🫀. A Great Easter For Cora... And Us

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E claro que no final realmente sobrou para você.

Os dois Turners garantiram isso, dando o máximo de si em te bajular até que você aceitasse. E bem, era difícil resistir quando você era vítima daqueles dois melodramáticos soltando declarações de amor e te enchendo de carinhos o dia todo.

Mas se você soubesse que teria que fazer toda a parte difícil, tendo a grande desculpa de Alexander -- sendo o grande sem vergonha que era -- que declarava "eu organizei tudo então a sua parte é receber os convidados", teria sido mais esperta e oferecido um acordo.

--- Essa vida é cômica, não é? --- Você começou. --- Um dia você é jovem e sonhadora, e de repente tem mais de trinta anos e está fantasiada de coelho para animar sua filha numa Páscoa. Não é irônico?

Turner arrastou uma risada, os olhos pousados preguiçosamente enquanto te trazia para mais perto.

--- Eu acho lindo, sabia?

--- Porque não é com você --- Você devolveu, os braços erguidos na frente do seu corpo e contra o peito dele, o impedindo de se aproximar completamente, pelo menos até Alex te abraçar pela cintura e suas mãos tocarem o pescoço dele quase involuntariamente.

Era sempre a mesma coisa: mesmo sabendo das más intenções daquele britânico descarado, os braços e o cheiro do perfume dele te envolviam de uma forma tão irresistível que você mal lutava, somente aceitando a derrota e logo aproveitando sabor dos lábios dele. O homem ainda estava sorrindo depois de beijar o canto da sua boca.

--- Hum, vamos, querida. Tenho certeza que vai ser divertido --- Ele disse, descendo e subindo as mãos em suas costas, um toque estimulante o suficiente para fazer seus braços envolverem o pescoço dele. --- Quem sabe você até queira continuar usando essas orelhinhas no fim do dia, uh?

--- Ah, sim --- Você arrastou, um sorriso tendencioso curvando seus lábios levemente para cima. --- Então essa é a sua intenção, Alexander?

--- Você sabe que as minhas intenções sempre são as melhores possíveis --- Ele sorriu, convencido, no exato momento em que as mãos entraram para baixo do seu suéter e os dedos quentes se afundavam em sua pele morna. Você mordeu o lábio inferior, sentindo seus narizes quase se tocarem.

--- É mesmo?

--- É mesmo --- Alex suspirou, os olhos fixados longamente na sua boca, numa menção inevitável e irresistível de a beijar logo. E realmente estavam quase, só faltando mais um pouco...

--- Mamãe!

Vocês foram obrigados a desistir da ideia e se afastaram quando Cora chegou na cozinha, segurando o telefone em uma mão e ainda erguendo as mangas da camisa para não a atrapalhar. Você andou até a garotinha.

--- A tia Daisy quer falar com você.

--- A Daisy? --- Você franziu a testa, pegando o telefone.

--- Claro, né, mamãe. Os filhos dela vão vir aqui.

--- Cora --- Você arregalou os olhos, logo se lembrando de falar baixo para a mulher ao telefone não ouvir. --- Você convidou os filhos da Daisy??

--- Sim --- Ela disse, então fazendo uma cara de culpada adoravelmente hilária. Se você não tivesse surtando. --- Tem problema?

--- A Daisy tem oito crianças!

Logo a voz da mulher soava no telefone, chamando pelo seu nome e perguntando se você estava do outro lado da linha. Você forçou uma risada e a voz mais gentil que pôde quando finalmente atendeu, enquanto Alex precisava se segurar para não rir e a deixar ainda mais irritada.

Imagines | Alex TurnerWhere stories live. Discover now