Capítulo 15

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Pov Amber

Acordo e sinto a falta da Amélia. Pego o meu celular e vejo que ainda estava muito cedo.

Fui ao banheiro fiz as minhas necessidades e tomei um banho. Me arrumei e desci para tomar café.

Chegando na cozinha encontro a Maggie sentada na mesa estudando.

- Bom dia! - Disse.

- Bom dia Amber! - Disse ela e eu comecei a preparar o meu café.

Me sento para comer e percebo a Maggie me encarar e eu suspiro.

- O que foi? - Perguntei.

- Você não devia esconder de todo mundo o que você tem e a decisão que você tomou. - Disse ela baixo para mais ninguém escutar além de mim.

- Essa é uma decisão minha. Não tem necessidade de eu fazer as pessoas sofrerem atoa. - Disse.

- Sofrerem atoa? Alex e Amélia provavelmente vão te perder. É cruel demais você não preparar eles. - Disse ela.

- Se eu contar eles vão fazer de tudo para eu desistir. - Disse.

- Porque eles amam você! Você não entende o quão egoísta isso é, porque você vai partir mas são eles que vão ficar aqui sofrendo. O mínimo que você deveria fazer é contar para eles. - Disse ela.

Antes que eu pudesse responder Zola e sua amiga interrompe a nossa conversa.

- Olá! - Disse elas fantasiadas para os dias dos mortos.

- Vocês estão tão lindas e assustadoras!- Disse Maggie se levantando.

- Não é para ser assustador. - Disse Zola.

- É o Dia dos mortos. - Disse a amiga dela.

- Faremos um desfile na escola. - Disse Zola.

- Que legal! - Disse e Meredith apareceu toda arrumada.

- Outro encontro? - Perguntou Maggie.

- Cece é boa demais no seu trabalho. - Disse Meredith.

- Quem é dessa vez? - Perguntou Maggie.

- Daniel, um ajudante de inglês. Ou um professor. Eu não tenho certeza. - Disse ela.

- Tem uma grande diferença. Você  deveria descobrir. - Disse Maggie.

Termino de comer e ao me levantar sinto uma leve tontura e me apoio na mesa.

- Você está bem? Está pálida. - Disse Meredith.

- Sim, só foi uma tontura. Carina falou  que isso é normal. - Disse.

- Certo. Qualquer coisa pode me ligar ou vá direto para o hospital. - Disse ela.

- Pode deixar. - Disse e Maggie me encarava.

- Meninas, está na hora de irmos. Te vejo daqui a pouco. - Disse ela para Maggie.

- Até já. - Disse Maggie.

- Quase esqueci de te contar. Teddy me mandou mensagem, ela vai resolver o problema dela hoje. - Disse Meredith e saiu.

- Só acredito vendo. - Disse ela.

Comecei a arrumar o que eu sujei sob o olhar da Maggie. Respirei fundo e me virei para ela.

- Será que você pode parar de me olhar assim? Eu não quero magoar ninguém! Eu só não quero ter que passar outra vez pela dor de perder um filho. Você por acaso sabe o que é perder um filho, uma parte de você? Pior, ter perdido ele sem ter podido pegá-lo no colo, ter amamentado... Você sabe o que é ser espancada e só pensar em proteger o seu bebê e não conseguir? Eu passei trinta e duas semanas morrendo de medo e tentando ao máximo não irritar o pai do meu bebê para ele não nos machucar, mas no final não adiantou. Ele simplesmente ficou cego de ciúmes e me bateu, depois me jogou da escada. Eu implorava pelo nosso filho mas ele não me ouvia... Eu só lembro de acordar depois no hospital com ele do meu lado parecendo preocupado, como se nada tivesse acontecido. Os médicos tentaram de tudo para salvar o meu bebê, mas ele já tinha nascido morto. - Disse e não consegui mais continuar.

Amber Karev ( Parada)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang