Destino.

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A parte de baixo da casa estava silenciosa, Draco deixou Harry sentado no sofá da sala e foi até a cozinha procurar algo para servir.

- Precisa a ajuda senhor?. - Monstro perguntou aparecendo atrás do loiro, fazendo Draco da um pulo de susto.

- Merda Monstro. - Draco gritou se virando para o elfo. - Precisa avisar quando chegar assim.

- Desculpe Monstro, senhor.

- Sem problema, so avisa da próxima, certo. - O elfo assentiu. - Café da manha para mim e pra Potter, não sei bem onde fica as coisas por aqui.

- Monstro cuida de tudo não se preocupe, pode fazer companhia ao senhor Potter.

- Obrigado. - O Loiro agradeceu saindo em direção a sala.

Harry não tinha se movido do lugar aonde Draco o deixara, o olhar vago nas palmas da mão, sua cabeça parecia um turbilhão, por onde ele deveria começar? quando? Dumbledore tinha sido claro, mais ou menos, sobre as instruções, suspeitas, mas ele estava morto agora, e Harry se sentia perdido, o pigarreio de Malfoy fez o moreno mudar o foco da sua atenção para o loiro magro na porta da sala.

- Nunca percebi que tinha um piano aqui. - Draco disse.

- Quantas vezes você veio nessa sala? Vive no escritório.

- La é mais calmo.

- A casa inteira é um silencio Malfoy.

- Não esse tipo de calmo. - O loiro falou ainda sem tirar os olhos do piano.

- Quer tocar? - Harry perguntou.

- Eu posso?

- Você pode fazer o que quiser Malfoy. - Harry se surpreendeu quando o loiro foi até ele, o ajudando a ficar em pé e guiando ele até seu lado no banco do piano.

- Você toca Potter?

- Nenhuma nota. - Harry disse rindo. - Pelo seu interesse eu diria que você sim.

- Minha mão gostava que eu tocasse, quando tinha algum problema com meu pai, os comensais ou até mesmo Voldemort, ela me escondia, e eu passava a tarde tocando para ela.

- Que triste.

- Por incrível que pareça. - Malfoy disse com um sorriso nos lábios, os olhos passeando pelas teclas do piano. - São as memorias mais felizes que tenho com a minha família. - Draco tocou a primeira nota fazendo o corpo de Harry estremecer, o loiro deu uma olhada rápida para Potter antes de continuar a tocar a musica. - Quando se nasce numa guerra, felicidade se torna algo muito relativo.

- A primeira guerra bruxa acabou antes de você saber falar Malfoy.

- Politica não se resolve tão fácil assim, meu pai era um comensal, aliado de Voldemort, a guerra nunca acabou para minha família, e quando o Lord voltou.

- Tom. - Harry disse firme. - Não tema o nome dele, quando Tom voltou.

- As coisas so pioraram.

- Eu sinto muito, por tudo, não sei se um dia eu vou poder te dizer isso o suficiente.

- Não tem pelo o que sentir Potter. - Draco disse ainda concentrado na musica. - O erro de meus pais não apagam os meus.

- Eu sei disso.

- Fui cruel com vocês boa parte da minha vida.

- Mas você parou. - Harry falou.

- Parei por que me apaixonei por você, não foi por eu ser uma boa pessoa, foi por que imaginar ferir você, de qualquer forma, dói feito o inferno. - Harry sorriu ao ouvir as palavras do loiro.

Fim. || Drarry (hiatus) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora