- Posso te acompanhar se quiser. - Propôs, deitando a cabeça em meu ombro. -

- Não acho que seja uma boa idéia, é melhor que eu faça isso sozinha. - Acariciei devagar, o rosto do mesmo. -

- Quando chegar o dia me avise, para que eu fique atento, caso aconteça algo. - Pediu, fechando os olhos devagar. - Eu mesmo quebro a cara dele se ousar a te machucar.

Ele disse, fazendo-me engolir seco.
Mesmo que Taehyung andasse de mãos dadas com o escárnio, eu nunca o vi falar com tanta firmeza que bateria em alguém.

- Não acho que faça algo contra mim... - Eu disse, com alguma incerteza. -

Eu já não sabia o que esperar de Jungkook.

- Não deve confiar tanto assim nele, não o conhecemos de verdade, como você mesma disse, aquilo pode ser uma marionete. - Informou-me. - É difícil dizer isso, mas... talvez esse sim, seja o verdadeiro Jungkook.

- Prefiro não acreditar nisso, Taehyung. - Suspirei, forçando um sorriso, ainda o acariciando. -

- A mente vê o que escolhe vê, Anna. - Ele disse, calmo. -

- Sabe em que acredito? Acredito que ainda não o conheci de verdade.

- Porque diz isso? - Perguntou-me, interessado em meu pensamento. -

- Quando conheci Jungkook, ele parecia um adolescente rebelde e impulsivo. - Relembrei, o consciente que me transmitia poucos flashbacks. - Quando nos envolvemos, ele se tornou carinhoso e romântico, mesmo com esse jeito autoritário dele. Mas foi depois da descoberta do gatilho, que ele ficou desse jeito, piorando cada dia mais. Por isso digo que não o conheço de verdade.

- Talvez nem ele mesmo se conheça. - Indagou. - Agora eu, quer saber em que acredito? Acredito que precisa doer como nunca visto por Jungkook, para não doer nunca mais.

- Como assim? - Franzi os celhos, confusa. -

- Jungkook precisa sentir o coração sendo arrancado do peito, precisa sentir que está te perdendo aos poucos e que chegará uma hora em que você não aguentará mais, será nessa hora, que ele irá cair na realidade. - Explicou. - Porque pelo o que você me diz e pelo pouco que presencio, Jungkook parece estar vivendo em uma grande ilusão, aonde seu foco é apenas o próprio umbigo e as drogas que possivelmente anda usando.

Taehyung tinha razão.
Jungkook não tinha mais a mesma empatia de antes, o carinho, já não ligava muito para os demais.

- Faz pouco tempo, ele disse que estava aliviando-se da pior maneira possível. - Recordei, chateada. -

- Você ainda duvida que ele esteja se drogando? - Questionou, não recebendo uma resposta minha. -  Tudo bem, não precisa responder.

- Como eu queria pegar ele no flagra.

- Não, você se decepcionaria ainda mais. - Supôs, provavelmente certo daquilo. - Mas o que será que levou ele a fazer essa loucura?

- Eu realmente não sei...

- Isto te deixa triste, é melhor trocarmos de assunto. - Aconselhou. -

- Como está Tãnie? - Perguntei a primeira coisa que veio a mente. -

- Deixando-me falido. - Respondeu, sorrindo torto, forçado. - Eu não posso ver algo fofo que me sinto obrigado a comparar para ele. - Fez muxoxo. -

- Isso é bom? - Franzi os celhos, sorrindo. -

- Sim, não, talvez. - Deu de ombros. - Culpa da Miranda.

- Ao menos, ele não é desobediente.

- Ainda. - Contestou. - Bom, está com fome?

Eu diria que estava, mas lembrei-me que Taehyung era um péssimo cozinheiro.
A única coisa realmente gostosa que ele sabia fazer, era mousses.
Nem mesmo os vídeos culinários eram suficientes, ele sempre exagerava nos ingredientes.

- É.. Não! Não estou com fome. - Me apressei em dizer, o vendo semi-cerrar os olhos. - E-eu comi faz pouco tempo.

- Mentirosa. - Esbravejou irônico, fingindo estar incrédulo. - Não é porque sobrevivo de comidas compradas que significa que sou um vadio imprestável.

Eu ri alto, não me contendo.
Era impossível, sinceramente.

- Não foi o que eu quis dizer. - Afirmei, risonha. - Realmente não estou com fome.

- Acho que sei o porquê das visitas nunca ficarem para almoçar ou jantar comigo. - Riu, negando. -

- Não perca a esperança, um dia você consegue. - Encorajei, risonha. - Vou ser a primeira a lhe parabenizar.

- Sua amizade simplesmente me encanta. - Sorriu bonito, apertando minhas bochechas rosadas. -

As horas foram passando.
Conversar com Taehyung era tudo o que eu precisava para melhorar o meu dia, ter uma visão mais clara sobre as escolhas que precisava tomar e seguir em frente, sem medo.
Como sempre venho a dizer, eu tinha sorte em ter-lo.

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A estrelinha!!!⭐
Espero que estejam bem e se cuidando.
Esse capítulo ficou pequeno mas prometo que vou recompensar-los no próximo.
Vou dar orientações no próximo capítulo, para que leiam com calma, sem estresse e principalmente sem ódio.
Tenho certeza que será em vão, mas vamos tentar! 🤐😊✨

Volto antes de sentirem saudades.

limits of attraction • JJKWhere stories live. Discover now