Lágrimas rolavam descontroladas por meu rosto, e meu coração começava a doer por estar batendo tão rápido e com tanta força. A fumaça parecia se aproximar e uma parte pairava em frente ao meu rosto.

- Nã-a... - Tentei falar alguma coisa, rapidamente sendo impedido pela fumaça, que com força entrava em minha boca, nariz e ouvidos. Algo gelado me tomando por dentro enquanto eu perdia a consciência, pude ouvir meu coração batendo mais devagar, enquanto subitamente tudo ficava preto. Eu não conseguia falar, não conseguia enxergar, nem me mover, mas eu ainda estava ali. Estava acordado.

"Ah, como é maravilhoso dominar alguém de novo." A voz soou, me assustando enquanto eu permanecia ali, no escuro. "Quem é você?" me ouvi perguntar sem ao menos mexer a boca e uma risada soou, enquanto minha visão voltava aos poucos. "Eu sou você, simples assim. Observe enquanto eu comando seus atos. Eu sou o seu corpo, seus sentimentos, seus sentidos e você não pode fazer nada além de observar de perto." Minha visão voltou completamente enquanto meus sentidos voltavam pouco a pouco. Eu já não era mais consciente dos meus batimentos cardíacos, mas isso não me interessava no momento. A sensação de medo deixando meu corpo enquanto eu me levantava.

Olhei em volta não vendo nada nem ninguém que pudesse ter presenciado aquilo, e então voltei a andar calmamente para casa enquanto alguma coisa me incomodava internamente. Um desejo de fazer algo que não sabia exatamente. Continuei andando, em silêncio, focando nos barulhos à minha volta enquanto alguns carros passavam (quase nunca) nas ruas em volta. Não saberia ao menos dizer o porquê minha audição estava tão aguçada, mas isso não era algo negativo.

Uma mulher no entanto vinha na direção contraria a minha, carregava algumas coisas na mão, sua bolsa, eu arriscaria dizer. Andava agarrada ao sobretudo, parecia estar com um frio que eu realmente não sentia, me fazendo bufar pelo exagero. Ela fungava alto, enquanto deixava algumas lágrimas escaparem e eu revirei os olhos, porque mulheres são sempre tão dramáticas? A moça passou do meu lado, mantendo um pouco de distância enquanto fungava mais uma vez, pondo seu cabelo atrás da orelha e eu sorri de lado, cedendo a uma vontade repentina.