The plan

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- O que você está fazendo? - Mark perguntava vendo Haechan se movimentar de um lado a outro naquele pequeno espaço.

- Vamos ver se você entende, ok? - DongHyuck para de frente ao canadense.

- Esse aqui é o SEU lado. - o menor diz apontando para onde Mark estava. - E aquele é o MEU lado.

Ele aponta para o outro lado do cômodo que se mantinha separado por uma pequena prateleira, que o mesmo havia arrastado para lá com muita dificuldade, por mais que para Mark parecesse que aquilo não precisaria de tanto esforço.

- Por que isso agora? - O mais velho pergunta confuso.

- Eu não quero que aquilo se repita, então é apenas precaução e além disso, eu não me lembro de ter te desculpado. - Haechan parecia bem sério agora.

- Primeiro que eu não pedi desculpas e segundo, oque voce acha que eu sou, um pervertido? - Mark pergunta e o mais novo o encara.

- De qualquer forma, eu não consigo conviver com você em um mesmo quarto, imagina passar a noite em um lugar menor, vai ser melhor se ficarmos assim.

- Escuta aqui, não sei oque voce está pensando, mas se eu quisesse fazer algo com você eu já teria feito a muito tempo, então, saiba que eu não tenho esse tipo de desejo por alguém sem graça como você, e aquilo foi apenas um acidente. Preferia que eu tivesse te deixado cair? - Haechan se mantém calado.

- Você achou mesmo que eu faria algo assim com você? - Mark agora se encontrava rindo alto da imaginação do garoto, enquanto o mais baixo apenas o observava. - Isso é ridículo!

- Você é um idiota, eu não sei qual é o plano que você teve, mas eu espero que nos tire daqui. Assim que isso acontecer, eu irei até o Taeil, então não precisaremos mais dividir o mesmo quarto. - Haechan vai até o outro lado da prateleira e deita-se sobre o colchonete, se virando para a parede, parecendo muito irritado agora.

Mark observava inquieto o garoto, aquela situação era estranha, por mais que ele confessasse que naquele dia seu corpo teria respondido ao toque acidental de Haechan, ele sabia que teria sido sem nenhuma intenção se quer.

Era verdade que o garoto o atraía, mas não daquela forma, ele nem se quer havia pensado nisso, nem mesmo quando observava Hyuck concentrado em seu quarto, era apenas um sentimento estranho.

Ele não sabia oque era, mas definitivamente não poderia se sentir atraído dessa forma por alguém como ele, até porque Haechan estava bem longe de se encaixar no tipo de pessoa que Mark sentia atração física e costumava se relacionar.

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(mais cedo daquele mesmo dia)
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- Entre! - a porta da sala da coordenação se abre revelando Park Ki Woong *(NÃO É O ATOR)* que possui uma mala em mãos.

- Mandei que ficasse afastado pelo menos mais uma semana, por que já voltou? - Kim fala com um tom baixo, porém irritado.

- Desculpe, pai. - ele se curva levemente.

- Sou seu sogro, não seu pai. - ele se vira e começa a mexer nas gavetas do armário ao lado da mesa. - Como a Eun está?

- Muito bem! Ela teve que voltar mais cedo por conta do trabalho. - Park fala deixando a mala no chão ao lado da cadeira, em seguida sentando-se.

- Então você decidiu voltar também, sem a minha permissão? - Kim fala pegando alguns papéis dentro da última gaveta.

- E-eu sinto muito.

- Escuta aqui, seu pedaço de merda. - o homem bate forte sobre a mesa. - Eu espero que não tenha mais que lidar com algo desse tamanho novamente, entendeu?

- S-sim senhor. - o mais novo se mantinha olhando para baixo.

- Sabe que eu só faço isso pela Eun, se não fosse por ela eu mesmo já teria te jogado na rua ou até mesmo na cadeia a muito tempo. Não sei onde estava com a cabeça quando permiti que minha filha se casasse com um rato como você. - o homem passa a mão sobre a cabeça, tentando respirar fundo.

- S-senhor, e sobre o... - Park é interrompido com o movimento de seu sogro colocando sobre a mesa alguns documentos.

- O garoto foi transferido para um pequeno hospital saindo de Seul, acompanhado com um velho amigo. Não foi fácil provarmos que aquilo foi um acidente, então eu espero que desse vez você possa lidar com as próprias merdas, entendeu? JÁ ESTOU CANSADO DE LIMPAR SUA SUJEIRA.

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O dia amanheceu rapidamente, quando Haechan abre os olhos com dificuldade ele vê em pé Mark do outro lado da prateleira.

- Que horas as roupas costumam ser levadas para a lavanderia? - Mark pergunta vendo o mais novo acordar

- Huuuuummm... talvez ás 07:00 - O garoto responde se espreguiçando

- Ótimo, então é melhor se apresar, alguém já deve estar chegando. - O mais velho fala observando o relógio branco acima da porta que marcava 06:57.

Hyuck vai até o canadense.

- Então, qual é o seu p... - ele é interrompido com um rápido movimento de Mark o empurrando para dentro do imenso carrinho cheio de edredons.

- Que droga você está fazendo? - Haechan pergunta confuso.

- Você falou que queria sair daqui sem ser pego. - Mark continua cobrindo o corpo do mais novo com os tecidos.

- Você é burro? Acha mesmo que não seremos pegos? - o coreano tenta impedir que o outro continuasse, mas falha, até que ouvissem passos e assobios se aproximando.

- Sabe, graças ao acidente daquele dia, percebi que você é bem leve. Então, provavelmente não vão notar a diferença de peso. - Mark fala cobrindo a cabeça do mais novo com um dos tecidos, o forçando a se abaixar ali dentro, em seguida corre até uma pilha de caixas que existia ali, se escondendo atrás das mesmas.

- Espera, e você? - Hyuck pergunta vendo que o mais velho não entrou no carrinho.

- Eu não tenho medo desses idiotas que nem você, então não se preocupe. - O Lee mais velho da um pequeno sorriso de canto.

- Não estou preocupado. - o mais baixo faz bico, se abaixando novamente quando notam a sobra abaixo da porta.

- Quando chegar até a lavanderia, saia pela porta dos fundos. - Mark sussurra, até que a porta se abre.

Dois funcionário entram, eles estavam devidamente uniformizados e um carregava fones em seus ouvidos, enquanto assobiava tranquilamente indo em direção ao carrinho.

O outro vai até a prateleira e pega uma caixa de fraudas geriátricas, Mark permanece ali parado até que notasse o carrinho ser levado para fora com o primeiro empregado.

Em seguida, ele corre rapidamente para fora do cômodo chamando a atenção do que ainda se mantinha dentro do depósito, que imediatamente corre atrás do mesmo, que é pego rapidamente.

Donghyuck através das pequenas grades do carrinho tem a imagem distorcida de Mark ao chão no fim do corredor levando alguns chutes do funcionário mais alto enquanto se encolhia tentando proteger o rosto, até que a imagem desaparecesse depois que o carrinho vira à direita no corredor. 

A Dose of Life || NCT DREAMOnde histórias criam vida. Descubra agora