What's love???

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•Flash Back ON•

- Você tem certeza? - o psicólogo perguntava preocupado.

- Claro que eu tenho Hyung. - Chenle respondia confiante enquanto mantinha as mãos apoiadas sobre a mesa do mais velho.

- Escuta Chenle, é realmente notável que você tenha conseguido ter alguma comunicação com Jisung em tão pouco tempo, mas eu ainda não tenho certeza se cabe a nós destrancarmos a porta, não sei se seria uma boa ideia.

- Hyung, nós conversamos basicamente todos os dias, a cada dia que passa ele parece está se abrindo mais, tenho certeza que ele logo irá querer da o próximo passo e abrir aquela porta. - o garoto insiste.

- Olha, a fobia social é uma coisa muito delicada e sendo no nível em que Jisung possui, um descuido em sua adaptação pode ser bem perigoso, até mesmo fazendo com que ele crie um trauma ainda maior.

O psicólogo fala retirando os óculos e suspirando ao ver o rosto desanimado do garoto.

- Você pode me garantir que não forçará um contato direto com ele e que vai esperar que ele realmente esteja pronto? - Ele pergunta e vê os olhos brilhantes do garoto encontrar os seus.

- Eu prometo!

•Flash Back OFF•

Os olhos de Jisung se mantinham focados nos pés de Chenle, evitando contato visual.

- Ji-Jisung me desculpa. - O chinês puxa Mark de perto da porta e em seguida a fecha novamente.

- Viu só, ele é só um cara esquisito, como pode ter ficado tão obcecado nisso. - Mark fala ao ver Chenle observando o chão ainda em choque.

Eles permanecem alguns segundos em silêncio, Chenle ergue a cabeça rapidamente ao ouvir um choro baixo vindo de dentro do quarto.

- Jisung, você está bem? - nenhuma resposta é ouvida. - Jisung... por favor... não me odeie.

Sua voz sai como um suspiro deprimente, mais alguns segundos em silêncio se passam, até que Chenle finalmente encarrasse Mark.

- Sabe Mark, hoje eu finalmente entendi o motivo de você ter vindo parar aqui. - O chinês se aproxima. - Desde que chegou, você fala que não tem motivos para estar aqui com um bando de pessoas problemáticas não é? Mas você esta errado. Esse é exatamente o lugar onde você deveria estar, porque o seu problema é esse, Mark... você simplesmente não se importa com as pessoas ou com os problemas delas, aliás, você nunca se importa com nada... pessoas como você são deprimentes e eu tenho pena.

O chinês passa pelo garoto esbarrando em seu braço e indo embora.

- DE QUEM VOCE ESTÁ COM PENA, SEU IMBECIL!? - Mark grita na tentativa de alcançar os ouvidos de Chenle, mas o garoto já havia ido embora.

Após tudo isso ele parecia ainda mais nervoso com aquelas palavras, seus punhos agora se serravam e seu olhos se mantinham fechados na tentativa de não dar espaço as memórias estupidas que sempre surgiam na mente do canadense.

As memórias da escola e de todos aqueles olhares esquisitos que recebia quando andava pelos corredores, Mark era uma criança considerada estranha pelos demais, não só pela sua aparência mal cuidada, mas também pelos episódios de bipolaridade que as vezes surgiam durante as aulas.

Ele realmente odiava aquilo, as crianças maldosas que passavam ao seu lado caçoando e principalmente os olhares que expressavam pena, ele não gostava que sentissem pena, era como se soubesse de tudo sobre a sua maldita vida. Então, na época de fim de ano escolar, em que todos se preparavam para finalmente enfrentar o ensino médio, Mark decidirá mudar de escola e que a partir daquele ano não receberia mais olhares de pena, mas sim de admiração ou ódio, ele realmente não se importava.

A Dose of Life || NCT DREAMWhere stories live. Discover now